Cartazes da Guerra - 1936 - 1939
Abertura: 4 de junho de 2009
Encerramento: 2 de agosto de 2009
Após passar pela França, Itália, Alemanha e Suécia, chegam ao Brasil 95 cartazes do conturbado período da guerra civil espanhola, que proporcionam a oportunidade de uma reflexão sobre o confronto armado, considerado um dos mais sangrentos do século XX, além de importante prévia da Segunda Guerra Mundial.
Testemunhos das mensagens e idéias republicanas e socialistas, os cartazes representam algumas das tendências artísticas mais importantes daqueles anos, como, por exemplo, o construtivismo russo. O material reflete o drama histórico e os sentimentos humanos envolvidos durante o avanço fascista das tropas de Franco na Espanha que desencadeou uma das ditaduras mais brutais da Europa, responsável pela morte de artistas como o poeta Federico Garcia Lorca, mas também por obras primas, como a Guernica, de Picasso.
Considerados um meio de comunicação eficaz, definidos inclusive como "um grito na parede", os cartazes abordam temas essencialmente políticos, como a obrigatoriedade do alistamento militar e a cautela excessiva com potenciais inimigos. Serviam também de advertência diante dos abusos em situações de guerra e foram igualmente utilizados em campanhas de saúde, higiene e educação. Com a Segunda Guerra Mundial, o cartelismo passou a ser uma mídia fundamental de propaganda em diversos países, tendo envolvido um autêntico exército de artistas gráficos, desenhistas e pintores e alcançado elevados níveis de qualidade e valor estético.
Os cartazes expostos no MHN integram uma preciosa coleção de dois mil itens, formada ao longo dos anos pela Fundação espanhola Pablo Iglesias, e foram minuciosamente selecionados para propiciarem um panorama da variedade dos temas em voga, dos artistas e das tendências artísticas abordadas pelos cartazes da época da guerra civil espanhola.
Entre os artistas incluídos, há desenhos de espanhóis renomados - como Bardasano, Huertas, Melendreras, Ballester, Espert, Monleón, Renau, Cristino Mayo, Briones, Oliver, Garay -, junto a obras anônimas, mas de indiscutível qualidade artística.
Desde sua aparição no século XIX, o movimento artístico que ficou conhecido como “Cartelismo” (arte do cartaz) converteu-se rapidamente num meio privilegiado para transmitir todos os tipos de ideias e informações à sociedade dos países europeus. Sua produção foi particularmente importante na Espanha dos anos 30 do século passado durante o período da república e, especialmente, nos anos da guerra civil espanhola.
Partidos políticos, sindicatos e diferentes entidades públicas perceberam a eficácia do instrumento para expor seus pontos de vista e comunicar seus ideais ao povo de maneira rápida e eficaz. Além de evidente ferramenta de propaganda política que durante algum tempo diminuiu para os críticos o valor artístico deste vasto material, estudiosos do tema reconhecem hoje a qualidade deste material, que refletiu as mais diversas tendências estéticas das vanguardas que floresceram naquele período.
Não por acaso, os cartazes são assinados por pintores, desenhistas e artistas gráficos que tiveram na guerra a motivação necessária para criar e que chamaram a atenção de personalidades relevantes como o escritor britânico George Orwell e o correspondente de guerra soviético llya Ehrenburg.
Críticos de arte são quase unânimes na afirmação de que a arte atrelada a causas políticas geralmente recai em manifestações já consolidadas e tradicionais, enquanto as vanguardas buscam justamente se estabelecer na mão oposta ao poder vigente. A explicação desta exceção histórica justifica-se na liberdade dos artistas envolvidos no repúdio republicano ao avanço fascista europeu e na contundência destas mensagens, além da apurada técnica na produção dos cartazes.
Local:
Museu Histórico Nacional (MHN)
Praça Marechal Âncora, s/n
Centro
(21) 2550-9221
Funcionamento:
Quarta a sexta - das 10h às 17h
Sábado e domingo - das 13h às 17h.
Ingresso:
O MHN está temporariamente com entrada gratuita. Não é preciso a retirada antecipada de ingresso.
Atenção: os horários e a programação podem ser alterados pelo local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável confirmar as informações por telefone antes de sair.
Museu Histórico Nacional (MHN)
Praça Marechal Âncora, s/n
Centro
(21) 2550-9221
Funcionamento:
Quarta a sexta - das 10h às 17h
Sábado e domingo - das 13h às 17h.
Ingresso:
O MHN está temporariamente com entrada gratuita. Não é preciso a retirada antecipada de ingresso.
Atenção: os horários e a programação podem ser alterados pelo local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável confirmar as informações por telefone antes de sair.