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Abertura: 26 de junho de 2012 |
Encerramento: 27 de julho d 2012 |
Instalação, objetos, desenhos e esculturas fazem parte da exposição, que possui curadoria da crítica de arte Marisa Flórido. São cerca de 15 trabalhos de duas séries distintas: "Imagem Amplificada" e "Controle". A questão central da exposição é o lugar e a imagem do espectador na contemporaneidade. Interroga a noção de presença, de retrato, a construção / desconstrução da imagem factual e múltipla que cada um oferece ao outro, sua apropriação pelas câmeras de vigilância na sociedade do controle, a repetição infinita e a transmissão em tempo atual.
Nas obras, o lugar do espectador é deslocado, sua imagem é deformada e refletida inúmeras vezes, seja por meio de espelhos, sejam por placas de acrílico bisotadas. Como em “AURORRETRATO”, que possui um genuflexório de aço inoxidável polido e caixa de acrílico com molduras encaixadas de acrílico e cristal bisotado. Neste trabalho, da série "Imagem Amplificada", o observador coloca-se entre a testemunha e a confidência de um si mesmo interiorizado e fragmentado. Olhando para frente, ele pode ver vários em um só.
A tecnologia é utilizada (instalações sonoras, computadores, projeções, entre outras), mas de modo crítico, para provocar no observador uma reflexão sobre o desejo de se mostrar e de ser visto e, principalmente, sobre os limites da existência na superexposição das imagens que as novas tecnologias causam. Em dois trabalhos (AUTORRETRATO E VEROSSIMILIDADE?), há uma releitura do mito de Narciso e suas implicações atuais.
A interatividade – típica dos trabalhos com as novas tecnologias – também está presente de modo crítico, como na obra “MONADONA”, em que ao se aproximar do trabalho, o visitante com sua presença aciona uma luz interna, tornando visível uma foto p/b manipulada em computador, e ao mesmo tempo sua própria imagem lhe é devolvida. O nome é sugestivo, pois faz referência à conhecida pintura "Monalisa". A intenção não é reproduzi-la, mas fazer o público ter consciência do "estar no mundo".
Belas imagens do pôr-do-sol de Ipanema ou do Pão-de-Açúcar também podem ser apreciadas pelo público. Mas não são apenas fotos. O diferencial está no fato de o espectador poder montar a ordem visual e temporal como preferir. Isso é possível, pois o trabalho se desdobra em várias imagens em lâminas diversas com registros distintos do tempo. É quase um quebra-cabeça. Esta obra também faz parte da série "Controle".
“A maioria dos trabalhos, embora finalizada há alguns anos, permanece inédita. Eles exploram o intervalo entre a tensão interna de cada pessoa para se tornar imagem, desejar ser e existir para o outro. Esses traços são responsáveis pela procura das questões essenciais da arte e do mundo contemporâneo”, explica Ivani.
Há quatro anos sem apresentar uma individual – a última foi em 2008 com a exposição "VIRαVER" – Ivani Pedrosa retorna com “(In) Visibilidade”. Neste tempo não parou de trabalhar. Pesquisou e executou seus trabalhos com maestria. Queria expor novamente obras que fizessem pensar e com as quais o público se identificasse. Afinal, cada percepção é única. E é isso que o visitante vai poder perceber. Uma mostra interativa, onde o espectador é imediatamente engajado na ação. |
Local:
Galeria de Arte Maria de Lourdes Mendes de Almeida
Rua Joana Angélica, 63
Ipanema
(21) 2523-4141
Funcionamento:
De 2ª a 6ª feira, das 14h às 20h
sábado, das 16h às 20h
Ingresso:
Entrada franca
Atenção: os horários
e a programação podem ser alterados pelo
local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável
confirmar as informações por telefone antes
de sair. |
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