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Abertura: 1 de outubro de 2009 |
Encerramento: 7 de novembro de 2009 |
No dia 1º de outubro, Anita Schwartz Galeria inaugura exposição com dez trabalhos inéditos do artista Everardo Miranda. As obras que serão apresentadas são peças únicas e demonstram as “diversas maneiras que a superfície projeta a cor sobre a parede, no espaço”. De acordo com o artista, esta é uma “exposição de pequenos objetos que falam em silêncio, murmuram. Falam baixinho para quem quiser ouvir”.
Os trabalhos são compostos por uma trama de alumínio. Na parte de trás das obras há sempre uma cor, que é refletida na parede e pode ser vista através da trama. Os trabalhos são pendurados a uma certa distância da parede, o que favorece este efeito. “Uso a perspectiva para um efeito físico, para aumentar ou diminuir a intensidade da cor”, explica o artista.
Os trabalhos apresentados são inéditos, mas fazem parte de uma pesquisa que vem sendo desenvolvida pelo artista há alguns anos. “É um trabalho que vai assumindo configurações novas, não é uma pesquisa nova, pois tem um mesmo ponto de partida de outros trabalhos. São as mesmas coisas de sempre, mas vistas de uma maneira surpreendente”, afirma.
No contêiner, Everardo irá projetar imagens da obra “Sole Mio”, feita em 2008. O artista foi convidado para interagir com o projeto arquitetônico do outlet Soratte, nos arredores de Roma, na Itália, e escolheu o chão do lugar, que tem cerca de três quilômetros quadrados, para realizar o trabalho. Usando granitos da região da Toscana, criou um “diálogo de sombras”. Com pedras pretas, simulou sombras no chão, usando como cálculo a projeção da sombra criada pelo sol do Rio de Janeiro, ao meio-dia, do dia 30 de setembro. Como no hemisfério norte a sombra vai em direção ao sul, as sombras real e fictícia se projetam uma em direção a outra, mas nunca se encontram. Esta é a segunda maior obra contemporânea, em tamanho, da Europa.
EVERARDO MIRANDA
Foi diretor da divisão de Artes Visuais da Secretaria Municipal de Cultura e do Instituto Municipal de Arte e Cultura – RIO ARTE, entre 1983 e 1988. Conquistou o Espaço Sergio Porto, que era um galpão abandonado. Realizou retrospectivas de instalações de artistas importantes como Cildo Meireles, Tunga, Antonio Dias, Waltercio Caldas, Artur Barrio, José Resende e Humberto Costa Barros. Criou o projeto de colocar instalações no Parque da Catacumba.
Em 1990, assumiu novamente a direção da divisão de Artes Visuais da Rio Arte, onde ficou até 1993. Revelou, no Sergio Porto, artistas de uma geração, fazendo cerca de 30 exposições em três anos. Criou a série de vídeos da Rioarte.
Como assessor da Secretaria Municipal de Cultura, em 1994, criou o projeto “Esculturas Urbanas”, de Arte Pública que resultou na instalação de cinco esculturas monumentais contemporâneas em áreas do Corredor Cultural – Centro do Rio (Waltercio Caldas, José Resende, Ivens Machado, Weissmann e Amílcar de Castro). O projeto foi desenvolvido pelo crítico de arte Reynaldo Roels Jr.
De 1995 a 1997, foi diretor do Museu Histórico da Cidade do Rio de Janeiro.
Sua primeira exposição individual foi no Instituto de Belas Artes – IBA, em 1971. Em 1981, expôs na Galeria Cândido Mendes. Em 1981, na Galeria Sergio Milliet, na Funarte. Em 2005, retomou o foco de em sua produção artística e expôs na Galeria Mercedes Viegas e na Galeria Bolsa de Arte, em Porto Alegre.
Suas obras figuram em importantes coleções particulares, como a de Gilberto Chateaubriand, de Thomas Cohn, de Francisco Bolonha, da Universidade Cândido Mendes, de Luis Antonio Almeida Braga, de Raquel Arnaud, entre outros. |
Local:
Anita Schwartz Galeria de Arte
Rua José Roberto Macedo Soares, 30
Gávea
(21) 2274-3873 /
Funcionamento:
Segunda a sexta, das 10h às 19h Sábados das 12h às 18h
Ingresso:
Entrada franca
Atenção: os horários
e a programação podem ser alterados pelo
local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável
confirmar as informações por telefone antes
de sair. |
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