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Abertura: 31 de março de 2011 |
Encerramento: 30 de abril de 2011 |
Com óleo de carro, correias de motor de geladeira e cálculos físicos de tempo, área e velocidade, Marta Jourdan criou um dispositivo que, uma vez acionado, suga a imagem num redemoinho, antes de devolvê-la, nítida, à superfície espessa que espelha o que e quem estiver em seu campo de reflexão. Sem película, fita magnética nem memória de dados, Óleo (escuta-se olho) é um fluido-cinema de 23 segundos, em que a imagem é inseparável de sua consistência e perceptível como um movimento cíclico entre o raso e o fundo.
Como em outros trabalhos, dá-se aquilo que não poderia ser fixado em forma: o ponto de fusão do metal; o som da gota que pinga no ferro quente; o vento. Dispositivos fazem essas ações acontecerem anti-naturalmente, trazendo-as para o mundo da linguagem e da arte.
São dispositivos para fundir metais, superampliar gotas ou, no caso de Óleo, sugar imagens, que põem em curso processos que se desenvolvem por si mesmos, incorporam acidentes e, em alguns casos, se retroalimentam. As engenhocas, como ela chama, intervém na substância química ou no estado físico dos materiais. Esta arte cinética molecular investiga o interior do próprio movimento. Em Óleo, como em outros trabalhos da artista, a forma existe como uma anti-unidade que se diferencia de si mesma.
Fernando Gerheim |
Local:
Galeria Artur Fidalgo
Rua Siqueira Campos 143, loja 147
Copacabana
(21) 2549-6278
Funcionamento:
de 2ª a 6ª feira, das 10h às 19h
Sábado, das 10h às 14h
Ingresso:
Entrada franca
Atenção: os horários
e a programação podem ser alterados pelo
local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável
confirmar as informações por telefone antes
de sair. |
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