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Abertura: 5 de fevereiro de 2011 |
Encerramento: 5 de junho de 2011 |
A exposição promove o encontro da obra de Abraham Palatnik, pioneiro da arte cinética no Brasil, e dos artistas populares Adalton, Laurentino, Nhô Caboclo e Saúba, a partir da temática do movimento. A mostra inaugura uma série de diálogos entre a arte popular e a arte contemporânea no Museu Casa do Pontal.
Com curadoria da antropóloga Angela Mascelani, diretora do Museu, e Afonso Henrique Costa, integrante do Conselho da instituição, "Máquinas Poéticas" ficará em exibição por quatro meses, e marca a reabertura de parte das galerias da exposição permanente restauradas, e o término de mais uma etapa do projeto de modernização e acessibilidade do Museu.
Circo, Adanton Lopes
Acervo Museu Casa do Pontal
Fotografia: Lucas Van de Beuque
A exposição é parte do plano de atividades da instituição, que tem como mantenedores a Vale e a Petrobras, e conta com o apoio do Ministério da Cultura e da Light. As ações de modernização são fruto da parceria com o BNDES, por meio do edital de preservação de acervos. No dia da inauguração, dia 05 de fevereiro, toda a programação é gratuita.
“Máquinas poéticas” vai reunir seis trabalhos de Abraham Palatnik (Natal, 19 de fevereiro de 1928), das quais duas de seu acervo particular e as demais da Coleção Gilberto Chateaubriand/MAM Rio. Os trabalhos dos artistas Adalton Fernandes Lopes (1938 – 2005), Laurentino (1937 – 2009), Nhô Caboclo (? – 1976) e Saúba (1953) pertencem ao Museu Casa do Pontal, grande parte deles raros e na reserva técnica por conta do longo restauro, realizado nos últimos nove anos. Exemplos desse cuidadoso trabalho de restauro são a grande peça “Índio do Futuro” (“Índio do Xingu”), de Laurentino, que não é vista há 20 anos.
Outro destaque é “A volta do cangaço”, de Saúba, que reproduz o tropel de cavalos com o ruído feito pelo motor da peça. Saúba costuma se referir as suas construções como “engenharias”, tal a complexidade de sua mecânica. A iluminação dessa obra projeta as sombras na parede, intensificando sua poética. As duas cinéticas de Nhô Caboclo, “Guerreiro equilibrista” e “Equilibrista com duas cabeças”, chamam a atenção pela sua delicadeza. O engenhoso mecanismo das obras dos artistas populares muitas vezes será aparente, para o público apreciar o trabalho realizado, como na impactante “Serra Pelada”, de Adalton.
Casa de Farinha, Saúba
Acervo Museu Casa do Pontal
Fotografia: Lucas Van de Beuque
Abraham Palatnik mostra cinco “objetos cinéticos”, de 1965, 1966, 1984 e 1991, e um cinecromático, de 1960. Na entrevista que concedeu à Angela Mascelani e a Lucas Van de Beuque, que está no catálogo da exposição, ele revela que seu interesse na arte popular se deve a sua esposa, Léa. “Ela descobria as coisas e eu vi que tem realmente uma vida aquilo, que não é só a arte abstrata, e eu acabei adquirindo algumas peças”, conta. “Foi Léa quem me induziu a gostar da arte popular, porque eu vi naquilo uma coisa espontânea, do mesmo jeito que eu também me sentia espontâneo nas coisas que fazia”.
Angela Mascelani ressalta que a despeito das diferenças entre Palatnik e os artistas populares, “vários pontos os aproximam: a atração pelo lúdico, o gosto pela invenção, um genuíno espanto pela automação e a entrega ao paciente trabalho investigativo”. Ela observa também que “a tecnologia exerce papel singular nessa produção que, de alguma forma, conjuga arte e ciência”. “Esses artistas compartilham ainda de um mesmo período histórico em que ocorreram e ocorrem intensas mudanças tecnológicas no Brasil e no mundo”.
Saúba, o genial mamulengueiro pernambucano, entusiasmado com a exposição no Rio de Janeiro comentou: “Sou viajado no mundo! Não tenho parada!” Ao seu público costuma apresentar-se: “Eu não tenho leitura. Tenho inteligência. Quando chego digo: Sou o mestre Saúba, trago novidades que vocês nunca viram na vida!”
Esquerda: Objeto Cinético, Abraham Palatnik
Coleção Gilberto Chateaubriand MAM RJ
Fotografia: Vicente de Mello
Direita: Objeto Cinético, Abraham Palatnik
Coleção Gilberto Chateaubriand MAM RJ
Fotografia: Fabio Ghiveder
MODERNIZAÇÃO
Ao ser contemplado pelo edital de preservação de acervos, o Museu Casa do Pontal pôde realizar a modernização de seus espaços, duplicando a reserva técnica, com cobertura adequada para garantir sua impermeabilização e isolamento térmico. Também foi criado um elevador para cadeirantes, que ampliará a acessibilidade da instituição.
Esquerda: Adalton Direita: Sinaleiro do vento, Laurentino
Coleção Gilberto Chateaubriand MAM RJ
Fotografia: Fabio Ghiveder
PROGRAMAÇÃO DE ABERTURA E SEMINÁRIO
No dia da abertura uma mesa-redonda vai discutir a exposição, com a presença do artista Abraham Palatnik e os curadores da exposição “Máquinas poéticas”. Haverá ainda a apresentação da performática Orquestra Voadora. Em abril está previsto um seminário com a participação do artista Saúba, que mora em Pernambuco. |
Local:
Museu Casa do Pontal - Arte Popular Brasileira (MCP)
Estrada do Pontal, 3295
Recreio dos Bandeirantes
(21) 2490-3278
Funcionamento:
Terça a domingo, de 9h30 às 17h. Abrindo inclusive nos feriados que caem nesses dias.
* A entrada só será autorizada até 15 minutos antes do fechamento.
PROIBIDO FOTOGRAFAR
Ingresso:
EXPOSIÇÃO PERMANENTE
Adultos – R$ 12,00
Estudantes brasileiros – R$ 6,00
Idosos Brasileiros – R$ 6,00
Idosos Estrangeiros – R$ 12,00
Crianças até 6 anos – grátis
A compra do seu ingresso pode ser feita no local ou pelo site: http://www.ingressocomdesconto.com.br.
Visitas teatralizadas para escolas públicas e particulares, projetos sociais e visitas musicadas, entre em contato
Atenção: os horários
e a programação podem ser alterados pelo
local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável
confirmar as informações por telefone antes
de sair. |
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