Centenário Tancredo Neves
Abertura: 19 de abril de 2010 [convidados]
20 de abril de 2010 [grande público]
Encerramento: 6 de junho de 2010
Para celebrar o Dia de Tiradentes, o Museu Histórico Nacional abre importante exposição que homenageia os 100 anos de nascimento de Tancredo Neves, primeiro presidente civil depois do golpe militar de 1964 e conterrâneo do líder da Inconfidência Mineira. Tancredo Neves faleceu há 25 anos, num hospital de Brasília, antes de tomar posse do cargo.
Para homenageá-lo, a exposição teve abertura com noite de autógrafos de livros sobre Tancredo e lançamento de um lançamento do portal de internet com informações e documentos sobre sua vida.
A mostra Centenário de Tancredo Neves retoma a trajetória do famoso político mineiro - de vereador da Câmara de São João Del Rei a presidente da República - para recontar a história política do país que ele ajudou a construir.
A exposição, que tem apoio cultural do Oi Futuro, reproduz fielmente o conteúdo do Memorial Tancredo Neves, estabelecido em São João Del Rei. O museu foi aberto em 1990, em um casarãodo final do século 18 no centrohistórico da cidade mineira, e acaba de ser reinaugurado, 4 de março de 2010, com projeto do curador Marcello Dantas, diretor artístico do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, do Museu do Caribe, em Barranquilla, na Colômbia, e curador de exposições de diversos artistas de destaque da arte contemporânea, como Anish Kapoor, Gary Hill e Bill Viola.
"Tancredo Neves é o fundador da democracia contemporânea brasileira. Entender sua trajetória é entender como o Brasil construiu um caminho pacífico para a democracia e a estabilidade que usufruímos hoje. Sua memória é um dos pilares do nosso tempo. É fundamental trazer seu legado, usando uma linguagem atual, para os jovens de hoje - lembrando que foi pelo movimento jovem dos anos 1980 que ele foi erguido à presidência", diz Dantas.
No Rio de Janeiro, os espaços do Museu Histórico Nacional desenham a história e a personalidade de Tancredo Neves. Logo de início, os visitantes têm contato com os vínculos primordiais do então futuro presidente com sua terra: uma espiral de metal com antigas fotos de família, documentos, notícias e memórias revelam o contexto emque ele se formou. Também está presente a máquina de escrever que Tancredo usou durantes os anos da faculdade, quando escreveu para os jornais da época e seu anel de formatura no curso de Direito.
O espaço "O Caminho" resume sua trajetória política, contemplando os principais cargos queocupou e uma cronologia que situa os passos de Tancredo ao longo da história do país. Além de momentos importantes de sua biografia expressos em imagens e recostes de jornais, uma bancada abriga documentos de diferentes etapas de sua carreira e um oratório reúne as cartas trocadas entre Tancredo e o ex-presidente Juscelino Kubitschek. A correspondência, disponível para leitura do público, é em grande parte inédita; foi `garimpada` nos acervos das famílias dos dois políticos e testemunha o respeito recíproco e a amizade entre eles.
O espaço "Habilidade Política" explora a característica de exímio negociador de Tancredo e sua capacidade de construir consensos; uma instalação de aço polido com olhos mágicos em formato de fechaduras, que permitem uma pequena espionagem na parte de trás das portas fechadas do poder. Cria uma espécie de terceira margem do rio entre os enrijecimentos do Brasil de esquerda e de direita.
Símbolo das Diretas Já
Imagens das Diretas Já e da eleição de Tancredo, em vídeo do cineasta Sílvio Tendler, trazem a redemocratização do país para dentro do museu. Elas estão no fim de um percurso de sombras e luzes, um corredor de espelhos com vitrines embutidas, onde objetos que marcaram o nascimento da nossa jovem democracia se revelam para o visitante.
Um dos espaços é reservado a uma instalação que mostra a dorcoletiva que marcou o dia antes da posse, com a internação e morte de Tancredo. São imagens da comoção popular, da cobertura televisiva e da crise política quese instalou no país para levar a cabo uma transição política sem o líder legitimamente eleito.
No espaço postscriptum estão a carta do papa, as manchetes dos jornais com a notícia da morte de Tancredo e vários depoimentos de personalidades importantes do país, como de Ferreira Gullar e outros intelectuais após a tragédia.
Em "Lavra de Ideias", temos a máscara mortuária de Tancredo protegida por uma piscina de água que reflete suas palavras e pensamentos projetados pelas paredes da sala. São como uma nuvem de ideias e sabedorias que fizeram com que valores fundamentais fossem lembrados e defendidos durante sua longa trajetória pública.
COMPOSIÇÃO DA EXPOSIÇÃO
- A Origem
- O Caminho
- A Habilidade Política
- Construção da Democracia
- A Dor
- Lavra de Ideias
- Post Scriptum
SOBRE O CURADOR
Marcello Dantas é reconhecido curador de exposições e diretor de documentários desde 1986. No seu currículo incluem-se prêmios de melhor documentário na Bienalle Internationale du Film Sur L´Art do Centro Georges Pompidou em Paris, no FestRio, no International Film & TV Festival of New York e o prestigioso ID Design Award da Business Week.
Seus trabalhos se concentram na potencialização de conteúdos históricos com uma gramática altamente imersiva, onde a sensorialidade e a percepção são enfatizadas. Sua atividade é amplamente multidisciplinar: os trabalhos artísticos, a curadoria, direção e produção convergem em áreas diversas, mas norteadas pelo encontro da arte com a tecnologia.
Como curador de exposições de arte, destacam-se seus trabalhos com as de Anish Kapoor, Bill Viola, Gary Hill, Jenny Holzer, Shirin Neshat, Laura Vinci, Tunga e Peter Greenaway no Brasil. Entre asgrandes exposições históricas, estão Antes - Histórias da Pré História e Arteda África, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), 50 Anos de TV e +, na Ocado Parque do Ibirapuera, Paisagem Carioca, no Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio e Mano a Mano, no Centro Cultural de la Villa de Madrid. Dantas foi diretor artístico do Museu da Língua Portuguesa em São Paulo, e acaba de inaugurar o Museu do Caribe, em Barranquilla.
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PARA A ENTRADA NA EXPOSIÇÃO
Estão isentos de pagamento (mediante comprovação): crianças até cinco anos de idade; sócios do ICOM-International Council of Museum; funcionários do IPHAN; alunos e professores das escolas públicas federais, estaduais e municipais; brasileiros maiores de 65 anos; guias de turismo e estudantes de museologia. Alunos agendados da redeparticular de ensino e brasileiros maiores de 60 anos e menores de 65 anos pagama metade do valor.
Aos domingos, a entrada é franca.
Local:
Museu Histórico Nacional (MHN)
Praça Marechal Âncora, s/n
Centro
(21) 2550-9221
Funcionamento:
Quarta a sexta - das 10h às 17h
Sábado e domingo - das 13h às 17h.
Ingresso:
O MHN está temporariamente com entrada gratuita. Não é preciso a retirada antecipada de ingresso.
Atenção: os horários e a programação podem ser alterados pelo local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável confirmar as informações por telefone antes de sair.
Museu Histórico Nacional (MHN)
Praça Marechal Âncora, s/n
Centro
(21) 2550-9221
Funcionamento:
Quarta a sexta - das 10h às 17h
Sábado e domingo - das 13h às 17h.
Ingresso:
O MHN está temporariamente com entrada gratuita. Não é preciso a retirada antecipada de ingresso.
Atenção: os horários e a programação podem ser alterados pelo local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável confirmar as informações por telefone antes de sair.