Entrelinhas [Cristina Lapo] : rioecultura

Entrelinhas [Cristina Lapo]

Abertura: 22 de mar�o de 2017

Encerramento: 29 de abril de 2017

Em seus trabalhos, Cristina Lapo manipula de v�rias maneiras elementos b�sicos: ponto, linha e plano. Ela se interessa por esgar�ar as possibilidades de combina��es desses elementos e de seus atributos. Assim, a linha pode assumir diversas caracter�sticas visuais. Desenhos produzidos por sulcos em uma superf�cie, que ficam no limite da representa��o figurativa de objetos conhecidos, mas que n�o o s�o de fato; linhas que aparentam se movimentar no espa�o � mas est�o em uma superf�cie plana �, como um registro fotogr�fico no tempo; e conjuntos de linhas agrupadas ordenadamente sobre um plano, representando outros planos, que remetem a arquiteturas, embora sejam abstra��es.

Os planos, em alguns trabalhos, se expandem fisicamente para o espa�o expositivo, para a arquitetura real onde est�o inseridos, nem sempre acompanhando a sua ortogonalidade. As linhas, por vezes, s�o coloridas, largas, finas, ou se dissolvem como em uma pintura. Em alguns trabalhos, elas ganham o espa�o (�s vezes duplicando-se visualmente), extrapolam as duas dimens�es, tendo corpo, massa, volume: materialidade. Nesse rompimento, as linhas transpassam (ou ligam) pranchas em pontos espec�ficos � calculados com precis�o �, unindo planos distintos e criando novos entre os seus espa�os, bem como formando volumes adicionais. Segundo Lapo, �a linha tem uma enorme energia, nunca � est�tica, � o deslocamento de um ponto, uma trajet�ria com movimentos: horizontal, vertical, diagonal�.

Na geometria, o ponto tem uma dimens�o m�nima, infinitesimal, e um conjunto deles forma uma reta, que, por sua vez, com outras, faz um plano, e planos agrupados produzem volumes. Esta, por sua vez, causa reflex�o, deslocando o pensamento de quem a observa, e, do mesmo modo, provoca a desloca��o do corpo no espa�o, pois cada perspectiva, cada ponto de vista (f�sico ou intelectual), lhe confere um sentido singular. O olhar vai em linha direta at� a obra, escaneando-a em planos, como em uma tomografia, e, depois, o c�rebro junta tudo para formar uma imagem mental. Segundo Lapo, �a tentativa de desvendar a obra, por parte do espectador, � outro tipo de explora��o da tridimensionalidade do trabalho�. E � isso que a artista quer provocar. Com as linhas que desenha, abrem-se espa�os (entre elas), os vis�veis na obra, e espa�os s�o abertos na mente de quem observa os trabalhos, pois nem tudo � expl�cito, h� sempre algo nas entrelinhas.

Na exposi��o a artista apresenta em torno de seis esculturas de parede, in�ditas, de formas geom�tricas, em diversas cores e formatos.

SEBRE A ARTISTA

Cristina Lapo nasceu no Rio de Janeiro em 1981. De 2000 a 2001, estudou na Inglaterra no Kent Institute of Art & Design e, na sequ�ncia, at� 2004, fez bacharelado em Comunica��o Visual (Ilustra��o) na University of Central England. Depois, diplomou-se em Ilustra��o pelo ETIC Design Instituto, em Lisboa, Portugal. Fez p�s-gradua��o em Belas Artes no Instituto de Arte de S�o Francisco, nos Estados Unidos, em 2011, e concluiu o mestrado em Belas Artes na mesma institui��o em 2012. De volta ao Brasil em 2014, estudou no Parque Lage com Franz Manata, Jo�o Carlos Goldberg e Iole de Freitas. A artista j� mostrou seus trabalhos em exposi��es em Portugal, EUA e Brasil, incluindo participa��o na Art Rua e na ArtRio.

Local:
Mercedes Viegas Arte Contempor�nea
Rua Jo�o Borges, 86
Gávea
(21) 2294-4305

Funcionamento:
De 2� a 6� feira, das 13h �s 19h
S�bado, das 16h �s 20h

Ingresso:
Entrada franca

Atenção: os horários e a programação podem ser alterados pelo local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável confirmar as informações por telefone antes de sair.