A cor do Brasil : rioecultura

A cor do Brasil

Abertura: 2 de agosto de 2016

Encerramento: 15 de janeiro de 2017

A mostra tra�a a trajet�ria da arte brasileira desde o per�odo colonial at� o s�culo XXI. Re�ne mais de 300 pe�as, vindas da Argentina, do M�xico e de outras 12 institui��es espalhadas pelo Brasil, que cederam parte de seus acervos para a montagem da mais completa antologia da cor j� apresentada na cidade do Rio de Janeiro.

O percurso � formado por obras-primas que v�o de Frans Post � um dos mais importantes artistas neerlandeses, que no s�culo XVII participou de expedi��o pelo nordeste do Brasil � a Tarsila do Amaral, considerada a primeira dama do modernismo nacional e autora de Abaporu (1928) e Antropofagia (1929), pinturas mundialmente conhecidas que retornam � cidade pela primeira vez desde o come�o do s�culo XX. O p�blico tamb�m ter� a oportunidade de apreciar o elogio da beleza nas cores de Eliseu Visconti e Beatriz Milhazes.

A exposi��o ser� dividida em tr�s galerias. A primeira delas, intitulada A transforma��o da luz e do ambiente ecol�gico em cor, ser� dedicada � vis�o sint�tica da paisagem. Retratos, paisagens e naturezas mortas cedem espa�o para uma sele��o do melhor do impressionismo no Brasil, enquanto a base filos�fica da mudan�a de conceito poder� ser compreendida a partir do desafio lan�ado por Gra�a Aranha, que incentivou os artistas na transforma��o de luz em cor e do ambiente ecol�gico brasileiro em sensa��es pl�sticas. No mesmo ambiente, a cronologia segue para mostrar a modernidade introduzida por Anita Malfatti, Guignard, Goeldi, Portinari, Ismael Ney, Lasar Segall, Antonio Gomide e Flavio de Carvalho, entre outros.

A segunda sala, Modernidade e Autonomia da arte, ser� formada por diversos n�cleos significativos. O grupo formado por Henrique Bernardelli, Bruno Lechowski, Jos� Pancetti, Milton Dacosta, Quirino Campofiorito e Joaquim Tenreiro retratar� a emancipa��o do regionalismo em prol da vontade de pintar. No mesmo espa�o, haver� ainda n�cleos formados pelos concretistas de s�o Paulo � Waldemar Cordeiro, Lothar Charoux, Geraldo De Barros, Hermelindo Fiaminghi, Luis Sacilootto e Judith Laund; os neoconcretos � Lygia Clark, Franz Weissmann, H�lio Oiticica, Lygia Pape, Aluisio Carv�o, Decio Vieira, Willys de Castro, Barsotti e Osmar Dillon; os gestuais � Bandeira, Shir�, Tomie Ohtake, Mabe e Iber� Camargo; assim como parte da cena da cor no Rio formada por Eduardo Sued, Manfredo Souzaneto e Gon�alo Ivo.

Na terceira e �ltima sala, Opini�o, Tropic�lia, Gera��o 80 e Cor do S�culo XXI, o foco se torna a Cor do Rio, a partir de movimentos ocorridos na cidade: as mostras Opini�o e Tropic�lia, a Sala Experimental do MAM e Gera��o 80. Para retratar a extens�o do tema da cor no Brasil nas �ltimas seis d�cadas, ser� feita uma reuni�o das obras de Anna Maria Maiolino, Antonio Dias, Carlos Vergara, Roberto Magalh�es, Rubens Gerchmann, Wanda Pimentel, Tunga, Anna Bella Geiger, Katie van Scherpenberg e Jos� Maria Dias da Cruz, professores da Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Alcan�ando o s�culo XXI, � realizada uma revis�o da ideia do �nacional�, que tem na bandeira seu maior �cone. A exposi��o retoma as implica��es e projetos pol�ticos da cor na atualidade, indagando se existiria uma cor afro-brasileira na arte.

A cor do Brasil tem curadoria assinada por Paulo Herkenhoff e Marcelo Campos. A realiza��o � da equipe do Instituto Odeon/Museu de Arte do Rio; produ��o de Maria Clara Rodrigues, da Imago Escrit�rio de Arte; com arquitetura de Leila Scaf Rodrigues; e identidade gr�fica de Fernando Leite. Para marcar a abertura da mostra, em 2 de agosto, o MAR, sob gest�o do Instituto Odeon, promove uma Conversa de Galeria, �s 11h, com a participa��o dos curadores. Destaques da mostra, por Paulo Herkenhoff

Tarsila do Amaral � A tela Abaporu � emblem�tica do modernismo da Antropofagia, revela a cultura que absorve todas as contribui��es em linguagem pr�pria. De Buenos Aires vir� o famoso Abaporu (1928), obra chave da modernidade brasileira, al�m de Antropofagia (1929), de igual significado;
Grimm e Castagneto - Dois fundadores da arte brasileira ser�o apresentados por paisagens que demonstram a sabedoria da cor;
Eliseu Visconti - A excel�ncia do s�bio pintor com cores cantantes;
Anita Malfatti - Como compreender o impacto da obra de Malfatti no modernismo. Seu n�cleo tornar� vis�vel suas aud�cias na forma e na cor;
Volpi - O grande artista da cor brasileira ser� apresentado por um conjunto delicado de telas dos anos 50 e 60, a maioria nunca exposta no Rio;
Tr�s pintores estar�o representados por suas obras magnas: Antonio Gomide com o Retrato de Vera Azevedo (final da d�c. 1920); o Autorretrato (1927), de Ismael Nery, no qual ele se representa entre o P�o-de-a��car e a Torre Eiffel; e o dram�tico e monumental Navio de Emigrantes (1939) de Lasar Segall.

Local:
Museu de Arte do Rio [MAR]
Pra�a Mau�
Centro
(21) 2203-1235

Funcionamento:
de 3� a 6� feira, das 10 �s 17h
s�bado, domingo e feriado, das 10h �s 17h

Ingresso:
R$8 [inteira]
R$4 [meia - estudantes de escolas particulares (ensino fundamental e m�dio) e universit�rios]
Gratuito todas as ter�as-feiras para o p�blico em geral.
De quarta a domingo o MAR � gratuito para:
- Alunos da rede p�blica de ensino m�dio e fundamental (com carteira de estudante);
- Crian�as com at� 5 anos de idade;
- Pessoas mais de 60 anos (com documento de identifica��o);
- Professores de escola p�blica (com documento de identifica��o);

Atenção: os horários e a programação podem ser alterados pelo local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável confirmar as informações por telefone antes de sair.