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Abertura: 26 de abril de 2010 [convidados] 27 de abril de 2010 [grande público] |
Encerramento: 6 de junho de 2010 |
Boa parte da sabedoria e experiência adquirida pelo sertanista Orlando Villas Bôas é transmitida ao visitante na exposição. Depois a mostra segue para Brasília, Belo Horizonte, Curitiba e Salvador.
Com curadoria de Denise Carvalho, Gilberto Maringoni e Noel Villas Bôas, a intenção é mostrar a cultura indígena do Alto-Xingu, na qual não só Orlando, como também os seus irmãos Cláudio e Leonardo Villas Bôas, tiveram período de imersão intensa em sua cultura e sociedade. Contrariando concepções equivocadas, eles identificaram ali uma sociedade equilibrada, estável, erguida sobre sólidos princípios morais, em que o comportamento ético sustentava uma organização tribal harmônica.
Na exposição, o visitante é convidado a desbravar esses costumes, sobretudo a maneira como encaravam a morte. Isso acontecerá por meio do olhar sensível de Renato Soares, que captou uma série de fotos do ritual de homenagem aos mortos ilustres indígenas, o Kuarup, feito especialmente para Orlando em 2003.
A mostra ainda reúne mapas, textos explicativos, retratos antigos e utensílios pessoais do sertanista. Entre os objetos dos Villas Bôas apresentados na exposição, estarão duas obras do pintor Poty Lazzarotto e uma aquarela do artista plástico Carybé, ambos muito amigos de Orlando.
Quatro espaços distintos foram pensados para a concepção cenográfica. Na primeira sala, a biografia de Orlando é representada por fotos pessoais além de agrupar mapas e textos explicativos. A segunda parte reúne objetos pessoais. Em seguida, o visitante é levado a um ambiente multimídia em que poderá assistir a um vídeo que traz uma entrevista com Orlando Villas Bôas preparada pela fotógrafa Maureen Bisilliat. Para finalizar, uma oca em estilo Xingu foi montada na última e principal sala, onde são exibidas as 34 fotografias de Renato Soares.
A importância de Orlando e seus irmãos no contato do homem “branco” com os indígenas é inegável. Eles tiveram papel fundamental na implantação de políticas de proteção à saúde e à cultura locais. Tal luta pelos direitos indígenas a uma cultura própria representou uma verdadeira ruptura intelectual e política, e acima de tudo, o reconhecimento das comunidades indígenas envolvidas.
Por esses motivos, o Kuarup feito em homenagem à Orlando foi a maior honraria que um caraíba (homem branco) poderia receber. Mais de dois mil índios vindos de diversas regiões se concentraram na aldeia Yawalapiti para celebrar o que eles mesmos consideraram o maior Kuarup já realizado na região. Através da mostra, os habitantes das grandes cidades se aproximarão da relevância e força dessa cerimônia.
RENATO SOARES
Fotógrafo e documentarista da arte e da cultura brasileiras. Desde 1986 percorre o território nacional, registrando a diversidade biológica de plantas e animais e documentando ritos e costumes da cultura popular. Seus focos principais têm sido as nações indígenas do norte e do centro-oeste do Brasil . Com vários livros publicados, é também colaborador das revistas Scientific American e National Geographic.
FICHA TÉCNICA
Produção Cultural: Aori Produções
Projeto: Zíngara Produções
Fotografias: Renato Soares
Cenário: Juliana Augusta Vieira
Curadoria: Denise Carvalho, Gilberto Maringoni e Noel Villas Bôas
Patrocínio: Petrobras |
Local:
CAIXA Cultural Rio [Unidade Almirante Barroso]
Avenida Almirante Barroso, 25
Centro
(21) 2544-4080
Funcionamento:
De 3ª feira a domingo, das 10h às 21h
Ingresso:
Entrada franca
Atenção: os horários
e a programação podem ser alterados pelo
local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável
confirmar as informações por telefone antes
de sair. |
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