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Abertura: 17 de fevereiro de 2014 |
Encerramento: 29 de março de 2014 |
Há cinco anos sem expor individualmente, a artista apresenta, nesta mostra, cerca de 80 obras, entre pequenos desenhos (em papel canson e em trancing paper) e fotografias, realizados entre 2012 e 2013. Fotos da Lagoa Rodrigo de Freitas, em meio a nevoeiros, trazem à tona um cartão postal nem tão divulgado, mas com uma beleza singular, onde o Sol se esconde, apresentando um outro lado do local, nem tão menos bonito, onde o preto e o branco se sobressaem devido a artista não utilizar cores em suas obras.
Nos desenhos sobre papel canson parece que pequenos carimbos foram utilizados. Vestígios de um alfabeto desconhecido, que traz traços orientais, numa caligrafia que se dissolve, liquefeita, aguada...
“Tanto a textura como o volume dos desenhos sobre tracing paper umidecido podem oferecer ao público uma sensação táctil. Vou deixar estes trabalhos à disposição de todos. Quero que o visitante pegue e sinta a textura da obra. Nesses desenhos, existe como um jogo de transparências e superposições ao lado de uma questão da ordem da pureza, da coisa imaculada”, afirma Roselane.
Os desenhos podem diferir quanto ao suporte e técnica, mas em termos de linguagem apenas confirmam o que a artista vem desenvolvendo nos últimos anos: antes uma escrita que não se conseguia ler, agora um "tempo encoberto". “Traço desenhos com signos recorrentes e não codificados, trabalhos gráficos onde não entra a cor e onde sobressaem a delicadeza e o detalhe”, explica a artista.
Além das fotografias da Lagoa Rodrigo de Freitas, local onde a artista mora e pode visualizar de sua residência a qualquer época do ano, Roselane apresenta registros fotográficos dos desenhos realizados em tracing paper, mas que mesclados, se transformaram em novos desenhos (paisagens?). Lembram montanhas, nuvens, desertos... “Em relação às fotografias da Lagoa, quis me utilizar de um momento em que as pessoas não se interessam em registrar, pois não há Sol, nem céu azul, mas que, como em minhas obras não utilizo cores, me é muito interessante. É na beleza encoberta que descobrimos o diferencial”, filosofa a artista.
TEMPO ENCOBERTO fala do que se desmancha e se dissolve. Fala de fragilidade. “Quero que o público perceba as obras e tire suas próprias conclusões. Cada olhar é único e isso é muito enriquecedor”, finaliza Roselane.
Sobre a artista
Roselane Pessoa, bacharel em Ciências Políticas e Sociais, natural do Rio de Janeiro onde reside, frequentou cursos de fotografia, gravura, e desenho, entre outros, na Escola de Artes Visuais do Rio de Janeiro no Parque Lage.
Além de projetos fotográficos busca no desenho gráfico o desenvolvimento e a sistematização de uma linguagem pessoal. Na área da fotografia busca a experimentação, a interferência no processo fotográfico, a investigação dos processos alternativos de produção da imagem.
Em 2001 e 2002, expôs individualmente no “Espaço Maria Martins” da Universidade Estácio de Sá como finalista da seleção dos artistas do projeto Universidarte. Foi selecionada pelo projeto “10 de 2002”, para expor individualmente, em junho de 2002, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Em 2003, recebeu prêmios de aquisição no IX Salão Unama de Pequenos Formatos em Belém do Pará e no 35ºSalão de Arte Contemporânea Piracicaba- 2003. Também expôs individualmente no Centro Cultural Cândido Mendes / Ipanema, onde, em janeiro de 2004, participou da mostra “Panorâmica 2003”. Em fevereiro fez parte da exposição “Novas Aquisições 2003- Coleção Gilberto Chateaubriand”, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Em julho de 2004, participou da mostra “Posição 2004”, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, e foi selecionada para o projeto de exposições “Projéteis Funarte de Arte Contemporânea-2004”. Fez parte junto com artistas argentinos da mostra “Mão Dupla”, em março de 2005, na E.A.V Parque Lage e, em fevereiro de 2006, no MACRO de Rosário-Argentina.
Participou da 3ªedição do projeto “Zona Oculta”- CEDIM/março de 2006, além de outras mostras coletivas. Entre 2007/2009 participou das mostras “Zona Oculta”-Sesc-Nova Iguaçu “,Circuito Novos Artistas”e “Objeto-Performance”-EAV Parque Lage e “Diminuir as Distâncias”- Ministério das Relações Exteriores/Focalal-Brasilia. E, ainda, de “estamosjuntosmisturados”(EAV) e “Coletiva de Abril II” no Largo das Artes-RJ. Expôs individualmente, em outubro de 2009, na Galeria de Arte Maria de Lourdes Mendes de Almeida do Centro Cultural Candido Mendes-Ipanema na mostra “Escrita & Manuscritos”.
Integra a Coleção Gilberto Chateaubriand/ MAM-RJ. |
Local:
Galeria Candido Mendes
Rua Joana Angélica, 63
Ipanema
(21) 2525-1006
Funcionamento:
de segunda a sexta-feira, das 14h às 20h sábado, das 16h às 20h
Ingresso:
Entrada franca
Atenção: os horários
e a programação podem ser alterados pelo
local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável
confirmar as informações por telefone antes
de sair. |
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