Projeto HAPPENINGS - Ações Coletivas
rioecultura : EXPO Projeto HAPPENINGS - Ações Coletivas : Casa França-Brasil
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Abertura: 21 de agosto de 2010
Encerramento: 28 de agosto de 2010

O termo “happening” (do inglês, acontecimento) foi cunhado pelo artista norte-americano Allan Kaprow (1927-2006) e refere-se a ações coletivas, podendo combinar elementos visuais e teatrais, espontaneidade ou improvisação, muitas vezes com a participação do público. As raízes do happening remontam às performances dadaístas e futuristas, e seu desenvolvimento desemboca na assim chamada arte da performance.

Durante a semana de 21 a 28 de agosto de 2010, o Projeto HAPPENINGS vai ocupar a Casa França-Brasil com ações coletivas que envolvem performances, espaço para conversação, poesia e sonoridades experimentais. O conceito é mostrar um panorama do que há de interessante e relevante no cenário da arte contemporânea do Rio de Janeiro de forma espontânea, plural, utilizando diversas mídias e formatos e olhares transversais.

O lançamento, com um grande repertório de atividades artísticas, é dia 21.08, das 14h às 20h. Durante este dia, o público presencia as instalações escultóricas que exploram imagem e som através da interatividade do público, obra dos artistas Chelpa Ferro e Cadu, além de uma performance com os poetas Chacal, Alice Sant´anna e Domingos Guimaraens, e de uma conversa sobre os riscos e imprevisibilidades na arte com o historiador e escritor Rafael Cardoso e os convidados Eucanaã Ferraz e Raul Mourão. HAPPENINGS também conta com a música instrumental (meio noise, meio trilha sonora) do Rabotnik e do Arto Lindsay, e, encerrando a programação a festa de ritmos eletrônicos periféricos, Dancing Cheetah.

O projeto HAPPENINGS tem curadoria de Batman Zavareze e apoio da Boldº a Design Company, Visual Color e das Galerias Vermelho e Progetti.

rioecultura : EXPO Projeto HAPPENINGS - Ações Coletivas
Microfonico

PROGRAMAÇÃO
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:: EXPOSIÇÃO ::
Galeria 01: Chelpa Ferro (Microfônico)
Galeria 02: Cadu (Avalanche)

21.08 [sábado]
14h – 16h
Discussão com Rafael Cardoso, Eucanaã Ferraz e Raul Mourão
Tema: “Os riscos do imprevisível”

16h – 17h
Performance Sonora / 1ª parte: Chelpa Ferro

17h – 17h30
Performance artística: Chacal, Alice Sant´anna, Domingos Guimaraens e Mariano Marovatto

17h30 – 18h30
Performance Sonora / 2ª parte: Rabotnik & Arto Lindsay

18h30 – 20h00
DJ set: Dancing Cheetah

Participantes
Chelpa Ferro, Cadu, Rafael Cardoso, Eucanaã Ferraz, Raul Mourão, Chacal, Alice Sant´anna, Domingos Guimaraens, Mariano Marovatto, Rabotnik, Arto Lindsay, Dancing Cheetah

:: EXPOSIÇÃO ::
Artista_01: Chelpa Ferro com a obra MICROFÔNICO
Apoio: Galeria Progetti – www.progettirio.com

Junto a parede, vasos de diferentes diâmetros são posicionados lado a lado. A 3 metros de altura, é instalado na parede um trilho motorizado que conduz o microfone pendurado por seu próprio cabo. Ele passa rente a boca dos vasos captando as vibrações criadas a partir da reverberação do espaço interno dos mesmos. Ouve-se então uma microfonia amplificada, e a medida que o microfone vai passando sobre os vidros de diferentes tamanhos, diferentes frequências e notas vão surgindo, criando uma composição sonora parcialmente programada e parcialmente randômica. Para ligar o motor que movimenta o trilho e conduz o microfone é necessário que o espectador ative o pedal industrial que se mantem ligado por um período pré-determinado pelo temporizador.

Chelpa Ferro é um coletivo criado no Rio de Janeiro pelos artistas Luiz Zerbini, Sergio Mekler e Barrão, em 1995 e que é referência no terreno da arte contemporânea multimídia no Brasil, misturando música eletrônica, esculturas e instalações tecnológicas. Suas obras condensam objetos, performances e instalações sonoras, refletindo o trabalho individual de seus membros - objetos com cacos; pinturas e edição de imagens. Entre suas exposições coletivas, destacam-se: Laços do Olhar, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo (2008); 30° Panorama de Arte Brasileira, Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo (2007); Geração da Virada - 10 + 1: os anos recentes da arte brasileira, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo (2006); 51ª Biennale di Venezia (2005); 25ª Bienal de São Paulo, São Paulo (2002). Entre suas exposições individuais, destacam-se: Jungle Jam, Museu de Arte Moderna da Bahia, Salvador (2008); Jardim Elétrico, Galeria Vermelho, São Paulo (2008); HUM, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro (2003). Em 2010, o Chelpa Ferro participa do prêmio Nam June Paik, em Dusseldorf, Alemanha.

Artista_02: Cadu com a obra AVALANCHE
Apoio: Galeria Vermelho - www.galeriavermelho.com.br

Caixas de música são mecanismos baseados na gravação de relevos em matrizes que posteriormente são convertidos em sons. Usualmente, esses objetos são adquiridos com melodias, não sendo possível compor sobre essas estruturas. Uma caixa de música de grandes proporções foi desenvolvida por Cadu, para que o público possa experimentar este processo. Batizada de Avalanche, a instalação é composta por um cilindro de aço contendo 750 locações para parafusos em diferentes tamanhos. A engrenagem estará disponível para manipulação por parte do visitante que poderá criar novas estruturas sonoras.

Cadu é artista plástico doutorando da Universidade Federal do Rio de Janeiro, professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio e da Escola de Arte Visuais do Parque Lage. Contemplado com a bolsa de residência artística Iberê Camargo em 2001 no London Print Studio e durante 2008 artista visitante na Universidade de Plymouth a convite do Arts Council (Reino Unido). Dentre as mais recentes exposições coletivas de que participou, destacam-se a 7a Bienal do Mercosul (Porto Alegre – Brasil), "After Utopia" (Prato – Italia), "Estrategia" (Plymouth Arts Centre), Nova Arte Nova (Centro Cultural Banco do Brasil Rio e São Paulo). Realizou exposições individuais nas galerias Vermelho (São Paulo) e Laura Marsiaj (Rio).

Atualmente é membro do grupo docente do Projeto Dynamic Encouters do professor Charles Watson e desenvolve projetos em parceria com o British Council.

:: Discussão ::
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14h – 16h
Mediador: Rafael Cardoso
Convidados: Eucanaã Ferraz e Raul Mourão
Tema: “Riscos do Imprevisível”

"Nos últimos 40 anos, happenings, instaurações e performances têm sido vistos como meios aptos para manter alguma distância entre arte e mercadoria, sociedade e espetáculo. Segundo esse raciocínio, quando tudo está à venda, é interessante produzir obras invendáveis. E quando tudo tende a se tornar espetáculo, o melhor antídoto seria a experiência imediata, compartilhada presencialmente. Qual o resultado atual desse senso comum? Essas proposições continuam válidas e/ou relevantes? Quais as vantagens e desvantagens da arte que se faz ao vivo? Quem sabe, faz ao vivo? O "ao vivo" implica sempre em risco? Qual o impacto da cobertura midiática sobre os eventos de arte? Está aberta a discussão.” Rafael Cardoso

>> Rafael Cardoso
PhD em história da arte pelo Courtauld Institute of Art (Universidade de Londres), sociólogo pela Unversidade John Hopkins (Estados Unidos) e professor assistente no Departamento de Artes & Design da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rafael Cardoso é autor dos livros “O design brasileiro antes do design” (Cosac&Naify) e “Uma introdução à história do design” (Edgard Biücher). Colaborador de diversos periódicos no Brasil e no exterior, é também escritor de ficção, autor dos livros “A maneira negra” e “Controle remoto”, ambos editados pela Record.

>> Eucanaã Ferraz
Professor de literatura brasileira na faculdade de letras da UFRJ, escreveu, entre outros, os livros de poemas "Martelo" (7Letras, 1997); "Desassombro" (7Letras, 2002); "Rua do mundo (Cia. das Letras, 2004). Organizou os livros "Letra só", com letras de Caetano Veloso (Cia.das.Letras, 2003); "Poesia completa e prosa de Vinicius de Moraes" (Nova Aguilar, 2004), a antologia "Veneno antimonotonia — Os melhores poemas e canções contra o tédio", (Objetiva, 2005) e "O mundo não é chato", com textos em prosa de Caetano Veloso (Cia. das Letras, 2005). Publicou, ainda, na coleção "Folha Explica", o volume "Vinicius de Moraes (Publifolha, 2006).

>> Raul Mourão
A obra de Raul Mourão abrange a produção de desenhos, esculturas, vídeos, objetos, fotografias, texto, perfomances e instalações. Suas peças, construídas com diversos materiais, desenvolvem um vocabulário plástico com elementos da visualidade urbana deslocados de seu contexto usual. Entre eles há referências ao esporte, à arquitetura, a botequins e a tapumes de obras públicas: ícones de uma presença anônima mas familiar a um olhar que transita pelo espaço da cidade. Entre suas exposições individuais recentes destacam-se Entonces, no Paço Imperial (Rio de Janeiro, 2004), Pequenas Frações, na LURIXS Arte Contemporânea (Rio de Janeiro, 2003), e Carga Viva, Galeria Celma Albuquerque (Belo Horizonte, 2002). Entre as coletivas destacam-se Rampa: Signaling New American Art Initiatives, ASU Art Museum (Arizona, EUA, 2005), Heterodoxia, Memorial da América Latina (São Paulo, 2004), Panorama da Arte Brasileira mam (São Paulo e Rio de Janeiro, 2001/2002, respectivmente), III Bienal de Artes Visuais do Mercosul (Porto Alegre, 2001), Mostra do Redescobrimento – Módulo Contemporâneo, Museu de Arte Moderna (Buenos Aires, 2001) e Os 90, Paço Imperial (Rio de Janeiro, 1999).

rioecultura : EXPO Projeto HAPPENINGS - Ações Coletivas

rioecultura : EXPO Projeto HAPPENINGS - Ações Coletivas
Avalanche

:: Performance_Sonora 1ª parte ::
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16h – 17h
>> Chelpa Ferro
Dentro da sala onde está exposta a obra Microfônico, o Chelpa Ferro fará improvisações utilizando guitarras, theremin e outros objetos sonoros.

:: Performance_Artística ::
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17h – 17h30
Chacal e os convidados: Alice sant´anna, Domingos Guimaraens e Mariano Marovatto Tema: Poesia (Homenagem aos 20 anos do Cep 20.000)
Chacal é o nome artístico de Ricardo de Carvalho Duarte. Poeta, letrista, e agitador cultural, publicou dezenas de livros, dos quais Muito Prazer (1971/2), Preço da Passagem (1972), América (1975), Quampérius (1977), Drops de Abril (1983), Comício de Tudo (1986), Letra Elétrika (1994), Posto Nove (1998) e A Vida é curta pra ser pequena (2002). Colaborador de revistas de poesia nos anos 70, nos 90 editou, entre outros, O Carioca, revista que tinha em seu conselho editorial Fausto Fawcett e Wally Salomão. Publicou periodicamente nos jornais Correio Brasiliense, Folha de S. Paulo e Jornal do Brasil. Participa das antologias 26 Poetas Hoje (1976) e Os Cem Melhores Poemas Brasileiros do Século (2001). Letrista (parcerias com Lulu Santos, Fernanda Abreu e Moraes Moreira, entre outros), criador e diretor do CEP 20.000, evento no qual se apresentam performers, bandas de rock e vanguardas em geral, e que em 2010 está completando 20 anos de atividade. Em 2007, lançou pela Editora Cosac Naify, a coletânea de poemas "Belvedere", reunindo trabalhos publicados em 35 anos de carreira.

>> Alice Sant´anna
Aos 21 anos, Alice é reconhecida como uma das promessas da poesia brasileira. Descoberta por pessoas importantes no meio como Armando Freitas Filho. Publicou em 2009 seu primeiro livro, pela editora 7Letras. A obra, intitulada Dobradura é uma coletânea com poemas já postados em seu blog na internet.
>> Domingos Guimaraens
Domingos Guimaraens nasceu no Rio de Janeiro. É poeta e artista visual cursando o mestrado em Literatura Brasileira pela Letras da PUC-Rio. Apresentou seus trabalhos no Rio, em São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, México e Argentina. Durante anos colaborou na organização do CEP20000. Faz parte do coletivo poético Os Sete Novos. Publicou no final de 2006 o livro A gema do sol pela editora 7Letras. Como artista visual trabalha com o GrupoUM.

>> Mariano Marovatto
Mariano Marovatto nasceu em 1982, no Rio de Janeiro. É poeta, cantor e compositor, além de ser mestre em literatura brasileira pela PUC-Rio, onde realiza doutorado.O primeiro voo, de 2006, foi lançado com Os Sete Novos, ao lado dos livros de Augusto Guimaraens Cavalcanti e Domingo Guimaraens. Amoramérica, dos Sete Novos, foi seu último lançamento, publicado em 2008.

:: Performance_Sonora 2ª parte ::
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17h30 – 18h30
>>Rabotnik
Formado em 2004 por Eduardo Manso, Estevão Casé, Bruno Di Lullo e Rafael Rocha, o Rabotnik é um grupo de música instrumental que alterna apresentações ao vivo com a produção de trilhas sonoras. A banda experimenta improvisação, técnicas de composição e arranjo baseadas nas novas tecnologias de edição não linear de áudio. Além do repertório autoral, o grupo costuma homenagear em seus shows grandes compositores de trilhas sonoras cinematográficas, apresentando ao público algumas das obras de Ennio Morricone, Nino Rota, John Barry, Henry Mancini, Krzysztof Komeda, entre outros. Um recurso muito utilizado pelo grupo é a presença de músicos convidados, sem ensaio prévio, em suas apresentações. Artistas como Chelpa Ferro, Arto Lindsay, Damo Suzuki, Kassin, Rob Mazurek, Alberto Continentino, Domenico Lancellotti, Pedro Mibielli, Silvia Machete, Gabriel Bubu, Pedro Sá, entre muito outros já participaram da experiência.

>> Arto Lindsay
Nascido nos Estados Unidos e criado no Brasil durante os anos da Tropicália, o multifacetado cantor, compositor, produtor e guitarrista Arto Lindsay é conhecido pelo seu pioneirismo junto às cenas noise de Nova Iorque e suas referencias vanguardistas em relação à música brasileira Desde as primeiras gravações nos anos 70 até os aclamados albuns solo das recentes décadas, Arto Lindsay constrói passagens sonoras complexas entre o pop e a desconstrução rítmica, a melodia envolvente e o ataque sônico. Considerado pela revista Time Out como um dos 50 músicos mais importantes da história de Nova Iorque, Arto Lindsay já colaborou com asrtistas do porte de David Byrne, Ryuichi Sakamoto, Laurie Anderson e Animal Collective. Como produtor, realizou importantes trabalhos para Marisa Monte, Caetano Veloso, Tom Zé, Cal Costa e Carlinhos Brown. Sua faceta mais performática, o levou em 2009 à Bienal de Veneza.

:: DJ Set ::
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18h30 – 20h
>> Dancing Cheetah
De alguns anos pra cá, as principais revistas e sites dos Estados Unidos e Europa estão com o radar atento ao que acontece musicalmente nos centros periféricos do mundo inteiro. Nesses locais – estamos falando de Angola, Argentina, Colômbia, África do Sul, Porto Rico, Bulgária, Costa do Marfim, o próprio Brasil, entre outros - tecnologia aliada a ritmos folclóricos e senso pop estão produzindo gêneros híbridos impossíveis de serem imaginados antes da popularização da Internet e os blogs de mp3. É neste cenário contemporâneo que surge a Dancing Cheetah, a primeira festa global guettotech do Brasil, isto é, a primeira festa no país especializada em ritmos digitais do terceiro mundo. Em pouco mais de um ano, a Dancing Cheetah recebeu os artistas internacionais Villa Diamante (Zizek / Buenos Aires), Frikstailers (Zizek / Buenos Aires), El Remolón (Zizek / Buenos Aires), Poirier (Canadá), Maga Bo (Estados Unidos), Fletcher (África do Sul), Wolf (Alemanha) e Baptist (Alemanha), além dos locais Lucas Santtana (Boom Boom / São Paulo), Nego Moçambique (Boom Boom / São Paulo), DJ Dolores, Sany Pitbull, El Rocker (Confronto Soundsystem, Boom Boom / BSB, São Paulo), Dago Donato / Bimahead (Explode! / São Paulo), Ale Marder/ Aletronica (Cha Cha Cha / São Paulo), Edu K, DJ Chernobyl, Marcelinho da Lua, FAROFF (Bootie), Maurício Valladares (Ronca Ronca), La Rica (Gang Bang), Matias Maxx, Makula, Go East, Vivi Caccuri, Ajax (Gustavo mm & Filipe Mustache), entre outros.
Local:
Casa França-Brasil
Rua Visconde de Itaboraí, 78
Centro
(21) 2253-5366

Funcionamento:
De terça a domingo, das 10h às 20h

Ingresso:
Entrada franca

Atenção: os horários e a programação podem ser alterados pelo local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável confirmar as informações por telefone antes de sair.