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Palácio das Laranjeiras tem história contada em livro
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
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As histórias do Palácio das Laranjeiras foram eternizadas. A importância de uma das sedes do governo do Estado do Rio de Janeiro como patrimônio nacional foi relatada em um livro, produzido pela Subsecretaria de Comunicação Social, vinculada à Casa Civil, e patrocinado pela Amil. Há quase um século, o palacete resguarda a história política e social do país. Através das lentes da câmera do fotógrafo Pedro Oswaldo Cruz, os leitores podem apreciar todos os espaços do palácio, conhecer pinturas tridimensionais, mobiliário, obras de arte e quadros de renomados artistas. Nos textos de Beatriz Coelho Silva e Christine Ajuz, cada detalhe da biografia do monumento fluminense é revelado.

- Ao produzir o livro sobre o Laranjeiras, tivemos o cuidado de respeitar a última edição da publicação, lançada em 1982. Fizemos uma releitura atenta do texto, contratamos o mesmo fotógrafo e acrescentamos os novos fatos que ocorreram durante esses 26 anos. O mais interessante desse projeto foi que não custou nada aos cofres públicos, já que o Rodrigo Bethlem (secretário municipal da Ordem Pública do Rio e ex- subsecretário estadual de Governo) trouxe o patrocinador do livro - explica o subsecretário de Comunicação Social, Ricardo Cota.

A publicação leva o leitor a uma “viagem” pelo Palácio das Laranjeiras, passando pelo hall de entrada, salão de jantar, fumoir (sala de estar), sala de música, galeria de artes e salão Luis XIV. Fatos importantes, como a assinatura do Ato Constitucional n° 5, são contados pela equipe que participou da edição do material de pesquisa. Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), o livro sobre a sede do governo preserva a memória do local.

- O Palácio das Laranjeiras conta a história do Brasil e do Rio de Janeiro. A publicação é excelente para realizar pesquisas, já que fala dos governadores e presidentes que estiveram no local. A importância do palácio foi aliada a um lindo trabalho - declara Dulce Jannotti, uma das integrantes da equipe de Projetos Especiais da Comunicação Social.

Além das belezas da antiga residência da família Guinle registradas nas fotografias, a obra é composta por cinco capítulos que destacam os aspectos históricos do prédio quase centenário e relatos importantes sobre a política brasileira. A publicação apresenta ainda a história do bairro de Laranjeiras, os governadores que passaram pela sede, seus visitantes ilustres e o requinte da arquitetura do palácio.

- Contar a história do local é importantíssimo, pois se trata do patrimônio público do Rio de Janeiro de maior relevância. De uma cerca maneira, o governador Sérgio Cabral trouxe de volta o status que o Palácio das Laranjeiras tinha antigamente. Afinal, as mais importantes solenidades do governo acontecem no palacete - afirma Ricardo Cota.

A Subsecretaria de Comunicação Social, em parceria com a Imprensa Oficial, lançou no final do ano passado o livro “Rio Além do Rio”. A publicação destaca todas as regiões do Estado. O órgão está preparando ainda uma edição comemorativa sobre o Theatro Municipal do Rio de Janeiro e realizando projetos para publicar as histórias do Palácio Guanabara e da Ilha de Brocoió, que em breve poderá ser visitada virtualmente. A obra “Palácio das Laranjeiras” será distribuída para todas as secretarias estaduais.

UM POUCO DA HISTÓRIA

O palácio, construído entre 1909 e 1913 pelo arquiteto Armando Carlos da Silva Telles, serviu de residência para a família de Eduardo Guinle até 1945. A partir do governo do presidente Dutra, em 1947, o imóvel passou a hospedar chefes de Estado e visitantes ilustres como os ex-presidentes Charles de Gaulle, da França, e Harry Truman, dos Estados Unidos. Após a morte do presidente Getúlio Vargas no Palácio do Catete em 1954, seu sucessor, Juscelino Kubitschek, morou no Palácio das Laranjeiras até a mudança da capital do país para Brasília. Apesar da transferência do Distrito Federal, o palacete continuou sendo a residência oficial dos presidentes da República no Estado.

Entre agosto e outubro de 1969, o palácio voltou a ser sede do governo federal sob a Junta Militar, constituída pelos chefes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. Com a fusão dos estados da Guanabara e do Rio de Janeiro em 1974, o Laranjeiras foi doado pelo presidente Geisel para servir como residência a seus governadores.

Fonte: JB Online [09.02.09]

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