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Abertura: 9 de dezembro de 2010 |
Encerramento: 13 de março de 2011 |
Na exposição Mapa da Mina, que o MNBA inaugura dia 09 de dezembro, Alex Flemming expõe 16 mapas do Brasil cobertos com espessas camadas de tinta acrílica e "mergulha" neles variadas pedras preciosas brasileiras como ametistas, peridotos, topázios, rubilitos, opalas, etc.
Segundo o artista, ao mesmo tempo em que deseja enaltecer o patrimônio natural brasileiro, a ideia também é mostrar a concentração dessas riquezas e a ambição de alguns que pode chegar ao roubo ou à corrupção. O mote principal da exposição, para Flemming, é colocar em pauta uma discussão sobre várias questões da realidade nacional, como a diversidade da riqueza – representada em cores e formas –, a avareza e cobiça de alguns – dentro e fora do País – e também a corrupção, que por vezes dilapida nao só a Nação, como a imagem da Nação. Adicionalmente, Flemming também faz questão de dar uma cutucada no consumismo exacerbado da sociedade de hoje.
Cada mapa do Brasil na exposição mede 33x33 centímetros e três centímetros de profundidade e todas as obras em exibição estarão envoltas em uma bolha de plástico, como explica o artista: “quando envolvi os mapas com plástico, quis simbolizar proteção, protegendo-os da cobiça alheia”, afirma.
SOBREE O ARTISTA
Atraves de sua arte, Alex Flemming sempre busca provocar a discussão e a reflexão, sem se afastar da ‘brasilidade’, característica que o faz ser reconhecido internacionalmente. Na exposição Mapa da Mina – “assim mesmo, no singular, para provocar”, diz –, o artista reúne todas essas consoantes que se fundem à sua visão particular sobre nosso País, suas riquezas e belezas naturais em abundância.
Mesmo radicado há 20 anos na Alemanha, as obras de Alex Flemming frequentemente são marcadas pela intensa ligação com o Brasil. Outra característica marcante do artista sempre foram as pesquisas de novos materiais e meios alternativos para suas produções de arte. Flemming já utilizou roupas usadas, poltronas, animais empalhados, sofás e carpetes recortados em formato de avião (Flying Carpets) e, recentemente, uma obra sua estampou o bilhete da Loteria Federal em homenagem ao dia do Artista Plástico.
Versatilidade, ousadia e originalidade marcam este paulistano de 56 anos, que circula incessantemente na busca de novos elementos para suas obras que privilegiam o corpo, a religiosidade e o Brasil. Atuando com grande destaque nas áreas de fotografia, pintura e objetos, Flemming tornou-se um dos artistas brasileiros contemporâneos mais respeitados no Exterior, por onde circula desde a primeira infância.
Ele já morou em diversos países e acabou se confrontando com diversas culturas. Antes de se instalar em Berlim, viveu em São Paulo, Nova York e Lisboa. Sem jamais esquecer suas raízes, mesmo com todo seu cosmopolitismo (ou talvez exatamente por isso), Alex Flemming deixa claro que é e sempre será um artista brasileiro, um artista viajante brasileiro.
Sua carreira alçou vôo internacional a partir de 1983, quando estreou sua mostra na Galeria Metronom, em Barcelona, ao mesmo tempo em que marcava presença na Bienal de São Paulo, onde voltou a expor oito anos depois como artista convidado. A partir daí tem alternado exposições no Brasil e no exterior e logo apresentou seus trabalhos em locais como Latino Arts Coalition, de Chicago (EUA), Fundação Calouste Gulbenkian, de Lisboa (Portugal), e Bienal de Havana (Cuba).
Entre os anos de 1992 e 1995, Flemming dedicou-se apenas ao cenário internacional, expondo nas galerias alemãs Tammen & Busch (Berlim), Tabea Langenkamp (Dusseldorf) e Lutz Tetloff (Colonia) e em países como Holanda, Noruega e Hungria. Voltou ao Brasil em 1996, marcando presença no Museu de Arte de São Paulo e, no ano seguinte, no Centro Cultural Banco do Brasil/RJ. Logo depois foi artista convidado da Expo 2000 de Hannover, apresentando-se no Pavilhão da Alemanha.
Em suas três décadas de carreira, o artista paulistano já teve centenas de participações em exposições coletivas e suas obras foram publicadas em diversos cantos do mundo. Alex Flemming já realizou inúmeras exposições individuais em várias cidades do Brasil e do exterior, como São Paulo, Rio de janeiro, Washington, Tel Aviv, Berlin, Düsseldorf, Colonia, Lisboa, Amsterdam e Sydney, dentre outras. Também está presente em livros específicos sobre artistas brasileiros como “Artes e Artistas Plásticos no Brasil 2000” (Metalivros) e teve sua história contada em “Alex Flemming, Uma Poética” (Kátia Canton, Ed. Metalivros), entre outros. |
Local:
Museu Nacional de Belas Artes (MNBA)
Avenida Rio Branco, 199
Centro
(21) 3299-0600
Funcionamento:
De 3ª a 6ª feira, das 10h às 18h Sábado, domingo e feriado, das 12h às 17h
Ingresso:
R$8 [inteira]
R$4 [meia]
Gratuidade para: pessoas acima de 65 anos, estudantes da rede pública e de professores de órgãos reconhecidos pelo MEC.
Ingresso família: R$8 para até 4 pessoas juntas da mesma família
Entrada franca aos domingos
Atenção: os horários
e a programação podem ser alterados pelo
local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável
confirmar as informações por telefone antes
de sair. |
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