O Mundo de Mestre Vitalino
rioecultura : EXPO O Mundo de Mestre Vitalino : Museu da Chácara do Céu - Museus Castro Maya (MCM)
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Abertura: 27 de agosto de 2009
Encerramento: 30 de novembro de 2009

São 50 esculturas do acervo dos Museus Castro Maya, adquiridas pelo colecionador Raymundo Castro Maya, diretamente do artista, no início da década de 1950 - obras do início da produção do consagrado artista popular pernambucano.



Vitalino Pereira dos Santos (1909-1963) nasceu em Ribeira dos Campos, uma pequena vila em Caruaru/PE, em 10 de julho de 1909. Filho de lavradores, ainda criança modelava pequenos animais e brinquedos com as sobras do barro usado por sua mãe na produção de utensílios domésticos, que eram vendidos na feira de Caruaru. Por volta de 1930 passou a reproduzir, em barro, pessoas e agrupamentos humanos – cangaceiros, lavradores e soldados – em cenas que retratavam as festividades e infortúnios do povo nordestino. Ele as chamava de “peças de novidade”.

Vitalino, que também era músico,– tocava pífano na banda Zabumba, criada por ele – foi apresentado ao grande público na 1ª exposição de cerâmica Pernambucana realizada no Rio de Janeiro pelo artista e conterrâneo Augusto Rodrigues, criador da Escolinha de Arte do Brasil. Dotado de um forte senso estético e poética irretocável, Vitalino encantou críticos e colecionadores de arte. Foi convidado para diversos eventos e exposições que o tornaram conhecido e aplaudido no Brasil e no exterior. Vitalino tornou-se Mestre pela virtuosidade de seu trabalho e também pela liderança que exerceu entre os ceramistas do Alto do Moura, povoado onde morou, mais próximo de Caruaru.



Analfabeto, Mestre Vitalino carimbava seu nome nas obras. Depois, aprendeu a escrever o nome e passou a assiná-las, embora o carimbo tenha se tornado marca registrada em suas peças e, posteriormente, nas de diversos artistas do Alto do Moura. Morreu muito pobre, em 1963, aos 53 anos, vítima de varíola. Deixou 18 filhos e uma obra culturalmente riquíssima, assim como uma legião de seguidores e continuadores de sua arte.

Em 1971, foi inaugurada a Casa Museu Mestre Vitalino, na casa onde o artista residiu, no Alto do Moura, que mantém exposição permanente de suas principais obras, ferramentas e objetos de uso pessoal.

Segundo Vera de Alencar, diretora dos Museus Castro Maya, a incorporação de obras de Mestre Vitalino à coleção de Castro Maya teve “um papel significativo no processo de reconhecimento e aclamação que a arte popular viria a merecer por parte das elites intelectuais a partir do Modernismo. Durante muito tempo estas obras foram apresentadas em lugar de destaque na residência no Alto da Boa Vista – atual Museu do Açude – ao lado de pinturas da coleção Brasiliana.”



Local:
Museu da Chácara do Céu - Museus Castro Maya (MCM)
Rua Murtinho Nobre, 93
Santa Teresa
(21) 2224-8981

Funcionamento:
De 2ª feira a domingo, das 12h às 17h
NÃO ABRE: as terças-feiras
Fecha nos dias 1º janeiro, período de Carnaval, 25 e 31 dezembro

Ingresso:
R$2
Entrada franca as quartas-feiras
Gratuidade para adultos acima de 65 anos, crianças até 12 anos, grupos escolares, professores e guias de turismo em serviço.

Atenção: os horários e a programação podem ser alterados pelo local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável confirmar as informações por telefone antes de sair.