A arte indígena de Victor Brecheret
Abertura: 6 de julho de 2009
Encerramento: 23 de agosto de 2009
Ícone da escultura nacional, criador de grandes monumentos e obras, homem que transformava pedras, terracota e madeira em arte. Mesmo dono de cultura erudita, o ítalo-brasileiro Victor Brecheret encontrou nas matas brasileiras a inspiração máxima: os índios.
Foram selecionadas 29 esculturas e 23 desenhos, inspirados na cultura indígena, brasilianista e marajoara, oriunda da Ilha do Marajó, no Pará. Inspirado nos antepassados e no primitivismo milenar, o artista criou grafismos que lembram escritas antigas.
A terracota é um dos materiais que ele usava para entalhar lendas e mitos indígenas, como as obras A Luta da Onça, Veado Enrolado e O Índio e a Suaçuapara, que ganhou o prêmio de melhor escultura nacional na 1ª Bienal de Arte de São Paulo, em 1951.
Além da terracota e da madeira, ele esculpia em pedras. Encontrou três pedras enormes que foram arrastadas pela maré até a praia, e nelas entalhou a história de uma índia e um peixe. Nesta obra, o autor se aproxima do primitivismo e marca o instante em que a escultura deixa de ser baixo relevo e se transforma em gravura. Para executar estas peças, ele fez uma série de estudos em desenho, até encontrar a melhor composição.
Foi Mário de Andrade, amigo de Brecheret, que lançou a sugestão de abrasileirar a produção, pouco antes da Semana de Arte Moderna. "Estude os tipos dos nossos índios, tipos não desprovidos de beleza, estilize-os, unifique-os num tipo único, original, e terá adquirido assim a maior das suas qualidades", disse ele. Anos depois, as palavras do escritor influenciariam a obra do escultor, considerado um dos precursores do Modernismo no país.
A fase indígena é considerada a terceira na trajetória do artista, mas outros momentos e trabalhos também ajudaram a celebrizá-lo no meio artístico. É dele o Monumento às Bandeiras, no Parque do Ibirapuera, um dos cartões postais obrigatórios da cidade de São Paulo. Brecheret também esculpiu O Fauno, estátua que pode ser vista no Parque Trianon, em frente ao MASP, também na capital paulista.
A exposição "A Arte Indígena de Victor Brecheret" tem patrocínio da Caixa Econômica Federal. A mostra já percorreu os espaços da CAIXA Cultural de Salvador, Brasília e Curitiba. Após a temporada no Rio de Janeiro, a exposição finaliza a itinerância na cidade de São Paulo.
Local:
CAIXA Cultural Rio
[Unidade Almirante Barroso]
Avenida Almirante Barroso, 25
Centro
(21) 2544-4080
Funcionamento:
De 3ª feira a domingo, das 10h às 21h
Ingresso:
Entrada franca
Atenção: os horários e a programação podem ser alterados pelo local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável confirmar as informações por telefone antes de sair.
CAIXA Cultural Rio
[Unidade Almirante Barroso]
Avenida Almirante Barroso, 25
Centro
(21) 2544-4080
Funcionamento:
De 3ª feira a domingo, das 10h às 21h
Ingresso:
Entrada franca
Atenção: os horários e a programação podem ser alterados pelo local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável confirmar as informações por telefone antes de sair.