Genealogias do Contemporâneo – Coleção Gilberto Chateaubriand / MAM Rio
Abertura: 17 de agosto de 2010
Encerramento: Exposição de longa duração - sem data de término
Tarsila do Amaral 1738
O Vendedor de frutas
1925
óleo sobre tela - 108,5 X 84,5 cm / 118 X 94 X 3,3 cm
Coleção Gilberto Chateaubriand MAM RJ
A exposição consiste em um recorte deste acervo com obras desde o período moderno, como Tarsila do Amaral e Flávio de Carvalho, chegando até os anos 1970 com Artur Barrio e Cildo Meireles.
A nova montagem, que tem curadoria de Luiz Camillo Osorio, ocupará grande parte do terceiro andar do MAM, e ficará pelo menos até março. "A idéia é misturar o moderno e o contemporâneo, enfatizando genealogias e deslocamentos poéticos, dando um mergulho em obras relevantes para a arte brasileira”, diz Luiz Camillo Osorio. A exposição reunirá mais de 100 obras em diferentes técnicas como pintura, escultura, fotografia, desenho e objeto, de artistas como Abraham Palatnik, Alfredo Volpi, Aluisio Carvão, Amilcar de Castro, Antonio Dias, Antonio Manuel, Ascânio MMM, Carlos Vergara, Candido Portinari, Cildo Meireles, Franz Weissmann, Helio Oiticica, José Pancetti, Lygia Clark, Sergio Camargo,Tarsila do Amaral, Tunga, Waltercio Caldas, Wesley Duke Lee, entre outros.
A mostra será dividida em quatro núcleos: Brasil: visões e vertigens; Cidade Partida: conflitos e afetos; Corpos Híbridos: identidades em trânsito e Respirações Geométricas.
Aluísio Carvão 76
Clarovermelho
1959
Óleo sobre tela - 74 X 90 cm / 76,3 X 92,5 X 4 cm
Coleção Gilberto Chateaubriand MAM RJ
Luiz Camillo Osório acrescentará sempre uma exposição monográfica para dar visibilidade ao trabalho de determinado artista do período abordado. Essa série terá como título “Mergulho na coleção” e a sua primeira edição será dedicada à obra de Roberto Magalhães, com o título: “Linha Raivosa e Politização da Arte”.
“Genealogias do Contemporâneo – Coleção Gilberto Chateaubriand/MAM Rio” mostrará obras pouco vistas, desde as mais antigas como “Índia”, de Anita Malfatti (São Paulo, 1896 – 1964), de 1917, e “Estudo para A Negra”, de Tarsila do Amaral (São Paulo, 1886 – 1973), de 1923, às mais recentes “Sem Titulo”, de Miguel Rio Branco (1946), de 1983/1990, e a escultura “Sem titulo”, de Franz Weissmann (Áustria/ Brasil, 1911 – 2005), de 1986.
Também estarão na exposição duas fotografias de Claudia Andujar, referentes ao seu trabalho documentando a tribo dos Yanomami, um dos “Bichos” (1960), de Lygia Clark, peça chave das artes visuais no Brasil e no mundo, e a obra “O espetacular contra-ataque da arraia voadora” (1966), de Antonio Dias, poucas vezes exposta. Esta obra foi capa do primeiro livro “Panamérica”, do escritor paulista José Agripino de Paula, de 1968. Uma obra transgressora que resume como poucas sua época.
Da artista Iole de Freitas, estarão duas obras pouco exibidas da década de 1970, período em que a artista trabalhava com a fotografia como linguagem. São trabalhos que contrastam com as suas instalações monumentais feitas hoje em dia.
Amilcar de Castro 2945
Sem título
c.1960
ferro - 49 X 48 X 31 cm
Coleção Gilberto Chateaubriand MAM RJ
Também fará parte da exposição a pintura de grande porte intitulada “Multidão”, de 1966, de Rubens Gerchman, praticamente feita em tons de cinza e preto, representando a visão caótica da cidade grande. Este trabalho contrasta com as cores explosivas dos trabalhos mais famosos do artista.
Conhecido por suas fotos de corpos em exercício nas praias cariocas, Alair Gomes terá nesta mostra trabalhos que surpreendem ao trazer outros temas do famoso fotógrafo carioca como o carnaval de rua com suas situações festivas e seus tipos inusitados.
A obra “Atire se puder”, de Nelson Leirner, poucas vezes exibidas no MAM, também fará parte da mostra. Sua instalação vertical contendo armas de fogo em uma caixa de acrílico é um dos trabalhos de maior impacto dessa exposição.
A mostra terá, ainda, uma serigrafia sem título, de 1962, de Almir Mavigner, que consegue sintetizar como poucos trabalhos da época a herança construtivista e sua relação poética com a questão cromática fortemente presente em seu trabalho.
Emiliano Di Cavalcanti 775
Mesa de bar
1929
Óleo sobre tela - 44 X 36 cm / 68,2 X 60 X 3 cm
Coleção Gilberto Chateaubriand MAM RJ
Também farão parte da exposição dois “Metaesquemas” de Helio Oiticica, intitulados “Lá e cá” (1958), e “Piercing” (1958), que são trabalhos marcantes da fase construtiva do artista.
Da artista gaúcha Ione Saldanha será exibida uma série de seis pequenas pinturas feitas em óleo, acrílica ou guache sobre papel que, em seu conjunto, nos remetem a cidades de cores, espécie de mínimos espaços flutuantes.
As gravuras de Lasar Segall sobre a antiga zona do meretrício carioca ilustram uma série de poemas de Mario de Andrade, Jorge Lima e Manuel Bandeira. Com apenas 135 exemplares existentes, a exibição de algumas dessas gravuras traz ao público a possibilidade de apreciar um trabalho raro e de grande impacto em sua época.
A obra “Mecanismos do Tempo” (1978), de Carlos Zílio, também estará na mostra e traz para o público um belo exemplo da multiplicidade de técnicas e temas que marcam a obra do artista carioca. Seu guache apresenta força e beleza na mesma medida, ampliado poeticamente pelo título filosófico da obra.
Franz Weissmann 846
Sem título
1986
ferro pintado - 39,5 X 59 X 44 cm
Coleção Gilberto Chateaubriand MAM RJ
Núcleos Expositivos
1 – Brasil: Visões e Vertigens
A procura pelo Brasil e o desespero da sua não-identidade acompanharam, desde o modernismo, a gesto poético de parte significativa da arte brasileira. Neste núcleo, estarão obras dos artistas Anita Malfati, Antonio Manuel, Artur Barrio, Carlos Scliar, Carlos Vergara, Claudia Andujar, Di Cavalcanti, Djanira, Glauco Rodrigues, Guinar, Ivaldo Granato, Ivens Machado, Lasar Segall, Luis Alphonsus, Mário Silésio, Miguel Rio Branco, Pancetti, Portinari, Tarsila do Amaral e Wesley Duke Lee.
2 – Cidade Partida: conflitos e afetos
A crônica visual de uma sociabilidade na qual o atrito e o afeto se complementam. Fazem parte deste núcleo os artistas: Antonio Dias, Artur Barrio, Di Cavalcanti, Glauco Rodrigues, Lasar Segall, Luis Alphonsus, Mario Cravo Neto, Maria Leontina, Miguel Rio Branco, Milton da Costa, Milton Machado, Nelson Leirner, Rubens Gerchman e Oswald Goeldi.
3 – Corpos Híbridos: identidades em trânsito
O corpo como campo de batalha de uma subjetividade desejante e desencontrada. Fazem parte os artistas: Anna Bela Geiger, Anna Maria Maiolino, Antonio Dias, Antonio Manuel, Arnaldo Daibert, Artur Barrio, Carlos Vergara, Carlos Zílio, Cícero Dias, Claudia Andujar, Flávio de Carvalho, Heitor dos Prazeres, Iole de Freitas, Ivan Serpa, Farnese, Maria Martins, Milton da Costa, Vicente Rego Monteiro e Tunga.
4 – Respirações Geométricas
O legado concreto e neoconcreto na afirmação de uma modernidade singular no Brasil. Neste núcleo estarão os artistas Ascanio MMM, Aloísio Carvão, Almir Mavigner, Amilcar de Castro, Cildo Meireles, Eduardo Sued, Franz Weissman, Helio Oiticica, Ione Saldanha, Ivan Serpa, Lygia Clark, Mario Cravo Neto, Milton da Costa, Osmar Dilon, Paulo Roberto Leal, Abraham Palatnik, Rubens Gerchman, Raymundo Colares, Sergio Camargo, Volpi, Wanda Pimentel e Waltercio Caldas.
Mergulho na Coleção: Roberto Magalhães: Linha Raivosa e Politização da Arte.
Durante a montagem do acervo permanente, o curador escolheu um artista com obra destacada dentre a coleção para uma mostra intensiva com recortes variáveis de acordo com cada artista por determinado período. Serão apresentadas 31 obras do artista, produzidas entre 1963 e 1967.
Helio Oiticica 923
Piercing
1958
guache sobre cartão - 51 X 57,8 cm
Coleção Gilberto Chateaubriand MAM RJ
Local:
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM RJ)
Av. Infante Dom Henrique, 85
Aterro do Flamengo
(21) 2240 4944
Funcionamento:
Segundas, terças e quartas: FECHADO
Quintas, sextas e sábados: das 10h às 18h
Domingos:
- das 11h às 18h (público em geral)
- das 10h às 11h (horário exclusivo para visitação de pessoas com deficiência intelectual, pessoas autistas ou com algum tipo de hipersensibilidade a estímulos visuais ou sonoros)
Feriados (exceto aos domingos): das 10h às 18h
Ingresso:
Gratuito. É possível apoiar a realização de projetos do museu por meio de sua contribuição voluntária, sugerida na bilheteria ou na compra online, antecipada.
Programa Agente MAM Rio: ao contribuir com R$ 190,00, você se torna Agente MAM Rio por um ano inteiro, com entrada gratuita e facilitada em exposições, mostras de filmes, palestras, cursos e programas socioeducativos.
Atenção: os horários e a programação podem ser alterados pelo local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável confirmar as informações por telefone antes de sair.
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM RJ)
Av. Infante Dom Henrique, 85
Aterro do Flamengo
(21) 2240 4944
Funcionamento:
Segundas, terças e quartas: FECHADO
Quintas, sextas e sábados: das 10h às 18h
Domingos:
- das 11h às 18h (público em geral)
- das 10h às 11h (horário exclusivo para visitação de pessoas com deficiência intelectual, pessoas autistas ou com algum tipo de hipersensibilidade a estímulos visuais ou sonoros)
Feriados (exceto aos domingos): das 10h às 18h
Ingresso:
Gratuito. É possível apoiar a realização de projetos do museu por meio de sua contribuição voluntária, sugerida na bilheteria ou na compra online, antecipada.
Programa Agente MAM Rio: ao contribuir com R$ 190,00, você se torna Agente MAM Rio por um ano inteiro, com entrada gratuita e facilitada em exposições, mostras de filmes, palestras, cursos e programas socioeducativos.
Atenção: os horários e a programação podem ser alterados pelo local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável confirmar as informações por telefone antes de sair.