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Abertura: 15 de outubro de 2009 |
Encerramento: 6 de dezembro de 2009 |
Depois de visitada por dezenas de milhares de pessoas em Belo Horizonte (MG), a magia e a intensidade das cores da mostra de Marc Chagall (1887-1985), pintor bielorruso que se fixou em solo francês, chega ao Rio exibindo 309 obras entre pinturas, guaches e gravuras. Serão expostas pela primeira vez no Brasil séries completas de gravuras, como Les Âmes Mortes (As Almas Mortas), La Bible (A Bíblia) e Daphnis et Chloé (Dafne e Cloé).
Algumas delas possuem uma fascinante qualidade cromática, chegando a 25 camadas de impressão. “A mostra nos permite vivenciar a magia das composições de Chagall, dotadas de uma palheta surpreendente de cores aplicada sobre os mais variados temas, que permeiam o real e o fantástico, o sonho e a vida”, explica Maria Eugênia Saturni, diretora da Base7 Projetos Culturais, produtora da exposição.
Entre as pinturas exibidas estão Village au Cheval Vert ou Vision à la Lune Noire (Vilarejo com Cavalo Verde ou Visão sob a Lua Negra) e Les Mariés au Traîneau et au Coq Rouge (Os Noivos com Trenó e Galo Vermelho).
Ocupando lugar de destaque na exposição O Mundo Mágico de Marc Chagall - O Sonho e a Vida está a série Daphnis et Chloé, de 42 gravuras. Chagall viajou duas vezes à Grécia com o propósito de vivenciar a atmosfera e a luminosidade da paisagem e conhecer melhor a cultura pastoril. A primeira visita, em 1952, proporcionou a execução dos primeiros guaches, que registram a luz mediterrânea e a experiência emocional vivida em terras gregas - os 42 guaches foram realizados entre 1953 e 1954.
Os guaches serviram como estudos preparatórios para a transposição em litografias. Para obter o resultado pretendido, de extraordinária beleza cromática, Chagall trabalhou com o impressor Charles Sorlier no famoso estúdio de Fernand Mourlot. Foi necessário utilizar uma pedra para cada tonalidade de cor, ou seja, uma única gravura exigiu 25 pedras-matrizes.
Les Fables de La Fontaine (As Fábulas de La Fontaine) tem 23 gravuras; o trabalho foi encomendado pelo marchand e crítico de arte Ambroise Vollard. Na ocasião, Chagall produziu, entre 1926 e 1927, 100 guaches representativos das fábulas de La Fontaine (1621-1695). Os guaches foram expostos, em 1930, em Paris, Bruxelas e Berlim e, depois de vendidos, acabaram se dispersando pelo mercado e nunca mais foi possível reuni-los integralmente. Depois das series Les Âmes Mortes, realizada para o romance de Gogol, e Fábulas de La Fontaine, Vollard pediu a Chagall que realizasse um conjunto sobre a Bíblia, com 105 gravuras. O artista trabalhou neste projeto de 1931 até 1939 - em função da incumbência, viajou à Palestina para conhecer o palco dos acontecimentos bíblicos.
Complementando a exposição haverá um núcleo expositivo que contextualizará as relações de Chagall com o Brasil e sua influência na Arte Brasileira. Foram selecionadas 25 obras de artistas brasileiros que fazem referência ou sofreram influência significativa da obra de Marc Chagall, como Cícero Dias, Ismael Neri, Lasar Segall e Tomás Santa Rosa.
Marc Chagall (Moshe Zakharovitch Shagal)
Nasceu em 6 de junho de 1887, num bairro de judeus pobres de Vitebsk, na Bielo-Rússia, àquele tempo pertencente ao Império Russo. Um dos pioneiros da Modernidade, participou das grandes transformações das Artes Plásticas no início do século XX, se tornando um dos mais notáveis artistas de seu tempo. Apesar do intenso convívio com as tendências de vanguarda, a arte de Chagall adquire contornos pessoais desde a juventude. Desde cedo, sua expressão seguiu caminhos singulares.
O Mundo Mágico de Marc Chagall é uma realização da Base7 Projetos Culturais, da Casa Fiat de Cultura e do Museu Nacional de Belas Artes com patrocínio da Fiat, copatrocínio do Banco Iveco Capital e apoio do Banco Itaú e do Ministério da Cultura. A organização e produção da mostra, que integra a Programação do Ano da França no Brasil, estão a cargo da Base7 Projetos Culturais, proponente do Projeto junto ao Ministério da Cultura para concessão dos benefícios da Lei Rouanet.
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Local:
Museu Nacional de Belas Artes (MNBA)
Avenida Rio Branco, 199
Centro
(21) 3299-0600
Funcionamento:
De 3ª a 6ª feira, das 10h às 18h Sábado, domingo e feriado, das 12h às 17h
Ingresso:
R$8 [inteira]
R$4 [meia]
Gratuidade para: pessoas acima de 65 anos, estudantes da rede pública e de professores de órgãos reconhecidos pelo MEC.
Ingresso família: R$8 para até 4 pessoas juntas da mesma família
Entrada franca aos domingos
Atenção: os horários
e a programação podem ser alterados pelo
local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável
confirmar as informações por telefone antes
de sair. |
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