Traços de Nova York [Torres García]
Abertura: 30 de abril de 2010 [convidados]
1 de maio de 2010 [grande público]
Encerramento: 13 de junho de 2010
Capa do "Álbum de Aquarelas de New York", de 1921
Aquarela sobre papelão
A mostra de 150 obras – oferecida pelo Museu Torres García, guardião das obras da Fundação Torres García – enfoca sua produção no período de 1920 a 1922, época em que o artista residiu em Nova York. Ali, não descansou o olhar, registrando e reinventando para si o dinamismo da grande cidade, cada novo aspecto da paisagem urbana e da vida cotidiana: as ruas e seus personagens, o comércio, o porto, o transporte, os objetos, tudo registrado e recriado nas obras em papel num ritmo livre e vibrante que capta o espírito e o movimento da cidade.
O projeto original da exposição – com curadoria de Jimena Perera e Alejandro Díaz, diretores do Museu Torres García e bisnetos do artista –, revela a produção em papel desenvolvida pelo artista em aquarelas, óleos e desenhos a lápis em livros, além de anúncios de jornal, desenhos publicitários, colagens, esboços, escritos, diários. A mostra que chega às Galerias 2 e 3 da CAIXA Cultural tem curadoria conjunta de Fernanda Terra e traz ao público os brinquedos transformáveis desenvolvidos pela Aladdin Toy Company, empresa criada pelo artista.
JOAQUÍN TORRES GARCÍA
Joaquín Torres García, artista e teórico, nasceu em 1874, em Montevidéu, Uruguai. Aos dezessete anos mudou-se para a Espanha com a família. Em Barcelona, realizou sua formação artística e acadêmica, tornando-se um dos artistas-chave do modernismo catalão.
No início da década de 1920, viveu dois anos em Nova York, onde realizou vários trabalhos de pintura e aquarelas inspiradas na dinâmica e na riquíssima experiência visual com que travou contato. Na cidade, continuou seu projeto de desenvolver brinquedos iniciado em Barcelona. A princípio os brinquedos eram desenhados e fabricados de forma artesanal.
Aquarela 143, de 1921
Aquarela sobre papel
Em 1924 criou, em Nova York, a fábrica de brinquedos Aladdin Toy Company, que foi consumida num incêndio no ano seguinte. O artista considera a realização dos brinquedos entre suas atividades mais importantes neste período. Realizou ao longo de quinze anos várias tentativas de fabricação dos brinquedos em larga escala.
Em 1922, de volta à Europa, radicou-se primeiro na Itália, e logo depois no sul da França. O artista viveu cinco anos em Paris (1927-1932). É neste momento que entra em contato com os movimentos de vanguarda da época. Seus trabalhos passam então do caráter clássico e simbolista para um processo de integração aos grandes movimentos construtivos do início do século XX.
Sob influência principalmente do neoplasticismo holandês – representado por Piet Mondrian e Theo Van Doesburg –, ele dá os primeiros passos em direção ao seu Universalismo Construtivo, caracterizado pela busca de um espaço plástico puro, no qual revela, apesar de todas as influências, particularidades expressivas notáveis.
Aquarela 139, de 1921
Aquarela sobre papel
Na década de 1930 organiza, junto com Michel Seuphor, o movimento Cercle e Carré, primeiro grupo internacional de arte abstrata a reunir todas as tendências de arte não figurativa, com a presença de artistas como Mondrian, Ozenfant, Prampoline, Kandinsky, Léger, Pevsner e Vantongerloo. Nessa mesma época, organiza a primeira exposição de artistas latino americanos, com a presença de Rivera, Orozco e Figari.
Em 1932, muda-se para Madri. Retorna a Montevidéu em 1934, passando a conciliar a criação com a educação, realizando conferências e publicando livros. Em 1942, para difundir sua proposta do Universalismo Construtivo, abre o Atelier de Arte Construtiva Universal, espaço de instrução e trabalho coletivo por onde passaram expoentes da Escuela del Sur. Morre em 1949.
Em 1978, foi realizada uma grande retrospectiva da obra do artista no MAM-RJ.
Local:
CAIXA Cultural Rio
[Unidade Almirante Barroso]
Avenida Almirante Barroso, 25
Centro
(21) 2544-4080
Funcionamento:
De 3ª feira a domingo, das 10h às 21h
Ingresso:
Entrada franca
Atenção: os horários e a programação podem ser alterados pelo local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável confirmar as informações por telefone antes de sair.
CAIXA Cultural Rio
[Unidade Almirante Barroso]
Avenida Almirante Barroso, 25
Centro
(21) 2544-4080
Funcionamento:
De 3ª feira a domingo, das 10h às 21h
Ingresso:
Entrada franca
Atenção: os horários e a programação podem ser alterados pelo local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável confirmar as informações por telefone antes de sair.