|
Abertura: 11 de novembro de 2009 |
Encerramento: 20 de dezembro de 2009 |
A famosa artista plástica e ilustradora botânica, uma das mais importantes do século XX, a inglesa Margaret Mee (1909-1988) tem seu centenário de nascimento comemorado a partir do dia 11 de novembro no Centro Cultural Correios do Rio de Janeiro. A exposição “Margaret Mee – 100 Anos de Vida e Obra e seu Legado Os Novos Artistas Botânicos”, com curadoria de Sylvia de Botton Brautigam, revela todo o deslumbramento da homenageada pelas flores brasileiras em requintadas aquarelas.
Margaret Mee encontrou e pesquisou num dos mais belos e variados ecossistemas do Planeta uma riqueza inigualável: a flora brasileira. Artista reconhecida pelo apuro e delicadeza de sua pincelada, reproduziu com precisão em lápis e aquarela sobre papel as espécies estudadas e anotadas em seus cadernos de viagem. Suas ilustrações são material precioso para a ciência botânica, sendo equiparada aos grandes ilustradores europeus de todos os tempos. Sua fama e reconhecimento são a nível internacional, com obras de sua autoria presentes em importantes coleções nos Estados Unidos, Inglaterra, França e Brasil.
Cerca de 140 obras, dividida entre desenhos e aquarelas, documentação de época, objetos pessoais, ampliações fotográficas, reprodução de textos, cronologia da artista e um vídeo entrevista, compõem a retrospectiva da trajetória de vida e obra desta que é a pioneira na questão da preservação ambiental. A mostra reúne também a produção dos novos artistas botânicos, maior legado da artista em sua incansável busca do conhecimento da diversidade botânica brasileira. Serão apresentados alguns dos muitos ilustradores que se inspiraram e se sobressaíram na arte botânica, estimulados e apoiados pela ação da Fundação Botânica Margaret Mee nos 20 anos de sua atuação.
“As aquarelas de Margaret Mee chamam atenção por revelar sua sensibilidade artística, associada ao rigor técnico do desenho. Suas obras e pesquisa são também um alerta para o perigo de extinção de várias espécies da flora brasileira”, explica a curadora Sylvia de Botton Brautigam.
De origem inglesa, Margaret Mee (1909-1988) se instalou no Brasil em 1952, ao se encantar com a natureza exuberante de nosso País, dando início a um extenso trabalho de pesquisas e documentação das espécies botânicas brasileiras. Logo ficou deslumbrada com o que viu e, entre os anos 1960 e 1965, passou a trabalhar no Instituto de Botânica.
A princípio, retratou a Mata Atlântica no entorno da cidade; depois, dedicou-se à flora da Amazônia, sua grande paixão. Nas quinze viagens que fez à região – foi a primeira mulher a escalar o Pico da Neblina-, reproduziu no papel as mais diversas espécies de plantas tropicais. Tinha um carinho especial pelas bromélias, presentes em algumas das aquarelas selecionadas para a mostra.
Como grande destaque desta exposição, será apresentada pela primeira vez ao visitante uma coleção com 23 obras dedicadas à espécie das Orquídeas. Trata-se de uma aquisição do casal de colecionadores paulistas Marta e Paulo Kuczynski que compartilha esta belíssima coleção com o público carioca e todos os apreciadores da arte de Margaret Mee.
Serão exibidas ainda 54 aquarelas dedicadas à espécie das bromélias além de um belo exemplar da flora da Caatinga presente em 5 pranchas que serviram para ilustrar o livro que aborda este ecossistema. Serão várias coleções apresentando um panorama abrangente e significativo da obra de Margaret Mee: Coleção Bradesco de Arte Brasileira, Instituto de Botânica de São Paulo, Academia Brasileira de Ciências do Rio de Janeiro, Herbário Bradeanum da UFRJ, Coleção Marta e Paulo Kuczynski, além de obras de colecionadores particulares que se juntaram para prestar esta merecida homenagem a Margaret Mee. Outro destaque é o conjunto de quatro folhas dos cadernos de Margaret Mee, utilizada pela botânica em suas viagens pelo Brasil que servem para ilustrar os passos seguidos pela artista até chegar à obra completa que também se encontra exposta no mesmo espaço.
“Margaret Mee foi uma das mulheres mais notáveis do século 20, pela sua arte e defesa da biodiversidade da flora brasileira. Esta exposição é muito mais do que uma homenagem ao seu centenário de vida, mas também uma reflexão sobre a importância da conservação dos ecossistemas como garantia do futuro da vida no planeta Terra”, afirma Marcelle Pithon, diretora do Centro Cultural Correios do Rio de Janeiro.
A exposição “Margaret Mee – 100 Anos de Vida e Obra e seu Legado Os Novos Artistas Botânicos”, patrocinada pelos Correios, com curadoria de Sylvia de Botton Brautigam, fica em cartaz até 20 de dezembro de 2009. A mostra, que cumpriu temporada de sucesso no início do ano na Pinacoteca do Estado de São Paulo, tem perspectiva de se apresentar nas cidades de Recife, Salvador, Curitiba e Brasília, em 2010. |
Local:
Centro Cultural Correios
Rua Visconde de Itaboraí, 20
Centro
(21) 2253-1580
Funcionamento:
De 3ª feira a domingo, das 12h às 19h
Ingresso:
Entrada franca
Atenção: os horários
e a programação podem ser alterados pelo
local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável
confirmar as informações por telefone antes
de sair. |
|
|