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Abertura: 15 de julho de 2010 |
Encerramento: 15 de agosto de 2010 |
A exposição proporciona ao público a oportunidade de conhecer e adquirir trabalhos da artista plástica Ermelinda de Almeida, 63 anos, cearense de Fortaleza, décima primeira de 15 filhos do lavrador José Francisco dos Santos e da dona de casa e costureira Sebastiana Ermelinda de Paula.
Residente no Rio de Janeiro desde os 17 anos, Ermelinda começou a pintar em 1994, quando, num momento de crise pessoal, em busca de novos rumos, ingressou, por conselho da amiga Maria Torres, no curso de pintura do professor Tancredo de Araújo, no Sesc. De início não se animou, mas, muito crente em Deus, como ressalta, pediu-lhe que indicasse um caminho para superar o momento que passava. Depois disso, diz, disparou, acordava no meio da madrugada como se uma voz a mandasse pintar, fazendo mais e mais desenhos. Foi quando, então, resolveu voltar para o curso.
Os “meus quadros purinhos”, como ela os denomina, são aqueles de inspiração noturna, em estado de vigília, em que as imagens surgem como se fluíssem diretamente do inconsciente. Essas composições se opõem àquelas que resultam de encomendas, a partir de uma rede de relações sociais e institucionais, ou do desejo pessoal de participar de eventos e exposições. Esses exigem estudo das imagens, observação e uso de fotografias para a elaboração dos desenhos que serão passados para a tela.
Ermelinda inicia seus trabalhos desenhando a lápis em papel. Para passar esse primeiro “risco” para as dimensões da tela, usa o recurso da cópia xerox ampliada. O fundo azul domina em seus trabalhos. Após pintar a tela dessa cor de sua preferência, risca o desenho e, em seguida, delineia o contorno das figuras com pincel.
Para atender as muitas encomendas de santos, por exemplo, empreende minucioso estudo iconográfico, a fim de não deixar escapar as insígnias que conferem singularidade a cada uma das entidades religiosas. Embora as imagens sejam tão diversas, é possível perceber em Ermelinda um elemento comum, um toque pessoal em que transpira certa visão de feminilidade, o gosto por elementos decorativos, pelo adorno, como se ela trouxesse para suas telas um pouco do rendilhado de seus tempos de linha e agulha e, assim, as bordasse.
Exemplo disso, uma de suas marcas é criar uma espécie de moldura multicolorida nas extremidades, acrescentando, portanto, mais um elemento decorativo.
Com o apoio do Museu Internacional de Arte Naif, Ermelinda tem participado de exposições no Brasil e no exterior. Em 2000, por exemplo, teve seus trabalhos expostos no Musée de la Creation Franche, Bébles, França; em 2003, no Broward Center for the Performiing Arts, na Flórida; em 2005, no Musée International d’Art Naif Anatole Jakovsky, Nice, França; nas Nações Unidas, em Nova Iorque; e na Organização dos Estados Americanos, em Washington.
Patrocínio:
- Caixa Econômica Federal
Realização:
- Associação Cultural de Amigos do Museu de Folclore Edison Carneiro
- Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular/Iphan/Ministério da Cultura
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Local:
Sala do Artista Popular - Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP)
Rua do Catete, 179 e 181
Catete
(21) 2285-2545
Funcionamento:
de 3ª a 6ª feira, das 11h às 18h
Sábados, domingos e feriados, das 15h às 18h
Ingresso:
Entrada Franca
Atenção: os horários
e a programação podem ser alterados pelo
local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável
confirmar as informações por telefone antes
de sair. |
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