KEITH HARING – Selected Works
Abertura: 28 de setembro de 2010
Encerramento: 28 de novembro de 2010
São 94 obras do artista nunca vistas no Brasil. A mostra revela a obra do artista ícone da cultura underground da Nova York dos anos 80 por meio de 55 serigrafias, 9 gravuras, 29 litografias e 1 xilogravura.
A exposição percorre dois estados sob comando da produtora e curadora americana Sharon Battat, da Litmedia Productions, responsável por projetos relacionados à arte, moda e publicidade. “Selecionamos trabalhos do Keith Haring que nunca foram vistos aqui e que têm uma estreita ligação com o Brasil, além de artigos pessoais como seu passaporte, skates desenvolvidos por ele, fotos e vídeos pessoais do artista no Brasil e até seus pares de tênis”, detalha Battat.
A popular e colorida série “Pop Shop” está entre os trabalhos selecionados. O público carioca poderá conhecer obras que fogem de seus conhecidos traços, como a série “Apocalypse” (1988) que possui colagens, técnica não usual nos trabalhos de Haring. Haverá ainda a exibição do documentário “Drawing the line” (direção de Elisabeth Aubert) na exposição.
Haring esteve no Brasil em diversas ocasiões. Ele participou da Bienal Internacional de São Paulo em 1983 e visitou diversas vezes seu amigo e artista Kenny Scharf, que possui uma casa em Ilhéus (BA).
A exposição também realizará uma série de workshops de pinturas e desenhos para crianças com artistas locais, seguindo o exemplo do artista. Haring elaborou muitos murais públicos em prol dos direitos civis, caridade, hospitais, creches e orfanatos. Em 1989, foi diagnosticado com HIV e fundou, no ano seguinte, a Keith Haring Foundation para apoiar campanhas de prevenção do HIV e programas infantis. “Organizamos ações relacionadas à prevenção do HIV em parceria com a ABIA (Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS), APTA (Associação para Prevenção e Tratamento da Aids) e outras instituições”, adianta Sharon.
Haverá distribuição gratuita, para os visitantes, de camisinhas e “O Livro da Vida”. A publicação reúne 12 histórias verídicas de pessoas anônimas que contraíram o vírus HIV, conta como isso ocorreu e traz informações de prevenção.
Keith Haring
Sua obra é forte, democrática e despretensiosa, carregada de mensagens de vitalidade e união, e teve um impacto profundo na arte e espírito de nossa época. Seu trabalho é facilmente reconhecido pelas linhas grossas, cores vibrantes e figuras características.
Nascido no estado da Pensilvânia, em 1958, numa família de classe média, cedo mostrou interesse pelas artes plásticas. De 1976 até 1978, estudou design gráfico numa escola de arte em Pittsburgh. Antes de acabar o curso, transferiu-se para Nova York (NY), onde foi grandemente influenciado pelo graffiti, inscrevendo-se na School of Visual Arts (SVA). Lá, Keith ficou amigo de outros artistas como Kenny Scharf e Jean-Michel Basquiat. Depois de dois anos na SVA, Haring saiu da escola e começou a fazer seu nome como um dos mais celebrados e controversos artistas da década.
Keith Haring começou a ganhar notoriedade ao desenhar a giz nas estações de metrô de NY. As suas primeiras exposições formais aconteceram em espaços alternativos e clubes da cidade, fato que o levou a conhecer Madonna, Grace Jones e David Byrne. Sua primeira exposição individual aconteceu na Tony Shafrazi Gallery, no Soho, em 1982. Em pouco tempo, já participava de exposições e performances no vanguardista Club 57.
Em 1986, ele abriu a loja Pop Shop em NY, onde comercializava roupas e objetos estampados com suas famosas ilustrações. Outra loja foi aberta em Tóquio em 1988, fechando em 1989. Em 2005, a Pop Shop de NY fechou as portas, mas ainda existe online.
Parte do movimento das artes underground de NY, Haring sempre teve forte preocupação social e a representava com obras repletas de mensagens sobre preconceitos, amor, paz, liberdade e, acima de tudo, a prevenção do HIV. Foi fortemente influenciado pelo graffiti, por sua forma independente e utilização do espaço público.
Sua arte naturalmente tornou-se pública em todas as esferas. Seus desenhos eram vistos nos metrôs de Nova York, no Muro de Berlim, antes da queda, e em exposições ao redor do mundo, como a Documenta 7, em Kassel, a Bienal de São Paulo (em 1983, pintou murais pela cidade numa amostra da arte urbana e efêmera que circula fortemente pelos anos 2000) e a Bienal do Whitney Museum (NY).
Além de seguir pintando murais em vários países, Keith colaborou com painéis iluminados na Times Square, cenários de peças de teatro, campanhas publicitárias e desenvolvimento de produtos. Um de seus últimos trabalhos, “Tuttomondo”, foi dedicado à paz, instalado perto da igreja de Sant´Antonio Abate, em Pisa, na Itália, em 1989.
Mas foram seus murais públicos em prol de causas sociais que, de fato, marcaram sua carreira, muitos dos quais criados em prol dos direitos civis, caridade, hospitais, creches e orfanatos. Elaborou desenhos contra o apartheid e, um ano depois de ter sido diagnosticado com HIV, em 1989, Keith criou a Keith Haring Foundation, com o objetivo de apoiar campanhas de prevenção do HIV e programas infantis. Em seu último ano de vida, esforçou-se em usar seu nome para divulgar alertas sobre a prevenção do vírus e educar a população mundial.
Local:
CAIXA Cultural Rio
[Unidade Almirante Barroso]
Avenida Almirante Barroso, 25
Centro
(21) 2544-4080
Funcionamento:
De 3ª feira a domingo, das 10h às 21h
Ingresso:
Entrada franca
Atenção: os horários e a programação podem ser alterados pelo local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável confirmar as informações por telefone antes de sair.
CAIXA Cultural Rio
[Unidade Almirante Barroso]
Avenida Almirante Barroso, 25
Centro
(21) 2544-4080
Funcionamento:
De 3ª feira a domingo, das 10h às 21h
Ingresso:
Entrada franca
Atenção: os horários e a programação podem ser alterados pelo local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável confirmar as informações por telefone antes de sair.