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Centro da cidade do Rio de Janeiro está degradado, afirma historiador
sexta-feira, 19 de março de 2010
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Nesta sexta-feira, o RJTV acompanhou o trabalho de rescaldo dos bombeiros no prédio destruído. Uma parte da história do Rio em ruínas. O casarão que desabou no Centro, depois de pegar fogo, fazia parte do corredor cultural do Rio, uma área de construções de valor histórico.

No lugar, a história está por todo lado. O Largo de São Francisco de Paula é um dos pontos mais antigos do Rio de Janeiro, cercado de casarões centenários. Mas basta uma volta pela região para ver que este patrimônio não está sendo bem tratado.

A fiação exposta é comum e os sinais de abandono são visíveis. O historiador Milton Teixeira lamenta o descaso com essa região da cidade. “Essa é uma área profundamente degradada. Praticamente, foi esquecida pela cidade do Rio de Janeiro. E não deveria ser, pois m qualquer lugar do mundo uma praça como essa teria um tratamento nobre”, criticou o historiador.

Os proprietários têm isenção do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) em troca da preservação, mas o próprio subsecretário municipal de Patrimônio Cultural, Washington Fajardo, admite que não há vistorias.

“Essa periodicidade não havia. A gente, agora, está começando a fazer essa fiscalização periódica nos imóveis que têm isenção do IPTU”, afirmou Fajardo

No incêndio de quinta-feira, o prejuízo para a história da cidade poderia ter sido ainda maior. As chamas eram tão altas que quase atingiram a Igreja de São Francisco de Paula, de 250 anos, um patrimônio histórico nacional.

Para o superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Carlos Fernando Andrade, o incêndio de quinta-feira serviu como um alerta. “Eu acho que esse incêndio machuca o carioca. E eu acho que todo mundo tem que ajudar a cuidar. Para preservar um bem tombado é preciso que todo o entorno esteja compatível”, ressaltou Andrade.

A Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil decidiu interditar dois casarões vizinhos ao que pegou fogo na quinta-feira. Os técnicos consideraram que esses prédios apresentam risco estrutural e necessitam de obras. No entanto, segundo eles, não há risco de desabamento.

Fonte: RJTV 2ª Edição (19/03/2010)

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