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CONHEÇA MAIS Logo que chegou ao Brasil, em 1808, o príncipe D. João requisitou a então Igreja de Nossa Senhora do Carmo – localizada na atual Praça XV – para ser Capela Real. Agora, o templo - hoje conhecido como Antiga Sé – foi devolvido à cidade amplamente restaurado e com novas atrações em complemento aos eventos religiosos: Espetáculo de Som e Luz: “De Tudo Fica Um Pouco” e Museu de Sítio Arqueológico. A igreja, monumento-símbolo das Comemorações dos 200 anos da Chegada de Dom João ao Rio de Janeiro, foi re-inaugurada na data da comemoração da chegada da corte portuguesa ao Rio, em 08 de março de 2008. Fachada: A fachada foi completamente alterada após sucessivas reformas, perdendo o interesse formal. O peso excessivo do terceiro pavimento sufoca a faixa inferior, único vestígio da fachada original do século XVIII. A torre sineira foi refeita em 1913 e é coroada pela imagem em bronze de N.S.da Conceição. No trecho entre o corpo e a torre há janelas de sobrevergas curvas, com balcões e balaústres no segundo e terceiro pavimentos. As três portas do frontispício são encimadas por janelas com vitral e um nicho central, onde se encontra uma imagem de mármore de São Sebastião. A fachada original, de 1761, não chegou a ser concluída. No reinado de d.Pedro I, a fachada foi acrescida de um terceiro pavimento. Interior: A unidade da decoração da talha dourada de estilo rococó é considerada uma das mais belas do Rio por sua delicadeza e elaboração. O conjunto formado pelo arco-cruzeiro, parede do cruzeiro e capela-mor destaca-se pela perfeita unidade formal da composição. A talha, executada em 1785, possui movimentos ondulados e aspecto claro e leve. Na reforma de 1888/1900, novos elementos ornamentais foram acrescidos aos já existentes, sendo entretanto respeitado o espírito rococó original. Os retábulos têm como suportes laterais externos colunas torças salomônicas com fragmentos de frontões, típicas do barroco. Já os frontões dos coroamentos seguem o padrão sinuoso do rococó. O ponto máximo da movimentação sinuosa de linhas, característica maior do rococó, é a talha do arco-cruzeiro. Nas laterais encontram-se angras curvilíneas decoradas com rocalhas. Os elementos sinuosos da talha são grandes e, na maioria, completamente dourados, o que imprime um certo peso à talha, à medida em que os ornatos se destacam em relação ao fundo claro das paredes. Planta: Capela-mor profunda e nave única retangular (cruz-latina) CRONOLOGIA 1590 - Chegam ao Rio os primeiros frades carmelitas, instalando-se na ermida de N.S.do Ó. 1595 - Frei Pedro Viana é nomeado Prior do Convento do Carmo do Rio de Janeiro. 1619 - Início da construção do Convento do Carmo. 1658 - O Convento do Carmo do Rio é declarado independente do da Bahia e do de Pernambuco por breve papal. 1697 - Primeira reforma no convento. 1702 - Nova reforma no convento. 1761 - Lançada a pedra fundamental da igreja do Carmo (projeto de Marques dos Santos). 1785 - Execução da decoração interior (talha rococó), por Inácio Ferreira Pinto. 1808 - A Igreja do Carmo é elevada à condição de Sé e Capela Real. Nesse ano é construído um frontão de madeira com as armas reais, que depois seriam substituídas pelas imperiais. 1822 - A fachada ganha um terceiro pavimento e formas neoclássicas (projeto de Pedro Alexandre Cavroé). 1875 - Para possibilitar a ligação da rua Sete de Setembro à Praça XV, é demolida a portaria do Convento do Carmo e construído um passadiço unindo-o à Igreja. 1890 - O passadiço é demolido. 1905 - Reconstrução da fachada da igreja, pelo arquiteto Fleiuss. 1906 - Reforma do convento, segundo projeto de Ângelo Brunhs. A fachada e os espaços internos são alterados, a escadaria é substituída, as celas que guardavam livros são removidas, o telhado ganha cobertura em telha francesa e as divisões internas são demolidas, criando grandes salas e uma galeria. 1910 - Construção da fachada da igreja que dá para a rua Sete de Setembro. 1913 - Instalação da torre (projeto de Rebecchi). Reforma a pedido do Cardeal Arcoverde. 1964 - Os remanescentes do Convento do Carmo são tombados pelo IPHAN. Os acréscimos feitos no início do século são retirados. 1976 - A Sé se transfere para a nova Catedral Metropolitana. PATRIMÔNIO - Capela do Santíssimo - em estilo neoclássico - Altar-mor - aut: Mestre Inácio Ferreira Pinto - Painel de N.S.do Carmo entregando o escapulário a São Simão Stock (teto da capela-mor) - aut: Antônio Parreiras - Medalhões ovais dos 12 apóstolos (nas pilastras, entre as tribunas) - aut: José Leandro de Carvalho - Urna contendo parte das cinzas de Pedro Álvares Cabral - Arco-cruzeiro (rococó) - tem como motivo central a tarja coroada por um dossel, com o Monte Carmelo e três estrelas. - Órgão rococó - onde tocava o padre José Maurício. - Imagens de São João Batista, N.S.das Dores e N.S.da Cabeça (lado direito) e da Virgem dos Milagres, Sagrada Família e Sagrado Coração de Jesus (esquerda). Obs.A de N.S.da Cabeça é a mais antiga. As outras são desse século - Imagem de São Pedro de Alcântara em tamanho natural (capela do transepto) em mármore de carará - oferecida a d.Pedro I. - Imagem de N.S.do Carmo (altar-mor) - séc.XX - Retábulos dos altares-laterais - aut: Inácio Ferreira Pinto (séc.XVIII) - Imagem em bronze de N.S.da Conceição - alto da torre - Imagem em mármore de São Sebastião - nicho central da fachada - Mausoléu de d.Joaquim Arcoverde - Sino de 1623 - alto do campanário - Sino “D.João VI”, de 1822 - alto do campanário Sacristia - Imagem de Cristo na Cruz - oferecida a d.Pedro II. - Lavatório em mármore trabalhado Programa de Restauração e Revitalização No dia 11 de agosto de 2006, foi assinado um contrato entre a Prefeitura do Rio de Janeiro – por meio da Secretaria Extraordinária do Patrimônio Cultural e Secretaria das Culturas – e a Fundação Roberto Marinho para a realização do projeto de revitalização da igreja. Nesta ocasião, também foi assinado um termo de cooperação técnica que envolve, além das duas instituições, a Mitra Arquidiocesana e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN. O projeto, orçado em R$ 11,5 milhões, envolveu o restauro artístico do interior e das fachadas da igreja e a realização de obras de infra-estrutura, além da implementação de ações que além do seu caráter educativo e de documentação, irão garantir recursos para a auto-sustentabilidade do templo: um espetáculo de som e luz, programa de capacitação de professores e visitas guiadas de alunos de escolas públicas e privadas ao canteiro de restauração; criação de vídeo e publicações educativas; implantação de exposições. Agendamento de visitas: (21) 2242.7344 ou pelo e-mail: pasturantigase@yahoo.com.br |
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