DENTRE [Mariana Manhães] : Sala A Contemporânea
Abertura: 9 de agosto de 2010
Encerramento: 19 de setembro de 2010
A instalação inédita DENTRE foi feita pela artista Mariana Manhães especialmente para a Sala A Contemporânea, espaço no segundo andar da instituição destinado a abrigar mostras individuais de jovens artistas que têm se destacado nacionalmente. Cada artista convida um crítico para escrever um texto sobre seu trabalho.
Mariana Manhães, a primeira do projeto, convidou Fernando Cocchiarale, que acompanha sua trajetória desde o começo. Esse texto crítico, junto com as imagens da exposição, estará em um catálogo a ser publicado ao final do primeiro ano do projeto Sala A Contemporânea, que já tem programadas exposições dos artistas Matheus Rocha Pitta, Ana Holck, Tatiana Blass, Thiago Rocha Pitta e Marilá Dardot.
Desde sua primeira exposição individual em 2003, na Galeria da Associação Cultural Brasil-Estados Unidos, em Salvador, até agora, Mariana Manhães já recebeu diversos prêmios, realizou mostras no Brasil e no exterior, e tem obras em coleções públicas e privadas. Uma das mais inventivas artistas de sua geração, ela construiu uma produção original, respeitada em todo o país, a partir de seu ateliê em Niterói, cidade onde nasceu em 1977, e trabalhou até sua recente mudança para o bairro da Urca, aos pés do Pão de Açúcar.
Autora de um trabalho que não se encaixa em uma definição só, como escultura, vídeo, instalação, videoinstalação, arte cinética, eletrônica ou cibernética, ela faz questão de ressaltar que seu trabalho é orgânico, analógico, apesar de utilizar circuitos eletrônicos. “Não há nada pré-programado. Não tenho controle sobre o que vai acontecer”, diz.
Para ocupar os cerca de 140 metros quadrados, e comprimento de 19 metros, da Sala A Contemporânea no CCBB, ela idealizou uma obra que percorrerá, em uma das paredes, um trilho de 12 metros de comprimento, que estará interligada a outras seis estruturas no chão do espaço. Dessa vez, a força propulsora de todo o processo de movimento e animação da obra será a luz, e não o som, como vem ocorrendo em seu trabalho.
No trilho, estará acoplado, em uma estrutura móvel, um monitor que mostra a imagem de uma lâmpada, que passeia pelos quatros lados da tela. A lâmpada canta, fala e “pensa” alto, com uma divertida voz gravada pela própria artista, que criou um idioma especialmente para esta personagem. Uma célula fotoelétrica colocada na tela do monitor dispara ou interrompe o movimento do carrinho sobre o trilho, que pode ainda inverter o sentido de seu trajeto.
No meio da sala, ficará um monitor maior, onde duas imagens estarão misturadas, e terão maior ou menor intensidade dependendo de onde estiver o carrinho que anda sobre o trilho. Essas imagens misturadas, por sua vez, acionarão sons nas cinco outras estruturas que estarão no chão.
Mariana Manhães desenvolve em seu ateliê todas as etapas do trabalho, desde os estudos feitos no papel, a filmagem dos objetos que estarão nas telas, a gravação de suas vozes, e a construção da obra em si. Para viabilizar a execução de seus trabalhos, a artista conta com a colaboração de seu pai, o engenheiro de telecomunicações Antonio Moutinho.
SALA A CONTEMPORÂNEA
Ao criar esse projeto, o CCBB Rio está dando curso à sua política de fomento da produção cultural, formação de público e democratização do acesso à arte. “Estamos colocando toda nossa estrutura e experiência a serviço do artista jovem, que apesar de um reconhecimento no meio da arte ainda não teve a devida visibilidade e apoio institucional”, observa Marcos Mantoan, gerente do CCBB Rio. “Queremos dar oportunidade para que o público tome contato com essa nova produção, que traz novas linguagens e novas leituras sobre a arte e o país”. “O CCBB sempre deu espaço para experimentações e novos talentos, mas agora queremos fazer isso de forma mais sistemática, com uma programação continuada, e um espaço específico, que é a Sala A, que passamos a chamar de Sala A Contemporânea”, complementa.
Os artistas farão trabalhos inéditos especialmente para essas exposições, que abrangerão os vários tipos de linguagens, desde pinturas e esculturas a instalações, fotografias, desenhos etc. Ao final da primeira fase, as exposições da Sala A Contemporânea ganharão um catálogo bilíngue com textos críticos de vários curadores convidados pelos artistas, e imagens das obras expostas, e a biografia de cada artista.
ACESSIBILIDADE
A preocupação com o acesso do público à arte é um dos pilares do CCBB Rio, que mantém entrada franca para suas exposições, e ingressos baratos para espetáculos e filmes. A estrutura física do prédio é ainda 100% acessível a pessoas com deficiência, terceira idade e crianças.
Local:
Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB Rio)
Rua Primeiro de Março, 66
Centro
(21) 3808-2020
Funcionamento:
De quarta a segunda-feira, das 9h às 21h
Não abre as terças-feiras
Ingresso:
Entrada franca
Atenção: os horários e a programação podem ser alterados pelo local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável confirmar as informações por telefone antes de sair.
Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB Rio)
Rua Primeiro de Março, 66
Centro
(21) 3808-2020
Funcionamento:
De quarta a segunda-feira, das 9h às 21h
Não abre as terças-feiras
Ingresso:
Entrada franca
Atenção: os horários e a programação podem ser alterados pelo local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável confirmar as informações por telefone antes de sair.