CONHEÇA MAIS O Museu se coloca hoje como uma instituição comprometida com o mundo contemporâneo. Seu grande desafio é construir o futuro sem esquecer o seu passado. Abrir seu espaço para novas idéias e tecnologias. Atualizar-se em relação aos novos modelos teóricos de interpretação do fenômeno artístico. Preservar seu patrimônio arquitetônico, marco da arquitetura moderna brasileira. Preservar e exibir suas coleções apresentando-as de acordo com os padrões museológicos, museográficos e curatorais contemporâneos. Preservar seu acervo documental para fundamentar a pesquisa e as discussões sobre as diversas formas e interpretações da arte e da história do Museu. Difundir as principais tendências e questões da produção visual moderna e contemporânea. Formar e diversificar o seu público, usando como instrumento a visão contemporânea do mundo. UM POUCO SOBRE A HISTÓRIA Criado em 1948, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – MAM RJ – ocupou inicialmente as dependências do Banco Boavista, instituição bancária na Candelária. Em 1952, foi transferido para os pilotis do atual Palácio Capanema, então Ministério da Educação e Cultura. Ao inaugurar esta segunda sede provisória, foram expostas obras premiadas na 1ª Bienal de São Paulo (que ocorrerá em 1951), juntamente com outras obras de diversos artistas brasileiros. Em 1951, iniciou-se a construção da sede definitiva, em terreno doado pelo Governo do Distrito Federal: 40 mil metros quadrados destinados ao prédio e aos jardins, à beira mar. Certamente, uma das paisagens mais espetaculares do mundo, situada ao fundo da enseada da Glória. O risco ficou a cargo de Afonso Eduardo Reidy, e o projeto dos jardins foi confiado a Roberto Burle Marx. O trabalho realizado por eles é em boa parte responsável pela fama internacional do Museu. Em 1958, estando concluída a construção do primeiro bloco arquitetônico, o Bloco escola, com 10 mil metros quadrados, o MAM RJ transferiu-se para sua sede definitiva, sem que a ala principal - 14 mil metros quadrados para os salões e a administração - estivesse concluída, o que só ocorreria na década seguinte. E somente, em 2006, teve seu projeto terminado com a construção do Teatro VivoRio. O MAM RJ tem sido um centro de difusão cultural por onde passaram as principais tendências da arte moderna e contemporânea no país, e teve um papel decisivo na formação de mais de uma geração de artistas brasileiros. Com base nos seus estatutos, o Museu dispõe de uma Direção Executiva e um conselho Deliberativo, reunindo personalidades reconhecidamente à altura do empreendimento, e as quais contribuíram de forma decisiva para a construção da sede definitiva e a formação do acervo. UM POUCO SOBRE O ACERVO O acervo do Museu de Arte Moderna foi formado, inicialmente, ao longo das décadas de 1940 e 1950 por inúmeras doações de artistas, empresários e algumas instituições oficiais, mas partir de 1933, o museu recebeu, em regime de comodato, as coleções de Gilberto Chateaubriand e Joaquim Paiva. O seu acervo constituiu-se em umas das coleções de arte do século XX mais importantes no país, apresentando um panorama completo e sofisticado da evolução artística de nosso século, dentro e fora do Brasil. Durante três décadas, a maioria dos artistas brasileiros de destaque estavam no museu fartamente representados e eram permanentemente vistos pelo público. Com o incêndio em 1978, o esforço feito nas décadas anteriores para a formação do acervo foi perdido, restando pouca coisa do incêndio. Das obras que escaparam do fogo, destacam-se: Mademoisselle Pogany, escultura de Constantin Brancusi de 1920; Number 16 de Jackson Pollock de 1950 e a obra de Ben Nicholson, Opal, Magenta and Black de 1951. Imediatamente após o trágico acidente que chocou o meio cultural de todo o mundo, começaram as manifestações de solidariedade sob a forma de doações de artistas, instituições e mesmo de governos - como o da França, que enviou obras como: o de Pierre Soulages - mas os esforços de reconstrução do acervo foram largamente prejudicados por crises sucessivas da economia brasileira. Foi necessário um longo período de pequenas adições para que a coleção do Museu voltasse a ocupar seu lugar de destaque. Atualmente, com cerca de 11 mil peças, a maior parte formada por obras do colecionador Gilberto Chateaubriand, o museu tem projeto arquitetônico de Afonso Eduardo Reidy e paisagéstico de Roberto Burle Marx. Oferece salas de exposição, cinemateca, restaurante e lojas. |