Poesia: do dáctilo ao dígito [Erthos Albino de Souza]
rioecultura : EXPO Poesia: do dáctilo ao dígito [Erthos Albino de Souza] : Instituto Moreira Salles (IMS)
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Abertura: 24 de agosto de 2010
Encerramento: 24 de outubro de 2010

Na data da abertura
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19h30 - mesa-redonda com Augusto de Campos, André Vallias e Carlos Ávila.
Entrada gratuita.
Senhas distribuídas 1 hora antes de evento.
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rioecultura : EXPO Poesia: do dáctilo ao dígito [Erthos Albino de Souza]

Com curadoria dos poetas Augusto de Campos e André Vallias, a mostra faz um amplo apanhado da produção de Erthos Albino de Souza (1932-2000): dos primeiros poemas feitos com máquina de escrever, no final da década de 1960, às impressões em computador mainframe, realizadas durante os anos de 1970, que fazem dele um relevante precursor da chamada “poesia digital”; dos “poesignos” – logotipos poéticos – aos poemas-objeto e colagens fotográficas.

Mineiro de Ubá, radicado em Salvador – ou “ubáiano” como ele mesmo se definia –, esse entusiasta da poesia de vanguarda, patrocinava projetos de Augusto de Campos e de outros concretistas, mas não se animava em publicar os próprios trabalhos. “Erthos preocupava-se, angelicalmente, acima de tudo com os outros, e ficava feliz com o êxito dos projetos e das obras dos poetas em que acreditava e que financiava com a maior e mais desinteressada generosidade”, explica Augusto de Campos.

O contato entre Erthos Albino e Augusto e Haroldo de Campos começou em 1962, quando ele tomou conhecimento dos primeiros estudos que os irmãos realizavam sobre o poeta maranhense Sousândrade. Erthos, então engenheiro da Petrobras em Salvador, se propôs a financiar o projeto de resgate da obra do poeta, sem conhecer os autores pessoalmente – o contato era só por cartas até 1969.

Erthos foi um grande pesquisador, responsável por inúmeras descobertas de textos de Pedro Kilkerry, Patrícia Galvão (Pagu) e Sousândrade, tendo ainda realizado um trabalho pioneiro de análise estatística de textos literários através do computador. Em 1973, fundou, com o poeta e antropólogo Antônio Risério, a revista Código, publicação brasileira de poesia de vanguarda, que teve 12 números e circulou até 1989. Suas obras criativas foram disseminadas nas revistas experimentais da época, como Pólen, a própria Código, Qorpo Estranho, Artéria, Muda e Atlas.

rioecultura : EXPO Poesia: do dáctilo ao dígito [Erthos Albino de Souza]

Sobre os curadores:

:: Augusto de Campos ::
Nascido em São Paulo, em 1931, é poeta, tradutor, ensaísta, crítico de literatura e música. Em 1951, publicou o seu primeiro livro de poemas, O rei menos o reino. Em 1952, com seu irmão Haroldo de Campos e Décio Pignatari, lançou a revista literária Noigandres, origem do Grupo Noigandres, que iniciou o movimento internacional da poesia concreta. Na década de 1980, começou a desenvolver poemas animados em formato digital – “clip-poemas”. Sua obra poética está coligida principalmente em Viva Vaia (1979, 3ª ed, 2001), Despoesia (1994) e Não (2003) – livro + CD-ROM. Seus poemas mais recentes podem ser vistos no site www.uol.com.br/augustodecampos e na revista www.erratica.com.br.

:: André Vallias ::
Nascido em São Paulo, em 1963, é poeta, designer gráfico e produtor de mídia interativa. Foi curador de diversas exposições de poesia visual e digital, entre as quais: “Transfutur – Poesia visual da União Soviética, Brasil e países de língua alemã (Kassel 1990 e Berlim 1992), com Friedrich Block e Valeri Shestjanoi; p0es1e-digitale dichtkunst (Annaberg-Buchholz 1992), com F. Block; e POIESIS (Rio de Janeiro 2007), com F. Block e Adolfo Montejo Navas. Em 2004, criou a revista Errática www.erratica.com.br, editada com a colaboração do poeta e ensaísta Eucanaã Ferraz.
Local:
Instituto Moreira Salles (IMS)
Rua Marquês de São Vicente, 476
Gávea
(21) 3284-7400

Funcionamento:
De 3ª feira a domingo, das 13h às 20h

Ingresso:
Entrada e estacionamento gratuitos

Atenção: os horários e a programação podem ser alterados pelo local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável confirmar as informações por telefone antes de sair.