No ano da Fran�a no Brasil, projeto em torno de Val�re Novarina chega ao Rio de Janeiro

ter�a-feira, 23 de junho de 2009

No m�s de julho o p�blico poder� conferir o projeto Novarina em Cena, evento de cria��o art�stica em torno do autor e artista pl�stico franc�s Val�re Novarina, que acontece no Espa�o SESC, no F�rum de Ci�ncia e Cultura da UFRJ e no Teatro Glauce Rocha. O projeto abrange cinco espet�culos, f�rum com confer�ncias e mesa redonda, e lan�amento de livro. J� no dia 02 de julho estreia o espet�culo �Voc�s que habitam o tempo�, no Teatro Glauce Rocha.

� frente do evento est�o Angela Leite Lopes que, h� dez anos, faz a tradu��o dos textos de Novarina no Brasil, e Ana Kfouri, atriz e diretora teatral.

Segundo Angela Leite Lopes, que h� dez anos vem traduzindo a obra de Val�re Novarina, o evento poder� satisfazer a curiosidade de muitos dos que t�m acompanhado as edi��es e as apresenta��es da obra de Novarina no Brasil e � uma grande oportunidade do p�blico conhecer em portugu�s algumas de suas pe�as.

�Ao longo dos anos, fui acalentando a id�ia de poder reunir o que j� estava traduzido em portugu�s e confrontar a po�tica do autor �s experi�ncias de artistas e intelectuais brasileiros. Isso se tornou poss�vel gra�as � conflu�ncia do desejo dos profissionais que hoje se re�nem em torno do Novarina em cena�, avalia Angela.

Val�re Novarina vem especialmente para o evento e no dia 13 de julho j� inicia suas atividades com uma confer�ncia no �F�rum em cena recebe Novarina em cena�, a ser realizada no F�rum de Ci�ncia e Cultura da UFRJ, que contar� com mesa redonda e confer�ncias sobre o universo do autor. No dia 15 de julho, no Espa�o SESC arena, o autor tamb�m estar� presente no lan�amento do seu livro �O Ateli� Voador e Voc�s que habitam o tempo�, com tradu��o de Angela Leite Lopes, editado pela 7Letras.

Al�m disso, o projeto tamb�m conta com a presen�a de Claude Buchvald, diretora francesa e uma das principais encenadoras da obra de Novarina na Fran�a. Buchvald dirigir� os espet�culos �Voc�s que habitam o tempo�, no dia 2 de julho e �Luzes do corpo � o ator sacrificante�, que estreia no dia 9 de julho, e orientar� uma pr�tica de montagem, fruto do interc�mbio entre as universidades Paris 8, criada h� 40 anos, e UFRJ.

Entre os espet�culos, destacam-se ainda as estr�ias:

- �A Inquietude� (2� parte do texto Discurso aos Animais), no dia 16 de julho, com Ana Kfouri e dire��o Thierry Tr�mouroux, que ajudou a introduzir na Fran�a a obra de Nelson Rodrigues e foi um dos fundadores, no Brasil, do grupo l�acte - Atos da Cria��o Teatral, realizando grandes parcerias com artistas do teatro contempor�neo da Europa;

- �O Ateli� Voador�, no dia 17 de julho, primeiro texto de Novarina, que conta com a dire��o de Thomas Quillardet, reconhecido diretor teatral franc�s respons�vel pela montagem de �O beijo no asfalto�, de Nelson Rodrigues, na Fran�a, e de autores contempor�neos franceses no Brasil. Thomas encara pela segunda vez a imers�o na escrita de Novarina. No elenco, entre outros, Cris Larin e Renato Carrera, que em 2004 atuaram na pe�a �Esf�ncter�, texto baseado no livro �Carta aos Atores� que Val�re Novarina escreveu ao assistir os ensaios de �O Ateli� Voador�.

�Novarina � um grande encontro que a vida/teatro me presenteou. Quando dei por mim j� estava de novo atriz, depois de tantos anos dedicados � dire��o. Com Novarina fiz Esf�ncter (espet�culo que concebi a partir de dois textos dele, com a Cia Teatral do Movimento), O Animal do Tempo, como atriz, com dire��o de Antonio Guedes, e agora volto � cena com A Inquietude, dirigida por Thierry Tr�mouroux�, comenta Ana Kfouri

�Encenar um texto de Val�re Novarina � saltar no vazio. � ter diante de si um grupo de atores que n�o podem mais se agarrar nem � narrativa, nem ao personagem, nem � psicologia, nem mesmo � linguagem. O que sobra, ent�o? o imagin�rio. Um ator liberado da psicologia mim�tica, do cabresto das limita��es, expulsa energia, a��o, ele � s� movimento e sua palavra se torna livre, t�o livre quanto seu corpo. � nessa sublime ambig�idade que se situa o trabalho do encenador e do ator: reconstruir em cima de uma desconstru��o�, explica Thomas Quillardet.

�Toda a obra de Novarina, como a de Artaud antes dele, aponta para a subvers�o do uso da linguagem, a cria��o de uma obra abstrata no teatro, de viver uma linguagem que aponta m�ltiplos sentidos�, considera Antonio Guedes.

Os espet�culos est�o na programa��o do Rio&Cultura.

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