|
Abertura: 11 de março de 2010 |
Encerramento: 11 de abril de 2010 |
A mostra oferece ao público a oportunidade de conhecer e adquirir o artesanato produzido na cidade de Novo Airão, situada no norte do Amazonas, na margem direita do rio Negro.
Esculturas em madeira representando tatus, tartarugas, jabutis, capivaras, pacas, tucanos, araras, sapos, peixes-boi, botos e peixes, além de trançados em fibras vegetais como o tupé, esteira em diferentes tonalidades formando desenhos, compõem parte do repertório dos artesãos da Nov’Arte e da AANA, duas importantes associações.
A produção dos artesãos de Novo Airão segue a tradição indígena do alto rio Negro e se tornou um fator de fixação de moradia e valorização do trabalho e dos saberes locais, apontando para um futuro voltado para a preservação das tradições culturais de herança indígena e da floresta amazônica.
Tradição e qualidade
As técnicas de entalhe em madeira são passadas para as novas gerações pelos filhos de artesãos que se encantam pelo trabalho dos pais e também por intermédio de cursos de capacitação oferecidos anualmente pela Fundação Almerinda Malaquias, fundada em 1992 com o objetivo de gerar renda e fortalecer os artesãos como trabalhadores autônomos.
As esculturas têm origem em pedaços de madeira morta, refugo de serrarias, troncos ou galhos de árvores caídas nos arredores da cidade. As madeiras são escolhidas em função da dureza e densidade que apresentam, pois permitem um entalhe mais fino quanto mais duras forem. É a própria madeira que define o tipo de peça e acabamento do que será esculpido.
Hoje, o carro-chefe de vendas é o “sapo cantor”, que emite sons suaves e melódicos, feito em marchetaria de espécies de diferentes tonalidades. Mas também fazem sucesso colheres, garfos, escumadeiras, caixas e outras peças, cuja qualidade vem sendo reconhecida e premiada por entidades atuantes no setor.
Trançados
Dona Percília Clemente Martins trouxe a técnica dos trançados em fibra de arumã da tradição indígena do alto rio Negro. A matéria-prima é coletada nos igarapés próximos à cidade, especialmente no período da seca (de agosto a abril). Os coletores, geralmente maridos das artesãs, são seus parceiros na implantação de áreas de manejo sustentável, que envolve comunidades locais em práticas de exploração com preservação da espécie.
O trabalho é feito em etapas que requerem muito cuidado e atenção: limpeza do igarapé, retirada dos troncos e galhos caídos para a passagem da canoa, demarcação da área, medição da densidade e da extensão do “arumanzal”, traçando pontos de medidas nas touceiras que servem para o monitoramento anual das espécies.
Além do arumã, os produtos levam fibras de tucumã e cipó ambé. O processo de trabalho em cada peça envolve frequentemente várias mulheres nas etapas de tingir, destalar, tecer e arrematar. A pigmentação das fibras é feita com tinturas e resinas retiradas de árvores e arbustos como a goiaba de anta, urucu, castanheira, tintarana, entre outros. Depois de pintado, o talo é “destalado” em tiras com o auxílio de uma faca pequena e posto para secar ao sol por cerca de duas horas.A largura da tira depende da peça a ser produzida.
A exposição é uma das ações previstas junto a esse polo pelo Promoart – Programa de Promoção do Artesanato de Tradição Cultural, uma realização da Associação Cultural de Amigos do Museu de Folclore Edison Carneiro (Acamufec), por meio de convênio firmado com o Ministério da Cultura, que conta com a gestão conceitual e metodológica direta do CNFCP/Departamento de Patrimônio Imaterial/Iphan, e com a parceria institucional e apoio financeiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Apoio: Nov´arte e Associação dos Artesãos de Novo Airão
Parceria institucional e apoio financeiro: BNDES
Realização
- Associação Cultural de Amigos do Museu de Folclore Edison Carneiro
- Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular
- Departamento de Patrimônio Imaterial/Iphan
- Promoart +Cultura
- Ministério da Cultura
|
Local:
Sala do Artista Popular - Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP)
Rua do Catete, 179 e 181
Catete
(21) 2285-2545
Funcionamento:
de 3ª a 6ª feira, das 11h às 18h
Sábados, domingos e feriados, das 15h às 18h
Ingresso:
Entrada Franca
Atenção: os horários
e a programação podem ser alterados pelo
local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável
confirmar as informações por telefone antes
de sair. |
|
|