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Abertura: 5 de setembro de 2011 |
Encerramento: 30 de outubro de 2011 |
A Colômbia tem orgulho de expressar seu anseio por liberdade através da arte. “Dores da Colômbia” reflete as dores da humanidade. Botero se refere à Colômbia para ilustrar suas angústias sobre a própria condição humana. Em nosso país, essas dores foram a base para a construção de uma sociedade justa” – Maria Elvira Pombo Holguin, Embaixadora da Colômbia no Brasil.
“Fernando Botero doou ao Museu Nacional da Colômbia uma série de obras nas quais expressa o seu compromisso com o drama e a violência recorrentes no país. Longe de pensar em benefícios econômicos, o artista quer que as obras pertençam à nação e sejam um convite à reflexão sobre as trágicas circunstâncias que temos enfrentado nas últimas décadas” – Maria Victoria Robayo, diretora do Museu Nacional da Colômbia.
Depois do sucesso da edição realizada em 2007 no Memorial da América Latina, em São Paulo, quando foram recebidos 25 mil visitantes em apenas um mês de mostra, a exposição “Dores da Colômbia” está de volta ao País. Iniciou seu percurso em março na Caixa Cultural Brasília, tendo obtido grande sucesso. A segunda fase do projeto, realizada entre 19 de maio a 14 de agosto no Museu Oscar Niemeyer em Curitiba recebeu 4.500 visitas. Em sua abertura, a presença de personalidades e autoridades ligadas às áreas culturais e artísticas da América Latina, como Maria Elvira Pombo, Embaixadora da Colômbia no Brasil; Denise Carvalho, Proprietária da Aori Produções Culturais e responsável pela exposição no Brasil; Sandra Fogagnoli – Planejamento cultural do Museu Oscar Niemeyer; Paulino Viapiana, Secretário de Cultura do Paraná; Isabel Nascimento, Gerente regional da Caixa Econômica Federal. A partir de 06 de setembro, “Dores da Colômbia”, inaugura sua terceira etapa Caixa Cultural Rio de Janeiro.
A iniciativa reúne 67 obras doadas pelo artista colombiano Fernando Botero ao Museu Nacional da Colômbia entre 2004 e 2005. “Sempre quis trazer essa coleção de volta ao Brasil. O conjunto dessa obra mostra como a arte pode denunciar a violência e propõe uma reflexão sobre a sociedade”, diz a produtora executiva da Aori, Denise Carvalho, responsável pelo retorno da mostra ao País.
As seis aquarelas, 36 desenhos e 25 pinturas, que já percorreram várias cidades européias e latino-americanas, mostram os abusos sofridos pelo povo colombiano como consequência da ação de grupos guerrilheiros, políticos e paramilitares. O conflito que resultou no exílio de 1,5 milhão de colombianos nas últimas décadas é ao mesmo tempo um movimento social que busca as bases para a busca da justiça no país.
Embora retrate uma situação trágica de um período bem determinado, Botero criou as composições com pinceladas de cores vibrantes capazes de atrair e envolver cada vez mais pessoas de todo o mundo no drama colombiano e de outros países que vivem conflitos sociais.
“Dores da Colômbia” dialoga com uma corrente artística que vincula a arte à política. Dentro desse contexto encontramos outros mestres importantes que imprimiram discurso e fatos históricos em suas telas. Francisco Goya, com “Desastres da Guerra” e Pablo Picasso com “Guernica”, recriam a sua maneira, atos cometidos durante períodos de turbulência vividos em seus países.
A mosra tem curadoria do próprio Museu Nacional da Colômbia, localizado em Bogotá. De acordo com a diretora do Museu, Maria Victoria Robayo, o conjunto se integra ao programa de exposições itinerantes que tem como um de seus objetivos fazer um apelo à consciência para evitar que os horrores da guerra se repitam.
“Botero disse várias vezes que, apesar de não residir na Colômbia há mais de 40 anos, sente-se muito próximo de seu povo. Trata-se de um convite à reflexão sobre as circunstâncias dolorosas que violam os direitos humanos”, explica Maria.
Fernando Botero: Pintor e escultor colombiano nascido em Medellín, no ano de 1932, é um dos artistas mais prestigiados da América Latina e tem peças expostas nos mais importantes museus internacionais. Entre as suas obras mais conhecidas estão as releituras bem-humoradas e satíricas de “O Casal Arnolfini”, de Jan van Eyck, e “Mona Lisa”, de Leonardo da Vinci. Em ambas, figuras humanas e animais são pintados de forma arredondada e estática. Esse padrão estético é a marca registrada do artista que através de sua arte, tornou-se o embaixador cultural da Colômbia pelo mundo. Botero é um dos artistas renomados latino americanos ainda vivo e atualmente, mora na França.
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Local:
CAIXA Cultural Rio [Unidade Almirante Barroso]
Avenida Almirante Barroso, 25
Centro
(21) 2544-4080
Funcionamento:
De 3ª feira a domingo, das 10h às 21h
Ingresso:
Entrada franca
Atenção: os horários
e a programação podem ser alterados pelo
local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável
confirmar as informações por telefone antes
de sair. |
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