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Abertura: 20 de julho de 2011 |
Encerramento: 6 de agosto de 2011 |
“É possível em tempos de conflitos e incerteza encontrar conceitos de delicadeza na produção cultural?” questiona Denilson Lopes autor de A delicadeza: estética, experiência e paisagem. A galeria Caza arte contemporânea compra esta discussão e apresenta a exposição das artistas Daniela Seixas, Isis Quaresma, Marcia Rosa, Maria Helena Bastos e Mirela Luz tendo justamente como traço comum em seus trabalhos a questão da delicadeza seja através da maneira como abordam o tempo, o espaço, a paisagem, o aspecto performático, a transitoriedade ou mesmo o cotidiano.
Daniela Seixas: desenvolve seu trabalho a partir de questionamentos sobre o lugar do fazer e apresentar o desenho e a força escritural cotidiana. Como desdobramento dessa questão, a artista desenvolve trabalhos que exploram o desenho latente no mundo e a presença da palavra de diversos modos, em desenho, vídeo-instalações, e da apropriação de objetos. O aspecto performático do desenho e da escrita se apresentam através da criação de sistemas de falha: a tentativa e o fracasso, a exaustão do traço são sentidos fortemente em suas ações nos vídeos-desenhos, desenhos performados. A relação entre desenho, palavra e paisagem também surge como tópico em sua poética.
Isis Quaresma: suas linhas orgânicas percorrem o papel como uma planta que vai crescendo. Cada desenho possui seu princípio no outro, crescendo do interior para o exterior, para os seus quatro lados como uma cruz em expansão. Desenhos contínuos é um projeto que possui um tempo indeterminado para conclusão. Sem resultado pré-definido, cada folha de papel é um fragmento de uma obra maior cuja dimensão total é dependente das ações inconstantes do tempo que pode a qualquer momento anular a vontade de continuar o processo.
Marcia Rosa: tem como objeto de estudo a experiência perceptiva da observação da flor e sua conseqüente dimensão reflexiva de vida e morte, questões existenciais e espiritualidade. Esta série de trabalhos foi desenvolvida entre 2008 e 2011 e inclui um conjunto de fotografias, vídeos e impressões que, embora realizados em mídias diferentes, dialogam entre si buscando responder à mesma questão: o que é a flor para mim?
Maria Helena Bastos: suas telas trabalham com formas que surgem do próprio processo da pintura demonstrando um grande interesse pela plástica, pela forma e pela imagem ambígua. O uso da tinta óleo diluída em seus trabalhos produz por vezes um efeito semelhante ao de aquarelas.
Mirela Luz: seus desenhos são crônicas que remetem a um estado cotidiano de vivência, ou seja, o espaço de vivência do lar impregnado com todos os ruídos e interferências externas da rotina doméstica e a relação que se estabelece com o tempo. Se por um lado esse tempo é cíclico, por outro, há o afeto entre os entes que participam diretamente dessa rotina e, portanto, mobilizam situações que se refletem em intimidades e lembranças desestabilizando esse eterno retorno através de um tempo subjetivo, ligado à memória. O trabalho lida com essa tensão através de referências visuais e textuais de revistas de decoração lançando mão de traços caricatos onde o artifício das palavras e a alegoria dos desenhos funcionam como metáforas de uma relação de vivência no mundo.
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Local:
CAZA Arte Contemporânea
Rua do Resende, 52
Lapa
(21)
Funcionamento:
de 2ª a 6ª feira, das 14h às 19h
1º sábado do mês, das 11h às 16h
Ingresso:
Entrada franca
Atenção: os horários
e a programação podem ser alterados pelo
local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável
confirmar as informações por telefone antes
de sair. |
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