|
Abertura: 17 de dezembro de 2009 |
Encerramento: 21 de fevereiro de 2010 |
Mostra em homenagem ao centenário de Vitalino Pereira dos Santos (1909-1963), considerado símbolo da constituição das artes visuais populares brasileiras.
A mostra reúne, sem pretender abranger a diversidade de expressões das culturas populares nas fronteiras geográficas e simbólicas do estado, peças de Vitalino e de outros significativos artistas pernambucanos – xilógrafos, escultores em madeira, ceramistas – presentes no acervo do Museu de Folclore Edison Carneiro do CNFCP, coletado a partir da década de 1950.
Nascido em Sítio dos Santos, povoado de Caruaru, Vitalino, filho do agricultor Marcelino Pereira dos Santos e da louceira Josefa Maria da Conceição, aos seis anos de idade, brincava com o barro, utilizando as sobras das panelas feitas pela mãe. Chamou seus primeiros trabalhos de "loiça de brincadeira", pois começou a vendê-los nas feiras, como brinquedos para crianças. Por volta de 1935, iniciou a confecção dos grupos de bonecos, suas cenas de flagrantes da vida cotidiana, que denominou “peças de novidade”, as quais o consagrariam nos círculos de colecionadores, intelectuais e artistas. Em 1948, mudou-se com a família para o Alto do Moura, também em Caruaru, fazendo desse centro de tradição oleira celeiro de notáveis artistas populares.
Seu instrumental de trabalho era formado por alguns pauzinhos – que serviam para furar, riscar ou fazer o oco das cabeças –, faquinhas e penas, além de dois carimbos de barro cozido, um com as iniciais VPS, que usou até 1947, e outro, com o nome Vitalino, que passou a usar depois de 1949, como assinatura para suas peças, até 1963, quando faleceu.
É extraordinário como Mestre Vitalino traduz as diferentes formas de morrer nas suas versões de enterro: enterro na rede, enterro no ataúde, enterro no carro de boi; a atmosfera íntima que confere aos cuidados com o puerpério em ‘mulher de resguardo’. A figura que se agiganta dos bois, como se fossem elementos sagrados numa região de pecuária e de comércio de gado, numa seção da Feira de Caruaru. E ainda figuras como o motociclista, o fotógrafo, entre outras, do elenco de 118 temas.
Marcou toda uma geração de figureiros, tornando Caruaru um centro cerâmico muito conhecido e criando a “escola de Caruaru”, da qual fazem parte, além de seus descendentes, a mulher e os filhos de Zé Caboclo (1921-1973) e de Manuel Eudócio, seus primeiros “discípulos”, que continuam até hoje produzindo dentro do estilo do Mestre. Para homenagear a trajetória desse que marcou o momento inaugural de “descoberta” da arte popular, o Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular reúne, entre outras, peças de Nhô Caboclo, Manuel Galdino, Benedito José dos Santos.
Realização
Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular / Iphan / Ministério da Cultura |
Local:
Galeria Mestre Vitalino - Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP)
Rua do Catete, 179 e 181
Catete
(21) 2285-2545
Funcionamento:
de 3ª a 6ª feira, das 11h às 18h
Sábados, domingos e feriados, das 15h às 18h
Ingresso:
Entrada Franca
Atenção: os horários
e a programação podem ser alterados pelo
local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável
confirmar as informações por telefone antes
de sair. |
|
|