À Luciano Fabro
rioecultura : EXPO À Luciano Fabro : Galeria Progetti
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Abertura: 24 de outubro de 2009
Encerramento: 7 de novembro de 2009


O Instituto Italiano de Cultura do Rio de Janeiro e a Galeria Progetti apresentam o documentário “Fabro no HO”, de Simone Michelin, sobre a exposição de Luciano Fabro no Centro de Artes Hélio Oiticica, realizada em 1997, com curadoria de Glória Ferreira.

Reunindo significativo conjunto de trabalhos do renomado artista italiano falecido em junho de 2007, a mostra contou, entre outros, com os Attaccapanni, que reproduzem o espectro das cores do crepúsculo e guardam especial relação com o Brasil, Sisifo, de 1994, Gromma per Spinosa, 1997.



Dois trabalhos construídos in situ - Pavimento (Tautologia), de 1967, e Penelope, de 1972 – criavam uma situação, ligando organicamente as diversas obras e levando o espectador a habitar o espaço da percepção. Como respeito por um “cansaço do sempre efêmero”, em Pavimento, que será reconstruído nos espaços da Progetti, a superfície é limpa, lustrada e constantemente coberta com jornais. Como assinalou o artista:

Pavimento é aquilo que em todos os países se realiza quando depois de se haver cansado de polir o chão, o cobrimos com jornais para que não se suje no mesmo instante. Então se faz um trabalho, depois o cobrimos, mas neste ponto, no entanto, a curiosidade cultural vem juntar-se ao cotidiano que é o jornal ilustrado.

Com duração de 11 minutos, o documentário de Simone Michelin apresenta o conjunto da exposição com olhar cúmplice de uma artista com extensa produção de vídeos, contando com música de Luis Carlos Csekö e partes da palestra, pronunciada na época por Jole de Sanna, historiadora italiana e companheira de Fabro na constituição da Casa degli artisti, em Milão. Disponível para ser adquirido pelo público interessado, Fabro no HO marca a presença no Brasil, em sua única individual aqui, de um artista que considerava uma exposição “antes de tudo - ou deveria ser - uma festa que se faz à arte”.



Luciano Fabro abandona a pintura em 1963. Integra-se então à Arte Povera, expressão criado por Germano Celant, porém mais tarde distancia-se do grupo e do crítico. Fundador, com Jole de Sanna, da Casa degli Artisti, foi professor da Universidade de Brera. Com extenso corpus de textos, entrevistas e aulas, um dos focos de sua reflexão é a não distinção, na experiência da obra de arte, entre o exercício dos sentidos e o do intelecto. No Brasil, Fabro participou em duas ocasiões da Bienal de São Paulo (1975 e 1995) e realizou individual no Centro de Arte Hélio Oiticica, em 1997, com curadoria de Glória Ferreira. Referências: Germano Celant, Arte Povera (Milão, Gabriele Mazzotta, 1969); Jole de Sanna, L.Fabro: Biografia, Eidografia (Udine, Camponotto, 1996); L. Fabro, Habiter l´espace (Paris, Centre Pompidou, 1996); L. Fabro (Londres, Tate Gallery, 1997); L Fabro (Rio de Janeiro, Centro de Arte Hélio Oiticica, 1997); L. Fabro, Arte torna Arte. Lezioni e conferenze 1981-1997 (Turim, Einaudi, 1999); Zero to Infinity: Arte Povera 1962-1972 (Minneapolis/Londres, Walker Art Center/Tate Modern, 2001-2).



SIMONE MICHELIN Bento Gonçalves, RS. Vive e trabalha no Rio de Janeiro, RJ. SM começou na videoarte em 1982 e dez anos depois já formava repertório no ambiente digital. Recentemente mostrou seu trabalho na Décima Bienal de Havana, ARCO2008, Paço Imperial RJ, Fundação Calouste Goulbenkian, Lisboa, Instituto Tomie Othake, São Paulo, Tate Modern London, ZKM Karlshure, Alemanha, Daniel Reich Gallery, NY, Museo José Luis Belo y Gonzalez, Puebla, México (2006), KW Kunst-Werke Berlin, The International Foundation Manifesta, Amsterdan, Itaú Cultural SP, Centro Cultural Telemar RJ; em 2005 teve uma retrospectiva de seus vídeos organizada pelo Videoformes, dentro do ano Brasil-França, como parte da Bienale d´Art Contemporain de Lyon (França) e da Bienale de l´Image en Mouvement de Genebra (Suíssa); Museo Tamayo de Arte Contemporaneo, Mexico, MAC de Niterói Museum of Contemporary Hispanic Art (MOCHA), NY; Long Beach Museum; Museo Reina Sofia, Madrid; Art in General, NY; CCBB/RJ, entre outros. Recebeu o 6º Prêmio Sérgio Motta de Arte e Tecnologia (2005); RUMOS ITAÚ CULTURAL em pesquisa (2003); RIOARTE Bolsa de Arte e Tecnologia, Secretaria da Cultura, Rio de Janeiro, 2001-2002; PROJETO MAC - Artista Pesquisador, do Museu de Arte Contemporânea de Niterói, 2001, VIRTUOSE Bolsa de Cultura do Ministério da Cultura MinC, Brasil (1998 and 1999), entre outros.
Local:
Galeria Progetti
Travessa do Comércio, 22
Arco do Telles
Centro
(21) 2221-9893

Funcionamento:
De 3ª feira a sábado, das 11h às 19h

Ingresso:
Entrada franca

Atenção: os horários e a programação podem ser alterados pelo local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável confirmar as informações por telefone antes de sair.