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Prêmio Rio Sociocultural 2009 anuncia os vencedores
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
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Ontem, 03.12, foi realizado o Prêmio Rio Sociocultural 2009 que tem como objetivo valorizar e divulgar ações que contribuam para o crescimento social, para a auto estima das comunidades e que gerem trabalho, renda, cidadania e fortalecimento da identidade fluminense. Na cerimônia foram anunciados os vencedores do Prêmio, e o projeto da ONG Spectaculu, do Rio de Janeiro, foi um dos cinco vencedores.

Os projetos Tem Quem Queira, de Niterói, Spectaculu, do Rio de Janeiro, Bordando o Futuro, de Itaperuna, Casa das Artes Machadinha, de Quissamã, e A Formação do Leitor e a Democratização da Literatura Infanto-juvenil para Crianças Portadoras de Deficiência Visual ou Baixa Visão Através do Rádio, de Nova Friburgo, são os grandes vencedores do Prêmio Rio Sociocultural 2009. A cerimônia de premiação foi realizada na tarde desta quinta-feira, dia 3/12, no Teatro Carlos Gomes, no Rio.

Os cinco vencedores ganharam mais R$5 mil cada, além do R$3 mil que já haviam recebido quando ficaram entre os 10 finalistas. Cada um dos 10 projetos recebeu ainda o Selo RIO SOCIOCULTURAL, chancela que poderá ser utilizada em toda a divulgação de suas ações, atestando sua qualidade e importância para o desenvolvimento do Estado. Eles receberão também uma bolsa de estudos para os Curso de extensão em Gestão Cultural, ministrado pela Associação Brasileira de Gestão Cultural.

O resultado do Prêmio Rio Sociocultural foi decidido pelo júri, formado por Gutti Fraga, Diretor Artístico do Grupo Nós do Morro, Ivonette Albuquerque, diretora do Galpão Aplauso, Vânia Bonelli, vice-presidente do Rio Solidário, e Elisabeth Capobianco, chefe da Oficina de Garantia da Companhia Distribuidora de Gás do Rio de Janeiro (CEG).

Na abertura da cerimônia, o diretor-executivo do Instituto Cultural Cidade Viva, Fernando Portella, resumiu em algumas palavras o resultado da premiação. “Esses 10 finalistas foram os que mais mexeram com os nossos corações. E superação é a grande lição que cada um desses projetos deixam para nós. A multiplicação dessas atitudes é um exemplo para as nossas vidas”.

“Como mãe e como profissional, me sinto muito honrada em poder apoiar uma iniciativa como esta”, disse a Diretora de Relações Externas da CEG, empresa patrocinadora do Prêmio, Fernanda Amaral.

Também estiveram presentes à cerimônia para a entrega dos prêmios, a primeira-dama do estado e presidente de honra do Rio Solidário, Adriana Ancelmo, a presidente do Rio Solidário, Daniela Pedras, a Superintendente de Fomento à Lei de Incentivo à Cultura da Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, Mariana Várzea, e o coordenador regional da Unesco, Pedro Lessa.

Para a diretora da Ong Tem Quem Queira, Adriana Meyer, levar para casa o troféu do Prêmio Rio Sociocultural “é como um sonho”. “Ver esse projeto se materializar, mexer com a vida das pessoas e ainda ter esse reconhecimento é maravilhoso”, disse.

“Ganhar esse prêmio é um espetáculo”, disse a diretora do grupo Spectaculu, Ana Duque. “É um reconhecimento de uma luta que travamos há muito tempo para que esses esse jovens carentes tenham as mesmas oportunidades que os outros”.

Haroldo Cunha, da Casa das Artes de Machadinha, vibrou com a visibilidade que o prêmio irá dar ao projeto. “Vai fortalecer ainda mais o trabalho. Espero que isto traga mais visitação e divulgação e que consolide a Casa das Artes como um riquíssimo ponto turístico do Estado”, disse.

Fernanda Milanez, cujo projeto ajuda a formar leitores com deficiência visual, também destacou a visibilidade do prêmio. “Estou muito feliz pela vitória. É uma visibilidade muito grande para o projeto. Eu não esperava ficar entre os dez finalistas, muito menos estar entre os cinco primeiros”.

Maria Alice França, do projeto Bordando o Futuro, disse que “embora seu maior sucesso sejam as bordadeiras, é muito bom ter o reconhecimento por um trabalho que vive sem nenhum patrocínio”.

O Prêmio Rio Sociocultural 2009 tem como objetivo valorizar e divulgar ações que contribuam para o crescimento social, para a autoestima das comunidades e que gerem trabalho, renda, cidadania e fortalecimento da identidade fluminense. As inscrições foram abertas a instituições públicas, ONGs, iniciativas pessoais e de grupos, com projetos realizados a pelo menos um ano.

O Prêmio é promovido pelo Instituto Cultural Cidade Viva, com o patrocínio da Companhia Distribuidora de Gás do Rio de Janeiro e da Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro. Conta, ainda, com o apoio do RIOSOLIDÁRIO, do SEBRAE-RJ e da UNESCO.

Veja quais são os cinco projetos vencedores:

:: ONG TemQuemQueira (Niterói)
Reaproveitar lonas vinílicas utilizadas em material publicitário – outdoors, banners e fundos de placo – que levam de 100 a 400 anos para se decompor. Este material, fruto de doação de parceiros, é transformado em produtos como bolsas, estojos e carteiras. A produção é feita por detentos do sistema prisional, capacitados pela ONG para este fim.

A Formação do Leitor e a Democratização da Literatura Infanto-juvenil para Crianças Portadoras de Deficiência Visual ou Baixa Visão Através do Rádio (Nova Friburgo)

O projeto oferece literatura de qualidade para crianças cegas e de baixa visão, através de fitas cassete e CDs com a gravação de programas radiofônicos infantis, que vão ao ar e são enviados gratuitamente pelos correios para as audiotecas espalhadas pelo país. O acervo já conta com 600 títulos gravados e beneficia aproximadamente 30 mil crianças e adolescentes.

:: Bordando o Futuro (Itaperuna)
Resgatar e difundir o trabalho manual tradicional, proporcionando a inclusão social através do bordado. A ação fornece instrução às interessadas que não conhecem o ofício, intermediando sua atuação com a indústria da confecção que floresce em Itaperuna.

:: Casa de Artes Machadinha (Quissamã)
Tem como objetivo proporcionar inclusão social e geração de renda para a comunidade quilombola da Fazenda Machadinha. Com o restauro e adaptação das edificações originais, criou-se a oportunidade para o fomento do turismo local. Em um ano, mais de 4 mil pessoas visitaram a Casa das Artes, gerando uma renda estimada em R$150 mil para a comunidade.

:: Spectaculu - Escola de Arte e Tecnologia (Rio de Janeiro)
O projeto busca integrar jovens em situação de risco através da arte, profissionalizando os alunos para o trabalho na área de espetáculos, da imagem e da tecnologia, e mobilizando diretores e produtores para inseri-los no mercado de trabalho. A instituição proporciona ainda o acesso dos beneficiados aos bens culturais e de lazer. Já beneficiou mais de 1.320 jovens e gerou mais de 1,6 mil postos de trabalho.

Ficaram entre os 10 finalistas a Escola Audiovisual Cinema Nosso, do Rio, Orquestra Sinfônica de Angra dos Reis, Sala de Leitura de Rio Preto, de Campos dos Goytacazes, Oleiros e Olarias - Tradição da Arte Cerâmica de Itaboraí e Aprendiz - Música na Escola / Orquestra Jovem de Niterói.

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