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CONHEÇA MAIS Fachada: O frontispício revestido em granito só pôde ser percebido em sua integridade a partir do término das torres, em 1850. As linhas classicizantes das pilastras jônicas contrastam com o frontão barroco de movimento ondulado e linhas delicadamente curvas e caprichosos motivos ornamentais. Destacam-se as portadas em mármore de lioz vindas de Lisboa. O frontispício tem um corpo central mais saliente e separado das torres. As pilastras jônicas sustentam o entablamento sobre o qual repousa o frontão, com o relógio no tímpano e encimado por cruz. Três sacadas contribuem para destacar a elegância da portada principal. As imponentes torres terminam em pináculos esféricos cobertos de azulejos azuis. Seu estilo enquadra-se dentro da orientação pombalina para a reforma de Lisboa. Interior: A decoração interior tem seu ponto alto na excelente talha, pintada de branco, que sofreu a intervenção de três artistas. Os altares laterais apresentam uma convivência entre o barroco e o rococó. Os delicados ornamentos esculpidos em forma de conchóides, ramalhetes de flores, pequenos querubins, enxadrezados e guirlandas; e o douramento sobre fundo claro imprimem leveza à composição, característica do rococó. A capela-mor concilia elementos decorativos do rococó com a simbologia cristã, percebida nos emoldurados. As obras de talha foram concluídas em meados do século XIX por Antonio de Pádua e Castro, que assumiu o compromisso de harmonizar a nova talha com a já existente, adotando, contudo, o gosto neoclássico vigente na época. Pádua e Castro incumbiu-se da decoração das pilastras compreendidas entre os espaços dos seis altares laterais, das sacadas da galeria da nave e da complementação do arco-cruzeiro. Planta: Nave única retangular com capelas rasas, capela-mor elevada e profunda e coro. A planta apresenta uma elaboração gráfica ímpar na cidade, sendo um exemplar de planta estruturada, pela organização de seus espaços. CRONOLOGIA 1648 - Instituída a Venerável Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte do Carmo. 1661 - Construção da Capela da Paixão de Cristo, onde se instala inicialmente a ordem, dentro do Convento do Carmo. 1755 - Lançamento da pedra fundamental da igreja-sede da Ordem, na presença do Governador Gomes Freire de Andrada (projeto de Francisco Xavier Vaz de Carvalho e execução de Manuel Alves Setúbal). 1761 - Instalação das portadas de mármore de lioz vindas de Lisboa. 1768 - Conclusão de grande parte da igreja. 1770 - Bênção do provinciado dos carmelitas e procissão solene de trasladação das imagens da Ordem do Convento do Carmo para a igreja, na presença do vice-rei Marquês de Lavradio. 1772 - Construção da Capela do Noviciado, devotada a N.S.do Amor Divino e destinada à iniciação dos novos irmãos - aut: Manuel Alves Setúbal. Execução da talha: Mestre Valentim. 1773 - Altar-mor da Capela do Noviciado - aut: Mestre Valentim. 1780 - Mestre Valentim transfere a imagem de Nossa Senhora para a base da pirâmide, colocando a do Senhor Crucificado no topo. Execução de todo o trabalho do trono e da talha do altar-mor, assim como o último Passo da Paixão. 1796/97 - Interferência de Inácio Ferreira Pinto. Construção do altar de N.S.das Dores, na Capela do Noviciado, por Mestre Valentim. Execução da grade em jacarandá do altar-mor. 1799 - Mestre Valentim faz uma urna para a Ordem. 1800 - Execução da cadeira do trono (autor: Mestre Valentim). Conclusão da construção do altar-mor. 1846 - Iniciada a construção das torres - aut: Manoel Joaquim de Melo Corte Real. 1848 - Interferência de Joaquim Pedro de Alcântara. 1850 - Término das torres. 1945 - Organizado o museu da Ordem, com um acervo formado por imagens, objetos de procissão, mobiliário, coleção de prataria, candelabros, navetas, lâmpadas etc. 1950 - Na edição da revista O Cruzeiro de 20/05, o diretor do Museu Histórico Nacional, Gustavo Barroso, declara que a portada e o lavatório da igreja da Ordem Terceira do Carmo eram os mais bonitos do Rio de Janeiro. 1988 - Reinauguração da Capela do Noviciado após dois anos fechada para restauração. PATRIMÔNIO - Portadas (central e lateral) em mármore de lioz - vindas de Lisboa em 1760 - Medalhão da Virgem (portada) - representação de N.S.do Carmo, Menino Jesus e São Simão Stock - Portada lateral (com medalhão da Virgem) - Trabalhos de talha - Luís da Fonseca Rosa, Mestre Valentim, Inácio Ferreira Pinto, Joaquim Pedro de Alcântara, Antônio de Pádua e Castro - Figuras rococó da decoração interna - rocalhas, feixes de plumas, buquês florais, laços, figuras angelicais à la “espanholete” etc - Imagem de N.S.do Carmo (altar-mor) - Imagem do Cristo Crucificado (altar-mor) - Imagens de Santa Teresa D´Ávila (altar-mor, à esq.) e Santa Emereciana com Sant’Ana e Maria (altar-mor, à dir.) - Arco-cruzeiro e nave - Antônio de Pádua e Castro - Lampadários de prata - capela-mor - Capela-mor - aut: Luís da Fonseca Rosa e Mestre Valentim (cadeira do trono, grade e molde de dois lampadários) - mistura de elementos barrocos com rococó (guirlandas, ramalhetes de flores e querubins) - Cartela com emblema da Ordem do Carmo (encimando o arco-cruzeiro) - Degraus em mármore da Capela-mor Sacristia - Lavatório de mármore - Imagem de N.S.do Cabo da Boa Esperança - original que ficava no oratório externo. - Capela do Noviciado - Decoração em estilo rococó, com revestimento de talha dourada sobre fundo claro (1772) - Altar-mor de N.S.do Amor Divino (1773) - aut: Mestre Valentim - Altar de N.S.das Dores (1796) - aut: Mestre Valentim - Painéis laterais envoltos por molduras que trazem elementos rococós (como rocalhas, guirlandas de flores, penachos de plumas e cabeças de anjos) - representando “Virgem doando o escapulário a São Simão Stock”, “Visão de Santa Madalena”, “Visão de Santa Teresa D´Ávila” e “Visão de São João da Cruz” (de autor desconhecido, da segunda metade do séc.XVIII). - Imagem portuguesa de N.S.do Amor Divino - Imagem de roca de N.S.das Dores |
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