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Abertura: 16 de setembro de 2013 |
Encerramento: 17 de novembro de 2013 |
A exposição é inédita no Brasil e foi montada exclusivamente para a CAIXA Cultural, com 38 placas em baixo relevo, trazendo esculturas que representam 35 famosas obras de arte do Ocidente sendo transpassadas ou devoradas por 200 formigas.
O artista toma o tema do formigueiro por suas significações simbólicas ancestrais, para mostrá-lo como um labirinto da memória, onde são sugeridas algumas das mais conhecidas e valiosas obras de arte, numa paródia da humanidade com seus vícios e virtudes, entre o bem e o mal, entre natureza e cultura, na tensão permanente entre o desejo e as contingências. Nakle apresenta suas esculturas com conotações apocalípticas e, ao mesmo tempo, cotidianas, nas quais os insetos têm um rosto e aparência alvoroçada, como configuração do homem perplexo no movimento das grandes cidades.
A instalação é parte de uma obra que vem sendo construída há dez anos, e tem como tema maior “O eixo do Bem e a sedução dos Contrários”. Na mostra, a curadora Mariza Bertoli quer apresentar um pouco do percurso artístico de Gustavo Nakle e destacar, à luz das estéticas simbólicas, algumas obras consideradas referência para a compreensão da sua arte.
“Com suas características individuais, e mais aquelas que o trabalho lhes confere como uma segunda natureza, cada formiga é como um indivíduo, uma obra única que envolve processos anteriores, como a modelagem em barro, a fundição e a moldagem a fogo do vidro em cores”, explica a curadora. “A cor seca da madeira, lembrando a terra do formigueiro, destaca a luz encarnada nas cores do vidro e no brilho frio do bronze, de que são feitas as formigas. O caminho do artista em busca do símbolo nos mostra que toda a obra é sempre um jogo da sedução dos contrários”, complementa.
Entre os materiais escolhidos pelo artista, estão a cerâmica, resinas, fibra de vidro, sucata, objetos encontrados envoltos em peles ou fitas adesivas, e também bronze e vidro. Os elementos utilizados, resultantes de materiais e técnicas contrastantes, como relevos sobre madeira e esculturas em bronze e vidro, formam um cosmo perplexo que convida o público a acompanhar as formigas e a experimentar a vertigem no labirinto do símbolo, na devoração destes ícones e a entrar na história das ideias.
Na terça-feira (17/09), haverá uma palestra com a participação do artista e da curadora, e a presença do crítico de arte Enock Sacramento, sobre o processo criativo do artista e a história das obras de arte na América Latina. E no dia 19 de outubro (sábado), às 18h30, acontecerá o lançamento do catálogo da mostra, em evento seguido de visita guiada com a curadora. O projeto tem patrocínio da Caixa Econômica e do Governo Federal.
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Local:
CAIXA Cultural Rio [Unidade Almirante Barroso]
Avenida Almirante Barroso, 25
Centro
(21) 2544-4080
Funcionamento:
De 3ª feira a domingo, das 10h às 21h
Ingresso:
Entrada franca
Atenção: os horários
e a programação podem ser alterados pelo
local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável
confirmar as informações por telefone antes
de sair. |
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