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Abertura: 31 de maio de 2010 |
Encerramento: 3 de julho de 2010 |
Convidada pelo crítico e historiador da arte, Paulo Sérgio Duarte, a artista Fátima Villarin mostra, pela primeira vez, "Conversa", uma instalação de sua autoria.
Uma máquina de costura com som estabelece uma "conversa" com 7 mil agulhas numa alusão ao processo do Devir. Uma fotografia de cadeira com agulhas no assento complementa a mostra.
Mas como uma corredora, que praticou o esporte durante toda a sua adolescência, chegando a bater o recorde brasileiro dos 400 metros poderia se interessar pela arte? Foi quando a artista Thereza Coelho decidiu promover um curso sobre artes. Fátima Villarin gostou e formaram o grupo "Ninguém pinta como eu pinto", em 1988.
Na época, o então Diretor da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Frederico Morais, convidou o grupo a a apresentar o trabalho na EAV. Ganhou, então, uma bolsa para estudar na Escola. Pronto! A corredora já começava a trilhar um novo caminho: o das artes. Foi assistente do Daniel Senise. Fez diversos cursos na EAV-Parque Lage com Nelson Leirner, Milton Machado, Luiz Ernesto, entre outros. Também estudou gravuras nas Oficinas do MAM-RJ com Armando Mattos.
No ano 2000, pesquisou cerâmica na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), onde pensou e executou o cenário de "Hamlet", de William Shakespeare. Muitas outras peças fazem parte de seu currículo como cenógrafa, como "O tesouro de Chica da Silva", de Antônio Callado, no Teatro Glória, e "O Imperador Jones", de Eugene O´Neil, na Casa da Gávea.
Como cenógrafa, Fátima sentiu necessidade em trabalhar com escultura para aplicação nesta sua área. Por isso, há 5 anos, pesquisa escultura 3D, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage com o professor e artista João Carlos Goldberg. Ela, que já se apresentou em exposições coletivas e individuais, no Brasil, e em algumas coletivas no Exterior, participou recentemente, na Galeria Anna Maria Niemeyer, da mostra COM LUZ, juntamente com outros cinco artistas. Foi aí que sua obra "Bicho I" foi adquirida pelo colecionador João Sattamini e desde então integra sua coleção em comodato no MAC-Niterói.
Quem conhece o trabalho desta artista percebe que sempre há, em suas esculturas, a presença de elementos pontiagudos (agulhas, alfinetes...). Existe uma explicação: a infância dela é presença constante em suas obras. Sua mãe é costureira e ela se recorda até hoje do som da máquina de costura, de perceber os pontos que iam se formando.
"São espinhos que penetram no meu corpo como limoeiro espinhento que abracei quando criança: são agulhas, rebites e alfinetes decorrentes desta memória. Pesquiso também as possibilidades tácteis da borracha, anexando metais - aço e inox. A oposição que se estabelece entre estes materiais e suas características - duro, contundente agressivo, macio, suave transparente ou opaco - se transporta para minha escultura", explica Fátima Villarin. |
Local:
Galeria de Arte Maria de Lourdes Mendes de Almeida
Rua Joana Angélica, 63
Ipanema
(21) 2523-4141
Funcionamento:
De 2ª a 6ª feira, das 14h às 20h
sábado, das 16h às 20h
Ingresso:
Entrada franca
Atenção: os horários
e a programação podem ser alterados pelo
local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável
confirmar as informações por telefone antes
de sair. |
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