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Abertura: 12 de outubro de 2009 |
Encerramento: 5 de janeiro de 2010 |
Cenografia, artes plásticas, grafismos, cinema e concertos irão recriar, no Arquivo Nacional a trajetória do maior compositor das Américas, Heitor Villa-Lobos, na exposição Viva Villa! - a maior mostra já realizada sobre a vida e obra do maestro, que nasceu em 5 de março de 1887 e morreu aos 72 anos, em 17 de novembro de 1959. Dividida em três partes, a exposição tem como objetivo aproximar o espectador da história da música no Brasil e no mundo, a partir de Villa Lobos, levando-o a refletir sobre a permeação entre fronteiras da música erudita e popular.
Idealizada e produzida pela Clan Design com Fabiano Canosa (que trabalham no projeto há três anos, e foram responsáveis pela recuperação e digitalização do acervo audiovisual do Museu Villa-Lobos, em 2007), Viva Villa! mostra que o legado da rica trajetória pessoal e artística do compositor permanece vivo no repertório internacional em seus mais variados estilos. A coordenação do projeto é de Cláudio Fernandes, que assina com Cláudio Lobato e Fabiano Canosa a direção de arte.
Com curadoria de Canosa, Viva Villa! conta ainda com a parceria de várias instituições nacionais e estrangeiras, entre as quais o Museu Villa-Lobos (RJ), Library of Congress (Washington), Richard Rodgers Library, Spanish Institute, New York Public Library (New York), Bibliotheque Nationale (Paris) e Accademia Nazionale di Santa Cecília e Embaixada do Brasil (Roma), Consulados do Brasil (New York, Washington, Praga) e Cinemateca de Praga (Republica Tcheca).
A exposição - Um imenso painel no portal de entrada dará o tom da mostra: um recorte do mapa do Brasil, pontilhado por diversas imagens, fotos, vídeos, reproduções da figura de Villa-Lobos, chamado carinhosamente de Tuhú pela família, formará uma alegoria multimídia sobre a vida e obra do maestro.
E começa a viagem, em três tempos.
Na primeira parte, o espectador fará um passeio do século XIX até a primeira metade do Século XX, com suas revolucionárias transformações, acompanhando a trajetória de vida do maestro no Brasil, em Paris (anos 20) e nos Estados Unidos. A ambientação contará com painéis de textos e imagens ilustrativas, cartazes, pinturas, capas de discos, partituras, instrumentos musicais e objetos pessoais de Villa-Lobos. Entre os destaques, uma reprodução da sala da casa dos Villa-Lobos no centro da cidade, em escala real; o Rio boêmio, onde Villa ganhou a vida tocando choros no Cinema Odeon, Teatro Recreio e na lendária Confeitaria Colombo; as suas viagens e momentos marcantes como a Semana de Arte Moderna (onde fez duas apresentações sob uma chuva de vaias), o emblemático concerto em São Januário (que reuniu 40 mil crianças, durante o Estado Novo de Getulio Vargas) e o desfile carnavalesco do Sôdade do Cordão, bloco criado pelo maestro, que arrastou multidões pelas ruas do centro do Rio de Janeiro. Em todo o percurso, o registro musical de suas composições.
No segundo momento da exposição, a reprodução de um trem - o Trenzinho Caipira - levará os visitantes a percorrer os caminhos que a música de Heitor Villa-Lobos trilhou até ser reconhecido como o Compositor das Américas. O trem terá cinco vagões: Sertão, Paris, Anos 30/40, Amazônia e Américas. Em cada um deles, uma primorosa ambientação.
No Vagão do Sertão, imagens caleidoscópicas de cenários marcantes na juventude do maestro serão projetadas pelas janelas do mesmo.
O Vagão Paris, que terá os bancos forrados de tecidos, apresentará imagens projetadas dos locais significativos da história de Villa-Lobos na Cidade Luz, como a Place St. Michel, seu reduto, onde se reunia com os músicos e intelectuais de seu circulo, e o Hotel Bedford, na Madeleine, onde o maestro se hospedava.
No carro dos Anos 30/40 estarão imagens do Brasil e dos concertos espetaculares que o maestro fez pelo país.
No Vagão Amazônia, o ambiente será fantasioso, com pinturas indígenas, adereços de pena e palha. Nas janelas, o público verá uma selva cenográfica, e um efeito luminoso representará o lendário uirapuru! Nesse vagão, o público poderá desembarcar e passear pela "floresta".
O Vagão das Américas terá clima de cinema: fotos de Villa-Lobos com celebridades junto a fotos de filmes da época. Nas janelas, imagens dos concertos internacionais, bem como imagens da Broadway em seu apogeu, onde se destaca o musical "Magdalena", de sua autoria.
Espaço Papagaio de moleque - A terceira parte da exposição será dedicada inteiramente às crianças. Em toda a sua vida, Villa-Lobos adaptou melodias infantis, muitas das quais baseadas em cantigas de roda, que chegaram inclusive a ser interpretadas por cantoras líricas. Além disso, foi Villa-Lobos quem criou o projeto Canto Orfeônico, que implantou a educação musical em todos os colégios e resultou na formação de imensos corais de crianças que fizeram apresentações apoteóticas, como a que reuniu 40 mil crianças em São Januário. Esse mundo mágico de Villa terá figuras do folclore e reproduções ampliadas de brinquedos artesanais que remetem à obra do maestro, que também adorava fabricar pipas. O espaço, interativo, terá computadores, instrumentos musicais e material para a confecção de brinquedos artesanais. As crianças serão orientadas e motivadas por monitores para o uso do espaço.
Villa e o cinema - No Auditório do Arquivo Nacional, serão projetados filmes como "O Descobrimento do Brasil", de Humberto Mauro, para o qual Villa-Lobos compôs a trilha sonora; do Cinema Novo, "Deus e o Diabo na Terra do Sol" e "Terra em Transe", de Glauber Rocha, "Macunaíma", de Joaquim Pedro de Andrade, "Arraial do Cabo", de Paulo Cesar Sarraceni e "Menino de Engenho", de Walter Lima Jr, entre outros, que utilizaram suas composições como trilha sonora em particular a cinebiografia "Villa-Lobos", de Zelito Vianna, além de documentários dedicados à vida e à obra do compositor.
Tuhú Eterno - Entrevistas, depoimentos, fotos e registros sonoros irão apontar para a imensa herança que Villa deixou na música brasileira. Herança esta que sempre se renova e mantém viva a chama criativa do maestro, através de músicos como Tom Jobim, Edu Lobo, Nelson Freire, Turíbio Santos (para quem Villa-Lobos "é bandeira e bússola"), Raphael Rabello, Yamandu Costa e muitos outros.
Villa in Concert - Completam a exposição uma série de apresentações musicais - concertos de solistas, orquestras, teatro e balé - inteiramente gratuitas ao público visitante. Os espetáculos ocorrerão no pátio central do Arquivo Nacional, sempre às terças-feiras, às 18h30, em palco coberto, com capacidade para até duas mil pessoas. |
Local:
Arquivo Nacional
Praça da República, 173
Centro
(21) 2179-1273
Funcionamento:
De 3ª a 5ª feira, das 10h às 12h
visita agendada para grupos de no máximo 20 pessoas
Informações e agendamento:
(21) 2179-1273 ou pi@arquivonacional.gov.br
Ingresso:
Entrada franca
Atenção: os horários
e a programação podem ser alterados pelo
local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável
confirmar as informações por telefone antes
de sair. |
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