Exposição Antitabagismo - Propaganda de cigarros
Abertura: 27 de novembro de 2009
Encerramento: 17 de janeiro de 2010
Depois de uma temporada de sucesso em São Paulo, a mostra "Propagandas de cigarro - Como a Indústria do fumo enganou as pessoas" chega ao Rio de Janeiro com o apoio do Instituto Nacional de Câncer (Inca) e da CAIXA Cultural.
Sessenta e três peças publicitárias produzidas entre 1920 e 1950 para a TV e veículos impressos mostram como a indústria do tabaco usou a propaganda para criar uma "nuvem de fumaça" e esconder os efeitos nocivos do cigarro. O objetivo era o de neutralizar temores do público geral sobre os malefícios do hábito de fumar e aumentar a base de novos fumantes.
Em São Paulo, a exposição foi vista por mais de 60 mil pessoas. As imagens selecionadas e organizadas pelos médicos Robert K. Jackler e Robert N. Proctor, professores da Universidade de Stanford (EUA), fazem parte do acervo de domínio público mantido no Smithsonian Institution (Washington).
Elas foram trazidas com exclusividade ao Brasil pela agência de publicidade NovaS/B, que obteve autorização dos médicos americanos para reproduzir a exposição no país. Do Rio de Janeiro, a exposição deverá seguir para Brasília, Porto Alegre e Recife.
A Exposição
Os anúncios e cartazes mostrados na exposição podem parecer absurdos e até humorísticos, dada a ousadia da indústria em aliar o cigarro à saúde e usar imagens de esportistas, artistas, médicos e até de crianças. Além disso, a indústria produzia e financiava pesquisas pseudocientíficas para embasar briefings de propaganda e persuadir pessoas a fumar.
"Mais médicos fumam Camel do que qualquer outro cigarro"; Dê férias para a sua garganta, fume um cigarro refrescante"; "A Proteção para a sua garganta contra irritação e tosse (Lucky Strike) "19.293 dentistas recomendam. Fume Viceroy! Nunca mancharão seus dentes!" Essas são algumas das mensagens que estarão nas peças mostradas na exposição, que teve a organização de Silvana Tinelli, sócia-diretora da NovaS/B, com curadoria da jornalista Bia Pereira.
Uma das muitas medidas tomadas pelas companhias de tabaco foi utilizar-se da imagem de ícones, como astros de Hollywood, cantores e atletas de elite. Foi então que Frank Sinatra, Henry Fonda e Babe Ruth, conhecido como o melhor jogador de beisebol de todos os tempos, tiveram seus rostos estampados nos anúncios para endossar a veracidade das mensagens. Um exemplo é a peça em que o ator Henry Fonda afirma que fuma cigarro de determinada marca para proteger a voz.
Abaixo da assinatura do astro, a frase: "Nenhum único caso de irritação na garganta por causa de Camel". Outros recursos de convencimento também foram usados entre as décadas de 1920 e 1950: mulheres esguias sugerindo que o fumo não engorda; bebês e crianças como apelo emocional aos pais e até um Papai Noel fumante foi utilizado ("Como seria o Natal sem o cigarro Murad?"). Dias atuais As estratégias das companhias de tabaco mudaram, mas os seus alvos principais continuam sendo os jovens.
A exposição passou pelas universidades de Stanford, Califórnia, São Francisco e Harvard Medical, além da Biblioteca Pública de Nova York e South Station em Boston, na Filadélfia e em New Orleans, antes de ser trazida para o Brasil. É a primeira vez que a exposição sai dos Estados Unidos e tem entrada franca, na CAIXA Cultural Rio de Janeiro.
Local:
CAIXA Cultural Rio
[Unidade Almirante Barroso]
Avenida Almirante Barroso, 25
Centro
(21) 2544-4080
Funcionamento:
De 3ª feira a domingo, das 10h às 21h
Ingresso:
Entrada franca
Atenção: os horários e a programação podem ser alterados pelo local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável confirmar as informações por telefone antes de sair.
CAIXA Cultural Rio
[Unidade Almirante Barroso]
Avenida Almirante Barroso, 25
Centro
(21) 2544-4080
Funcionamento:
De 3ª feira a domingo, das 10h às 21h
Ingresso:
Entrada franca
Atenção: os horários e a programação podem ser alterados pelo local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável confirmar as informações por telefone antes de sair.