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Abertura: 28 de janeiro de 2010 |
Encerramento: 18 de abril de 2010 |
A exposição é maior mostra individual das imagens feitas por Landseer como artista oficial da missão diplomática britânica – chefiada por Charles Stuart – que tinha o objetivo de negociar o reconhecimento, por parte de Portugal e da Grã-Bretanha, do recém-independente Império do Brasil.
Com curadoria de Leslie Bethell, professor emérito de história latinoamericana na Universidade de Londres, a exposição reúne 178 desenhos e aquarelas e mais dois óleos, estes últimos feitos pelo artista anos após a missão, baseando-se nos registros feitos em Brasil e Portugal.
Charles Landseer (1799-1879) é considerado um dos mais importantes artistas viajantes que visitaram o Brasil nas duas décadas posteriores a 1808 – como Nicolas Antoine Taunay, Jean-Baptiste Debret, Thomas Ender, Johann Moritz Rugendas, Augustus Earle e o botânico William John Burchell, este também integrante da missão Stuart.
Durante os três meses que passou em Portugal, Landseer fez mais de 90 desenhos e aquarelas dos mosteiros, igrejas, palácios e castelos de Lisboa e das localidades vizinhas, assim como do povo das ruas lisboetas: marinheiros, barqueiros, camponeses, trabalhadores, mendigos, padres e frades.
Já no Rio de Janeiro, onde permaneceu por cinco meses, o artista produziu mais de uma centena de desenhos e aquarelas. Ali foi a natureza tropical o que mais o impressionou, assim como a escravidão urbana – os cativos africanos que trabalhavam como criados domésticos, carregadores e artesãos.
Landseer também acompanhou Stuart em viagens pelo litoral, ao norte e ao sul do Rio de Janeiro, e registrou as paisagens e os moradores das cidades por onde passaram: Recife e Olinda, Salvador, Vitória, Desterro (Florianópolis), Santos e São Paulo. Por fim, na viagem de regresso à Inglaterra, fez ainda vários desenhos dos Açores e de sua população.
Livro: Charles Landseer: desenhos e aquarelas de Portugal e do Brasil – 1825-1826
Na mesma data da abertura da exposição, será lançado um livro homônimo com mais de 200 imagens. A publicação funciona como uma narrativa visual do trajeto feito por Landseer, em que cada capítulo representa uma etapa de sua viagem. Bilíngue (inglês/português), o livro tem texto de introdução de Leslie Bethell, que contextualiza a produção artística de Landseer com o cenário histórico da época, vivido entre Brasil, Portugal e Grã-Bretanha.
Sobre Charles Landseer
Embora jovem e inexperiente, Landseer havia recebido rigorosa formação de seu pai John Landseer, de professores particulares e na Academia Real em Londres. Os mais de 300 desenhos (a lápis, tinta, e carvão) e aquarelas realizados durante a missão Stuart a Portugal e ao Brasil, guardados em um grande caderno de desenhos encadernado em couro, são um tributo à seriedade e à diligência com que realizou suas tarefas como artista oficial.
De volta à Inglaterra, sir Charles Stuart insistiu em ficar com o caderno de desenhos de Landseer, alegando sua condição de chefe da missão. O caderno permaneceu então sob a guarda da família Stuart, no castelo de Highcliffe, por quase um século. Somente em 1926 seria adquirido pelo empresário e colecionador carioca Guilherme Guinle, que, antes de morrer, em 1960, presenteou o sobrinho – o banqueiro Cândido Guinle de Paula Machado – com o que se tornara conhecido como Álbum Highcliffe. Em 1999 o álbum foi incorporado ao acervo do Instituto Moreira Salles.
Sobre Leslie Bethell
É professor emérito de história latinoamericana na Universidade de Londres; membro emérito do St. Anthony’s College, Oxford; membro-pesquisador honorário do Institute for the Study of the Americas da Universidade de Londres; membro-pesquisador sênior do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC), da Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro; pesquisador sênior do Woodrow Wilson International Centre for Scholars, Washington, D.C., e membro da Academia Brasileira de Ciências. Foi diretor do Institute of Latin American Studies, da Universidade de Londres (1987-1992), e do Centre for Brazilian Studies, da Universidade de Oxford (1997-2007). É autor de diversas publicações sobre a história política, social e cultural da América Latina, sobretudo do Brasil, e organizador da coleção The Cambridge History of Latin America (12 volumes, 1984-2008), que também está sendo publicada em espanhol, português e chinês. Desde outubro de 2007, mora no Rio de Janeiro.
:: LIVRO ::
Charles Landseer: desenhos e aquarelas de Portugal e do Brasil – 1825-1826
236 pgs
ISBN: 978-85-86707-49-0
21 x 25,5 cm |
Local:
Instituto Moreira Salles (IMS)
Rua Marquês de São Vicente, 476
Gávea
(21) 3284-7400
Funcionamento:
De 3ª feira a domingo, das 13h às 20h
Ingresso:
Entrada e estacionamento gratuitos
Atenção: os horários
e a programação podem ser alterados pelo
local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável
confirmar as informações por telefone antes
de sair. |
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