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Abertura: 22 de janeiro de 2009 |
Encerramento: 1 de março de 2009 |
O evento, realizado em conjunto entre o MAM-Rio e o museu finlandês Espoon Museum of Modern Art (EMMA) abre, no Brasil, as comemorações pelos 80 anos de imigração finlandesa.
Com curadoria de Edson Cardoso e coordenação dividida entre Helena Cardoso (geral) e Rodrigo Accioly (local), a exposição marca o início de uma parceria entre os dois museus, MAM-Rio e EMMA. Desta cooperação resultarão ações periódicas de divulgação da cultura finlandesa no Brasil e da arte brasileira na Finlândia.
Osmo Rauhala é considerado um dos principais - e mais bem sucedidos internacionalmente - artistas contemporâneos da Finlândia. Desde os anos 80 radicado em Nova York , o artista já realizou mais de 40 exposições ao redor do mundo. Suas obras fazem parte de importantes coleções na América do Norte e na Europa. Para ele o contato com a terra onde nasceu é algo que o mantém ligado a sua memória e ancestral. Esta ligação com sua “memória genética” é algo muito presente em suas pinturas e vídeo-instalações.
Na exposição no Rio, que ocupa uma área de aproximadamente 1000 m2 na área monumental do MAM-Rio, serão mostradas 10 pinturas (de grandes proporções) e cinco vídeo-instalações criadas pelo artista desde o início dos anos 90. O grande destaque é a imensa projeção The Seceret of the Forest (O Segredo da Floresta) - 1994, que dá título ao evento. Através de efeitos de refração gerados por 14 painéís de vidro suspensos a 8 metros de altura, numa sala de 500 m2, a instalação leva o visitante a uma imersão profunda numa cena filmada numa floresta do pais nórdico.
The Secret of the Forest - vídeo-instalação (1994)
Durante sua juventude Osmo viveu por muitos anos no campo, rodeado por florestas. No local onde vivia, uma aldeia no norte do pais, durante o rigoroso inverno o sol quase nunca aparecia. Num ambiente sem cores, o movimento dos animais na escuridão da floresta trazia para o artista alguma sensação de vida e um ar misterioso.
Cuidadosamente o artista se aproximou, com seu equipamento de filmagem, de cervos e alces da região sem alterar seu comportamento. Desta forma o artista insere o espectador na floresta dando-lhe oportunidade de vivenciar e desvendar segredos que ele sente e conhece.
Os 14 painéis de vidro – que provocam refrações na imagem - têm a função de quebrar a linearidade da observação da obra. “Com uma única imagem, há possibilidades de tempo simultâneas. Ver uma obra de arte não implica necessariamente em um processo linear, como na leitura de um texto, ao ouvir um trecho de música ou ver um filme. A arte não precisa consistir em um começo, um meio e um fim.”O artista quis experimentar a possibilidade de criar um correspondente tempo-espaço com outras ferramentas, como por exemplo película. A visualização nunca é a mesma.
Numa segunda sala serão exibidas mais quatro vídeo-instalações – In the Beginning there was a Word (No início era a palavra) - 2005; System Complexity (A Complexidade do Sismema) - 2003; The Book of Life (O livro da Vida) - 2004; e Against the Wind (Contra o Vento) - 2003. O conjunto de obras revela a preocupação de Osmo em desterminar o sentido da existência e a relação dos seres vivos com o ambiente. Em obras como The Book of Life e System Complexity ele recorre a conceitos científicos sobre a formação genética dos seres vivos buscando demonstrar como, de maneira invisível, a natureza organiza as ações. Ao mesmo tempo que um floco de neve nunca é igual ao outro, subitamente as aves se organizam em formações que lembram esquadrilhas de aviões como se houvesse, por trás desta ação, um comando superior. A mostra terá também um espaço dedicado às pinturas de Osmo Rauhala. Através das tintas e pincéis o artista procura compreender seu espaço na natureza. “O elemento essencial da interação entre o homem e a natureza é o saber lingüístico. Os conceitos que criamos podem descrever, de forma racional, o sistema do qual somos dependentes.”
Serão vistos pelo público carioca: rios no espaço sideral, silhuetas de animais, composições e quebra-cabeças que buscam o entendimento das leis do universo e da vida, relacionando o presente à ancestralidade.
Veja algumas fotos da exposição, clique aqui. |
Local:
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM RJ)
Av. Infante Dom Henrique, 85
Aterro do Flamengo
(21) 2240 4944
Funcionamento:
Segundas, terças e quartas: FECHADO
Quintas, sextas e sábados: das 10h às 18h
Domingos:
- das 11h às 18h (público em geral)
- das 10h às 11h (horário exclusivo para visitação de pessoas com deficiência intelectual, pessoas autistas ou com algum tipo de hipersensibilidade a estímulos visuais ou sonoros)
Feriados (exceto aos domingos): das 10h às 18h
Ingresso:
Gratuito. É possível apoiar a realização de projetos do museu por meio de sua contribuição voluntária, sugerida na bilheteria ou na compra online, antecipada.
Programa Agente MAM Rio: ao contribuir com R$ 190,00, você se torna Agente MAM Rio por um ano inteiro, com entrada gratuita e facilitada em exposições, mostras de filmes, palestras, cursos e programas socioeducativos.
Atenção: os horários
e a programação podem ser alterados pelo
local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável
confirmar as informações por telefone antes
de sair. |
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