Marcelo Solá
rioecultura : EXPO Marcelo Solá : Casa de Cultura Laura Alvim
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Abertura: 16 de junho de 2010
Encerramento: 1 de agosto de 2010
Surgido nos anos 90, Marcelo Solá [Goiânia, 1971], que mora e trabalha na cidade natal, expõe com regularidade no Brasil e no exterior, já fez mostras em Buenos Aires, Nova York e Madri. Em 2002, participou da Bienal Internacional de São Paulo.

O artista apresenta 20 desenhos, inéditos e recentes, de dimensões variadas - de 200 x 170cm a 45 x 50cm, em técnica mista: esmalte sintético, bastão, de giz, pastel seco, aquarela, lápis, spray e tinta a óleo sobre papel Fabriano, de algodão, fabricado na Itália ou Canson, francês.

Solá diz que registra em seus desenhos o que vê da arquitetura das ruas, os restos de cartazes, restos da literatura dos muros da cidade. O que aparece no trabalho é, segundo ele, "uma arquitetura improvável, caótica".

A curadora Ligia Canongia situa o conjunto desta mostra: "As ´paisagens´ de Marcelo Solá estão prestes a ruir, com sua arquitetura líquida, figuras dispersivas e coordenadas entrecruzadas. Afinal, elas têm a consciência constrangedora de nos apresentar a debilidade e a dispersão do mundo em que vivemos."

rioecultura : EXPO Marcelo Solá

O artista define seu trabalho como autobiográfico, carregado de referências de onde o artista está, de religiosidade, sexualidade, política e de como ele se posiciona no mundo.

"A identidade do artista vai e vem nestes desenhos de diversos tamanhos e procedências, amalgamando-se a uma indagação estética de diário, de biografia manchada, invadida pelo que registra", diz o texto do catálogo assinado pelo crítico Adolfo Montejo Navas.

Seu interesse pelos números, por seu valor estético e porque acumulam em si o tempo, o faz incluir datas nas obras. Elas são referências do período em que se deu o processo de trabalho.

"Para mim, desenhar e escrever são ações muito próximas, quando desenho estou escrevendo um alfabeto. A escrita cuneiforme era constituída de desenhos. A caligrafia é um desenho", Solá exemplifica.

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As frases presentes em quase toda a sua produção servem para definir espaços, tanto quanto os desenhos. "Servem para guiar o espectador através da palavra. O texto é para ser lido, porque seu sentido é parte importante do trabalho", recomenda o artista.

Montejo Navas diagnostica tratar-se "de caligrafar desenhando e vice-versa, pintar escrevendo, quase somaticamente, os fluxos da experiência aliada à imaginação, criando uma visualidade latente, em estado de viva palpitação imagética. Numa pictografia que tende a não diferenciar entre pintar e escrever, como já acontecia na antiguidade pré-histórica com determinadas escritas."

Sua relação com a feitura da obra é de compulsão. Sem qualquer esboço anterior, Marcelo Solá admite o imprevisível e a catarse. Ele diz saber, a priori, apenas 30% do que quer fazer. Muitas vezes, a escrita vem antes do desenho, propriamente dito.

Estão nesta mostra duas monotipias realizadas durante a residência artística de Solá na Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre, em 2009.

Desde 2000, Marcelo Solá, autodidata, faz individuais nas principais capitais do país: São Paulo, Brasília e Belo Horizonte. Agora é a vez do Rio de Janeiro.
Local:
Casa de Cultura Laura Alvim
Avenida Vieira Souto, 176
Ipanema
(21) 2267-1647

Funcionamento:
Verifique a programação do evento

Ingresso:
Verifique a programação do evento

Atenção: os horários e a programação podem ser alterados pelo local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável confirmar as informações por telefone antes de sair.