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Abertura: 21 de novembro de 2011 |
Encerramento: 15 de dezembro de 2011 |
No mês em que a Consciência Negra é celebrada, o Centro Cultural Light inaugura mostra que retrata a realidade de comunidades quilombolas no interior do estado do Rio de Janeiro.
A exposição reúne fotografias do Gestor Social da Light, Raimundo Santa Rosa, que registram todas as etapas do “Projeto Quilombo” – iniciativa que contribui para o etnodesenvolvimento dos Quilombos, melhora as condições de seus habitantes e preserva seus valores históricos, por meio de ações de eficiência energética, de resgate da cidadania e de responsabilidade social.
A inauguração da exposição não poderia ocorrer em data mais oportuna, já que na véspera será celebrado o Dia Nacional da Consciência Negra – dia da morte de Zumbi dos Palmares. Além disso, 2011 foi declarado o Ano Internacional dos afro-descendentes na 64ª Assembléia Geral das Nações Unidas.
Na mostra os visitantes poderão saber um pouco mais sobre a história dos quilombos e conhecer as ações desenvolvidas pela Light em três das seis comunidades em sua área de concessão, onde vivem cerca de 400 descendentes de escravos: Alto da Serra do Mar (Lídice, Rio Claro), São José da Serra (Valença) e Santana (Quatis).
O público terá a oportunidade de conhecer todas as fases do “Projeto Quilombo”, devidamente documentadas pelas lentes do fotógrafo Santa Rosa, coordenador da iniciativa, por meio de dois painéis de 12m de largura por 3m de altura, cada um. O funcionário da Light sempre esteve ligado a movimentos que promovem a reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. Santa Rosa foi Secretário de Cultura de Nova Iguaçu (1992 a 1995), Coordenador Estadual do Movimento Negro Unificado – MNU (2000 a 2003) e apresentador do programa “Vibrações Positivas” do CEAP (Centro de Articulação de Populações Marginalizadas).
Por dentro dos Quilombos
Historicamente, os quilombos eram locais organizados pelos escravos que fugiam de seus senhores. Os primeiros registros dessas comunidades datam dos séculos XVI e XVII, em Pernambuco e na Bahia. A maior luta da população quilombola é pela titulação das terras.
O “Projeto Quilombo” da Light atua, desde setembro de 2010, com a premissa de que toda e qualquer etnia tem direito a seu autodesenvolvimento, com a preservação de sua cultura, valores e tradições. A Light investiu em ações de eficiência energética nas comunidades remanescentes quilombolas com a substituição de 700 lâmpadas das residências, a reforma das redes elétricas de 80 casas e a inclusão dos clientes na tarifa social. O “Projeto Quilombo” também promoveu a troca de 67 geladeiras e a doação de outras 13. Para se ter uma ideia, Dona Santinha, moradora mais antiga do Quilombo São José da Serra, ganhou a sua primeira geladeira aos 108 anos.
As atividades desenvolvidas não param por ai. Em duas comunidades, a Light implantou o programa PAIS (Produção Agroecológica Integrada e Sustentável), idealizado pelo engenheiro agrônomo senegalês Aly N´Diaye. O sistema consiste na implantação de pequenas unidades de produção agrícola – criação de galinhas caipiras conjugada com a produção de hortas adubadas organicamente – que adotam um modelo de agricultura familiar. O PAIS gera novas oportunidades de renda para as comunidades e contribui com a questão alimentar, com uma plantação sustentável que não agride o meio ambiente.
O Quilombo de Alto da Serra do Mar (Lídice, Rio Claro) - Cerca de 200 pessoas, todas da mesma família, vivem na comunidade, que tem como tradição principal a culinária.
O Quilombo de São José da Serra (Valença) - Localizado em Valença, é o Quilombo mais antigo do estado, com cerca de 150 anos. A população é de, aproximadamente, 200 quilombolas, que moram em casas de adobe ou pau-a-pique e telhado de palha. O trabalho em conjunto na agricultura de subsistência, o catolicismo, a umbanda, o artesanato tradicional, o fogão à lenha, o Jongo e o Terço de São Gonçalo fazem parte do cotidiano dos moradores desde a chegada dos seus antepassados na fazenda, por volta de 1850.
O Quilombo de Santana (Quatis) - Localizado no município de Quatis, no interior do estado do Rio de Janeiro, a 144 km da capital. Em janeiro de 2006 viviam 23 famílias no local. O quilombo recebeu o nome de Santana por causa da Capela Sant´Ana, construída em 1867 pelos antigos escravos que viviam na Fazenda do Barão do Cajuru. Até hoje ainda é possível ver nos fundos da capela o túmulo do Barão, que após a morte teve um pedaço de suas terras da fazenda doado pela filha Maria Isabel de Carvalho a cada um de seus ex-escravos. A doação foi feita no dia 8 de setembro de 1903.
ABERTUDA DA EXPOSIÇÃO
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Local:
Centro Cultural Light (CCL)
Avenida Marechal Floriano, 168
Centro
(21) 2211-4515
Funcionamento:
De 2ª a 6ª feira, das 11h às 17h (visita às exposições) Das 13h às 16h30min (circuito para estudantes com agendamento prévio).
Ingresso:
Entrada franca
Atenção: os horários
e a programação podem ser alterados pelo
local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável
confirmar as informações por telefone antes
de sair. |
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