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Exposição Camille Claudel e Rodin, O Último Mito
sábado, 31 de janeiro de 2009
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Exposição das obras de Camille Claudel e Rodin, criadas no período em que Camille era ao mesmo tempo, modelo, assistente, amante e rival de seu Mestre. A realizar-se nos CCBBs, no Palácio das Artes e no Museu Oscar Niemeyer.

Camille Claudel, mulher e artista

Camille Claudel é, sem dúvida, a maior escultora da segunda metade do século XIX, e da primeira metade do século XX. Dentro de um universo artístico quase exclusivamente constituído por homens, ela vai permitir que Rodin amadureça sua extraordinária obra.

A força e a grandiosidade de seu talento estavam na verdade em um lugar muito incômodo: entre a figura legendária de Rodin e a de seu irmão que se tornou um dos maiores expoentes da literatura de sua geração. E não é difícil ler que as questões de gênero permeiam esse lugar menor dedicado a Camille.

Seu gênio sufocado por dois gigantes, sua vida sufocada por um abandono, suas forças e sua lucidez esgotadas por uma relação umbilical com seu mestre e amante. Camille Claudel, sua forte personalidade, sua intransigência, seu gênio criativo que ultrapassou a compreensão de sua época, como afirma o personagem de Eugène Blot no filme, permanecerá ainda e sempre um Sumo Mistério.

Ela facilitará também o caminho para outras escultoras de talento, que antes ficavam relegadas ao insucesso e à frustração. A sua vida difícil representa um verdadeiro sacrifício, mas também um marco que permitiu derrubar um muro de preconceitos que existia durante o séc. XIX e começo do séc. XX contra as mulheres – e particularmente as artistas.

Fonte: Site "Ano da França no Brasil" [31.01.09]

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