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Abertura: 8 de setembro de 2010 |
Encerramento: 23 de outubro de 2010 |
No momento em que a 29ª Bienal de São Paulo vocacionará parte da sua mostra às experiências dos anos 1970, a Progetti Rio apresenta a mostra coletiva Os 70ths, reunindo uma constelação de importantes nomes das artes plásticas brasileiras: Amélia Toledo, Anna Bella Geiger Anna Maria Maiolino, Antonio Dias, Antonio Manuel, Artur Barrio, Carlos Fajardo, Carlos Zílio, Carlos Vergara, Carmela Gross, Cildo Meireles, Ivens Machado, José Resende, Nelson Leirner, Paulo Bruscky, Regina Silveira, Tunga, Waltercio Caldas e Wanda Pimentel.
A curadoria da mostra Os 70ths privilegiou mostrar apenas obras de artistas vivos, excluindo nomes essenciais para a compreensão deste período como Lygia Clark (1920-1988), Lygia Pape (1927-2004), Hélio Oiticica (1937-1980), Mira Schendel (1919-1988), Geraldo de Barros (1923-1998), Rubens Gerchman (1942-2008), Waldemar Cordeiro (1925-1973), Paulo Roberto Leal (1946-1991), Raimundo Colares (1944-1996) e Emil Forman (1954-1983), verdadeira de experiências plásticas radicais que marcaram a arte brasileira.
Parte dos conteúdos apresentados são de obras inéditas para o grande público e outras que foram vistas em exposições antológicas. As obras mostram a diversidade conceitual e de meios acerca dos modelos de representação nos conturbados anos de chumbo.
Naquela década tumultuada, período de grande escassez – de liberdade, de informação, de materiais, os artistas responderam a esta escassez com uma grande profusão de ideias, utilizando os recursos mais imediatos que havia no mercado como cadernos escolares, papelão, madeira reutilizadas, refugos industriais, brinquedos, letreiros de rua, carimbos, notas de dinheiro e bilhetes de loteria, papéis carbono, envelopes de carta, etc…, propagaram-se assim os livros de artista, a reprografia (xerox), o correio arte (mail art), os desenhos, a gravura e os múltiplos.
A partir dos movimentos Concreto e Neoconcreto a arte brasileira irá vivenciar sua própria história como motor de existência. Esgotadas as possibilidades da arte social das décadas de 1940 e 1950, os artistas brasileiros fizeram uma transformação no pensamento social da arte. É neste momento que nasce a nova figuração brasileira, propondo uma revolução artística, tendo como pano de fundo a política, o social e a sexualidade.
Artistas radicais como Hélio Oiticica, Antônio Dias, Lygia Pape, Lygia Clark, Roberto Magalhães, Carlos Vergara, Wesley Duke Lee, Nelson Leirner e o Grupo Rex, em São Paulo, pretenderam o que parecia antes impossível: fazer uma arte verdadeiramente popular, vocacionada para um contato com o mundo real e respondendo aos apelos de uma postura revolucionária. Na década de 1970, artistas Carlos Zílio, Anna Bella Geiger, Cildo Meireles, Tunga, Artur Barrio, Waltércio Caldas, Antônio Manuel, Anna Maria Maiolino, Waltercio Caldas, Maria do Carmo Secco e Wanda Pimentel, juntaram-se aos nomes oriundos da década anterior, e radicalizaram propostas elaboradas anteriormente pelo Opinião e pela Nova Objetividade.
A arte dos anos 1970 tornara-se a manifestação cultural mais contundente e importante de todas as últimas quatro décadas da arte. A mostra Os 70ths relembra algumas experiências fulcrais da arte daquela década e, por isso mesmo, colocadas no contexto atual clarifica muito das experiências de criação mais recente.
texto de Paulo Reis (Curador da exposição)
Os 70’s
Obras de Amélia Toledo + Anna Bella Geiger + Anna Maria Maiolino + Antonio Dias + Antonio Manuel + Artur Barrio + Carlos Fajardo + Carlos Zílio + Carlos Vergara + Carmela Gross + Cildo Meireles + Ivens Machado + José Resende + Nelson Leirner + Paulo Bruscky + Regina Silveira + Tunga + Waltercio Caldas + Wanda Pimentel |
Local:
Galeria Progetti
Travessa do Comércio, 22 Arco do Telles
Centro
(21) 2221-9893
Funcionamento:
De 3ª feira a sábado, das 11h às 19h
Ingresso:
Entrada franca
Atenção: os horários
e a programação podem ser alterados pelo
local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável
confirmar as informações por telefone antes
de sair. |
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