Arte santeira e regional do Piauí [coletiva]
Abertura: 19 de agosto de 2010
Encerramento: 19 de setembro de 2010
O universo da arte santeira e regional do Piauí é composto por cerca de 50 artesãos espalhados pelos municípios de Teresina, Parnaíba, José de Freitas, Pedro II e Campo Maior. No entanto, a maior concentração encontra-se na capital e em Parnaíba. A pesquisa realizada para a exposição priorizou essas duas cidades e apresenta as histórias de vida e a obra de artistas que se dispuseram a abrir as portas de seus ateliês de trabalho.
Escultores como Expedito dos Santos (Mestre Expedito), Antônio Carlos Pereira da Silva, João Pereira de Oliveira, Joaquim José Alves (Kim), Marcos Fernando da Silva (Mestre Paquinha), Francisco Antônio de Souza Ribeiro (Toinho), Adriano Rodrigues do Nascimento, José Pascoal de Araújo Pereira, José Carlos Alves Reis, José Guilherme dos Santos, entre outros, terão obras expostas na mostra. Cada um com seu estilo, sua maneira própria de expressão.
Fotos de Antônio Carlos Pereira da Silva e Francisco Moreira da Costa
No entanto, todos têm como referência os trabalhos de José Alves de Oliveira, Mestre Dezinho de Valença (1916-2000), considerado o precursor do fenômeno da arte santeira no Piauí. Em torno dele, criou-se uma verdadeira escola de escultores, e Teresina tornou-se um polo difusor da arte escultórica em madeira.
Mestre Dezinho participou, em 1974, da exposição "Sete brasileiros e seu universo", realizada em Brasília, e de exposições individuais no Brasil e no exterior, tendo recebido o prêmio da Bienal de Brastislava, em 1972. Um de seus anjos integrou a exposição "Brésil, arts populaires", realizada no Grand Palais, Paris, em 1987. Sua obra está representada nos principais museus de arte popular do Brasil.
O Estado do Piauí é conhecido nacionalmente pela sua arte santeira, que, segundo Mestre Expedito, "é o trabalho que a gente faz representando os santos”. Ele define arte regional como aquela de "fazer peças esculpidas em madeira representando coisas que se vê durante o dia, no cotidiano”, em que figuram representações do caboclo e do sertanejo: vaqueiros, lavradores, sanfoneiros, mulheres grávidas, mulheres com a cabaça na cabeça, pescadores, catadores de caranguejo.
Para os escultores do Piauí, esculpir figuras sacras ou profanas não são trabalhos excludentes, mas complementares. O ofício de imaginar e fazer santos é parte do imaginário da cultura regional e, não raro, são encontrados elementos da realidade cotidiana nas figuras e cenas sagradas esculpidas pelos santeiros, ao mesmo tempo em que figuras da arte regional são constantemente assimiladas por motivos da religiosidade popular.
Pedido de registro do ofício da arte santeira do Piauí como patrimônio cultural brasileiro foi encaminhado ao Ministério da Cultura em maio de 2008, por representantes do Conselho de Jovens Artesãos, do Memorial Mestre Dezinho e por escultores, entre os quais Mestre Expedito. A solicitação foi feita com base no Inventário de Referências Culturais do Ofício da Arte Santeira no estado.
Local:
Sala do Artista Popular - Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP)
Rua do Catete, 179 e 181
Catete
(21) 2285-2545
Funcionamento:
de 3ª a 6ª feira, das 11h às 18h
Sábados, domingos e feriados, das 15h às 18h
Ingresso:
Entrada Franca
Atenção: os horários e a programação podem ser alterados pelo local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável confirmar as informações por telefone antes de sair.
Sala do Artista Popular - Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP)
Rua do Catete, 179 e 181
Catete
(21) 2285-2545
Funcionamento:
de 3ª a 6ª feira, das 11h às 18h
Sábados, domingos e feriados, das 15h às 18h
Ingresso:
Entrada Franca
Atenção: os horários e a programação podem ser alterados pelo local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável confirmar as informações por telefone antes de sair.