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Abertura: 15 de março de 2011 |
Encerramento: 8 de maio de 2011 |
Retrospectiva abrangente da obra gráfica do artista gaúcho, um dos maiores pintores da arte brasileira contemporânea, que foi também mestre do desenho, gravador, ilustrador e cenógrafo. Esta é a primeira retrospectiva em homenagem ao artista, falecido em 2004 aos 75 anos.
A mostra “O Universo Gráfico de Glauco Rodrigues” tem curadoria do dramaturgo Antônio Cava e reúne mais de 100 obras originais entre litografias, serigrafias e linoleogravuras, além de ilustrações para revistas, livros e discos, cobrindo um período de mais de 50 anos de produção artística. Todas as obras foram selecionadas do acervo do artista, atualmente sob custódia de sua esposa, Norma Estellita Pessôa, curadora adjunta da exposição.
A exposição contará com todas as fases da produção gráfica do artista. Serão exibidas 41 serigrafias, 33 litografias, 5 linoleogravuras, 3 desenhos, 29 capas de revistas, 6 capas de discos e 6 capas de livros, tendo as obras apresentadas em blocos: Clube de gravura de Bagé e Porto Alegre (anos 50), fase Pop/Nova Figuração (anos 60), fase tropicalista e antropofágica (de 1968 a 1977), Série Rio de Janeiro (1979), série Gaúcha (1976) e série de litografias com conteúdo crítico e político. Em vitrines: capas e ilustrações da revista "Senhor" (1959-1962), capas das revistas Veja e Visão, e capas de livros e discos.
O Rio de Janeiro foi tema e linguagem na obra de Glauco Rodrigues, onde estão presentes a sensualidade da natureza, o jeito de ser do povo carioca, a praia e o carnaval. “A série de 10 litografias ‘Guia Turístico e Histórico do Rio de janeiro’ é, na minha opinião, o trabalho mais importante no grupo de litografias do artista. Nessa obra, Glauco revisita e recicla a história do Rio de Janeiro desde a sua fundação”, explica o curador.
Glauco Rodrigues foi um virtuose da linguagem gráfica. O artista utilizou e defendeu o recurso da reprodução gráfica, disciplina muito cultivada em sua carreira, para ampliar a capacidade de circulação de seu trabalho e assim democratizar sua arte. Uma obra de grande significação e importância cultural para a identidade brasileira, que opera sobre imagens símbolos de nossa nacionalidade.
A exposição tem patrocínio da Caixa Econômica Federal e, após o Rio de Janeiro, segue para São Paulo (de 28/06/2011 a 21/08/2011) e Curitiba (de 30/08/2011 a 16/10/2011). O texto de apresentação da mostra e do catálogo foi escrito por Luis Fernando Verissimo, que era amigo pessoal de Glauco e autor de dois livros sobre o artista, um intitulado Glauco Rodrigues e o outro O Arteiro e o Tempo.
O ARTISTA
Glauco Rodrigues nasceu em Bagé, no Rio Grande do Sul, em 1929, e faleceu no Rio de Janeiro em 2004, considerado um dos maiores pintores da arte brasileira contemporânea. Com os artistas Glênio Bianchetti e Danúbio Gonçalves, criou o Clube de Gravura de Bagé, em 1951. Três anos depois, integrava o Clube da Gravura de Porto Alegre ao lado de Vasco Prado e Carlos Scliar. Os clubes são pioneiros da gravura no Brasil guiados pelo realismo socialista. No período em que frequentou essas associações, Glauco aprimorou sua capacidade de desenhar, com trabalhos voltados para a representação do homem do campo e para os tipos e costumes regionais.
Em 1957, começa a transição da figura para o abstrato, na pintura de Glauco. Muda-se para o Rio de Janeiro em 1959, quando, como ilustrador, fez parte da primeira equipe da inovadora revista Senhor e desenvolveu seu talento de ilustrador ao lado de Carlos Scliar, Jaguar, Bia Feitler, Paulo Francis, Ivan Lessa, Luís Lobo e Newton Rodrigues.
Residiu em Roma entre 1962 e 1965, a convite do embaixador Hugo Gouthier, para implantar o setor gráfico da Embaixada do Brasil. Num período em que a arte não-figurativa se impõe internacionalmente, Glauco também adere ao abstracionismo. Realiza exposições individuais em Roma e Munique. Em 1964, participou da delegação brasileira na Bienal de Veneza ao lado de nomes como Tarsila, Volpi e Krajcberg. Na Bienal, Glauco ficou impressionado com a delegação americana e com o conjunto de artistas Pop.
A volta ao Brasil em 1965 coincidiu com a volta de sua pintura ao figurativo. A partir daí ele escolheu dedicar-se a uma pintura que faz da base e da atmosfera fotográficas seus instrumentos fundamentais. Pintura destinada a encarar e a revelar o Brasil com olho crítico, através de uma montagem “carnavalesca”, onde histórias, imagens e fantasias do nosso passado e presente se unem.
Com mais de 50 exposições individuais e dezenas de prêmios conquistados no Brasil e no exterior, Glauco Rodrigues consta com uma importante presença na história da arte brasileira. |
Local:
CAIXA Cultural Rio [Unidade Almirante Barroso]
Avenida Almirante Barroso, 25
Centro
(21) 2544-4080
Funcionamento:
De 3ª feira a domingo, das 10h às 21h
Ingresso:
Entrada franca
Atenção: os horários
e a programação podem ser alterados pelo
local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável
confirmar as informações por telefone antes
de sair. |
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