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Abertura: 7 de outubro de 2009 |
Encerramento: 6 de dezembro de 2009 |
Essa é a primeira retrospectiva da obra do artista de Cachoeira do Brumado (MG), morto em 2003.
Com organização do crítico de arte Rodrigo Naves e curadoria do artista plástico Ricardo Homen, a mostra, com 59 esculturas, apresenta um recorte da obra de Pereira, com trabalhos representativos de seus vários momentos, tanto do ponto de vista cronológico quanto em relação aos diferentes partidos formais adotados. As esculturas reunidas também trazem à tona o frescor de uma produção construída na adversidade, longe dos percursos normais da formação artística no Brasil do século XX, mas muito próxima dos impulsos decisivos que mantém a vitalidade e a pertinência da arte.
Muitas das obras de Artur Pereira, feitas em uma única peça de madeira, em geral no cedro, e esculpidas com poucos instrumentos, como o enxó, o serrote e o formão, encontram-se hoje fora do Brasil, pois foram compradas por estrangeiros que visitaram a região em que o artista viveu. Compõem a exposição do IMS obras pertencentes a colecionadores brasileiros, entre eles, Amílcar de Castro (1920-2002), um dos maiores artista visuais do país.
As peças de Artur Pereira também participaram de algumas mostras coletivas relevantes, como Brésil, arts populaires (Paris, 1987) e Mostra do Redescobrimento (Fundação Bienal de São Paulo, 2000). Sobre seu trabalho, afirmou num depoimento: “Eu faço escultura porque gosto de fazê”.
LIVRO Artur Pereira – Esculturas
120 pgs
ISBN: 978-85-86707-44-5
21 x 28 cm
Sobre Artur Pereira
Artur Pereira (1920-2003) nasceu no pequeno vilarejo de Cachoeira do Brumado, distrito de Mariana, uma das mais importantes cidades mineiras do ciclo do ouro. O povoado tem uma longa tradição artesanal, ligada, sobretudo, à confecção de artefatos em pedra-sabão e de tapetes de pita. Desde pequeno, Artur Pereira modelava pequenas figuras em barro, em geral para presépios. Mais tarde, passou a esculpir em madeira, colando partes dos corpos (braços, mãos etc.) – prática que abandonaria por completo – e pintando-os. Em 1968, o escultor realizou seus primeiros trabalhos de conjunto, mas por toda a vida alternaria a criação de figuras individuais, em geral bichos, esculturas compostas de vários animais e, por vezes, figuras humanas. A partir de 1971, quando ganhou o concurso de presépios promovido pela Fundação de Arte de Ouro Preto, seu trabalho conquistou um pouco mais de projeção. Suas vendas, inicialmente feitas nas lojas de artesanato das cidades históricas de Minas Gerais, aos poucos passaram a ser feitas por galeristas de várias cidades do país, interessados em expor e difundir sua escultura. |
Local:
Instituto Moreira Salles (IMS)
Rua Marquês de São Vicente, 476
Gávea
(21) 3284-7400
Funcionamento:
De 3ª feira a domingo, das 13h às 20h
Ingresso:
Entrada e estacionamento gratuitos
Atenção: os horários
e a programação podem ser alterados pelo
local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável
confirmar as informações por telefone antes
de sair. |
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