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Abertura: 14 de julho de 2016 |
Encerramento: 21 de agosto de 2016 |
Após mais de 15 anos de intensas e múltiplas experiências artísticas a defensora pública Simone Mendes, que faz da arte uma busca pelo seu equilíbrio, lança sua primeira individual.
Na mostra, que conta com a curadoria de Fabiano Cafure e texto de apresentação de Raquel Lazaro, a artista deixa de lado, temporariamente, sua até então forte e diversificada paleta de cores e parte para o desafio de explorar o universo onde predominam apenas as cores primárias e neutras - o preto e o branco. Explora o universo infindável de relações entre elas e projeções a partir delas. Observar a tensão que consegue, a partir do impacto dessas matizes reduzidas no público, foi o ponto de partida dos estudos.
Nas 30 obras criadas à mao livre, em acrílico sobre papel, rompe a resistência a essas cores relacionadas entre si, que reduzidas proporcionam mais leveza e desconstrução do trabalho estanque. Essa circulação da energia está evidente nas três séries que compõem a exposição. A primeira reflete uma fixação dos tempos remotos da infância da artista pelas caixas, propondo então um rompimento do padrão cartesiano, que lhe permite expandir uma limitação, extrapolando a comunicação. Progressivamente o trabalho foi clarificando uma desconstrução, buscando a suavidade das formas, partindo de um ponto robusto com estrutura pesada, passando pelas esferas que se mesclam com árvores fluidas, e enfim retornando a sua própria referência original, porém, desta vez, com extrema delicadeza.
Em sua trajetoria artística transitou em diferentes técnicas e temas, recebeu influência de Tápies, Rotcko, cursou Parque Lage com Anabela Geiger e Fernando Chocciarale, explorou materiais diferentes como a encáustica com Katie Van Sperphenberg, até montar o atelier no Instituto Kreatori em 2014 onde desenvolveu seu mais recente trabalho.
A defensora pública busca na arte uma forma de contrabalançar o seu cotidiano permeado pela tragédia social, a brutalidade humana e o descaso, que transmuta com leveza as formas e conceitos. “Noites são em regra o palco do meu trabalho, onde e quando me vejo mais silente, e a mente e o gesto se encontram de forma mais harmônica e consciente, Onde há paz”, explica.
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Local:
Espaço Cultural da Defensoria Publica do Rio de Janeiro (ADEPERJ)
Rua do Carmo, 7 - 16º andar
Centro
(21) 2220.2527
Funcionamento:
de segunda a quinta, das 11h às 16h
Ingresso:
Entrada franca
Atenção: os horários
e a programação podem ser alterados pelo
local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável
confirmar as informações por telefone antes
de sair. |
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