O Mar de Sérgio Lucena
rioecultura : EXPO O Mar de Sérgio Lucena : Centro Cultural Correios
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Abertura: 14 de julho de 2011
Encerramento: 27 de agosto de 2011

A mostra, que reúne as principais obras da série marinha do pintor Sérgio Lucena, tem o mar como importante figura de reflexão.

O mar de Lucena transborda e acalma a alma permitindo várias outras sensações simultâneas. A luz que emana de suas pinturas traduz a dualidade das marés: “depois da tempestade, vem sempre a calmaria”. Nesta série de elegante leveza e forte expressão pictórica, o belo é sentido de forma natural e profunda proporcionando enxergar o mar em várias formas.

A exposição tem como objetivo a reflexão. Uma estrofe de um poema de Vanildo Brito, poeta paraibano, resume o conceito central da mostra: “descobrimos um mar oculto e profundo que o líquido e familiar oceano”. Neste universo é possível contrapor a energia fluída nos dias tranqüilos com as tempestades que as superfícies escondem. É um encontro marcado com a calma em dias agitados.

rioecultura : EXPO O Mar de Sérgio Lucena

Para a curadora da exposição, Cláudia Lopes, Lucena é um pintor do mundo, um tradutor de almas. “Sua obra nos leva a espaços interiores que nem sempre nos atrevemos a pisar”, relata Cláudia.

Sérgio Lucena, com sua obra atual, faz com que a luz - elemento visto e sentido na série “Deuses do céu – permaneça. O que se constata nas pinturas é que a forma praticamente desaparece e a cor, inevitavelmente, se transforma em luz permitindo a visualização do mar em diversas cores.

O crítico de arte Enock Sacramento define a exposição como sendo um mar particular do pintor. “Um mar muitas vezes azul, de um azul profundo, cinza, chumbo, violáceo, verde, dourado, fúcsia, de uma cor obtida por várias camadas de tinta e que, não raro, não está na superfície, mas vem do fundo”, relata Enock.

Desde as primeiras obras surgidas de suas vivências paraibanas e da cultura nordestina brasileira, Sérgio Lucena, em “O Mar de Lucena” demonstra o longo caminho percorrido por ele durante sua trajetória profissional. Pode-se perceber que, através da luminosidade, o universo do artista transformou-se em um mar de cores e sensações.

A exposição “O Mar de Sérgio Lucena” no Centro Cultural Correios é um patrocínio da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.

rioecultura : EXPO O Mar de Sérgio Lucena



Sobre Sérgio Lucena

Nascido em 1963, em João Pessoa, na Paraíba, Sérgio Lucena, passou sua infância entre a capital e o sertão paraibano. Desde cedo gostava de pintar. Após um período trabalhando como balconista na loja do pai, ingressa no curso de Física na Universidade Federal da Paraíba. Em 1981, Lucena conhece o artista paraibano Flávio Tavares que o orienta em seus primeiros passos na pintura acrílica. No ano seguinte é selecionado para o Salão de Artes de Recife. Em 1984, se dedica integralmente à pintura. Nesta época, o tema de suas obras girava em torno da figura humana e da vida como espetáculo de circo.

Em 1986, faz sua primeira mostra individual. Vende todos os quadros. Com o dinheiro que arrecadou vai para a Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso. Passa a viver o sonho da vida no sertão relembrando sua infância junto ao avô.

Durante um ano dedica-se ao trabalho na terra e à pintura. No final desse período, um investidor convida Sérgio para realizar uma obra em parceria com seu antigo mestre Flávio Tavares. Não volta mais ao sítio na Chapada e retoma sua carreira artística. Em 1991, ganha bolsa de intercâmbio e vai morar em Berlim, onde convive com artistas contemporâneos alemães e com os mestres da pintura nos muitos museus que visita assiduamente. É o inicio de sua pintura a óleo.

Ao retornar ao Brasil, passa a pintar paisagens em grandes formatos e não encontra respaldo no mercado local. Retoma o trabalho na loja do pai e passa a pintar às noites. Durante sete anos desenvolve seu trabalho alheio ao mercado e a mídia. Neste período aprofunda seus estudos da pintura a óleo e desenvolve o trabalho que seria a base de sua pintura futura. Em 2001, é convidado a expor em Washington, DC. Com isso, retorna integralmente para sua carreira de artista. Desde os anos 80 participa de mostras coletivas no Brasil e no exterior e tem exposto individualmente em galerias, instituições culturais e museus no Brasil, na Alemanha, nos Estados Unidos e na Dinamarca.
Local:
Centro Cultural Correios
Rua Visconde de Itaboraí, 20
Centro
(21) 2253-1580

Funcionamento:
De 3ª feira a domingo, das 12h às 19h

Ingresso:
Entrada franca

Atenção: os horários e a programação podem ser alterados pelo local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável confirmar as informações por telefone antes de sair.