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Abertura: 11 de agosto de 2009 |
Encerramento: 12 de setembro de 2009 |
Os desenhos de Arjan Martins querem experimentar a multiplicidade das superfícies, de lâminas de papel a muros de galerias, museus, escolas, cidades. As séries sobre papel pedem uma leitura quieta, horizontal, próxima ao corpo. Nas telas outro demorar-se: instaura-se, à meia distância, uma temporalidade circular profunda [mas a narrativa nunca se encerra ali].
As imagens trazem extratos de memória e exigem a passagem do olhar pelo que está ao lado. Por vezes os retratos imaginários de Arjan encarnam na tela crua pesados corpos [os esqueletos agora cobertos de carne, os órgãos alojados em invólucros volumosos] que ameaçam algo do impulso telúrico de Iberê Camargo. Por vezes um ataque dos sépias vai arrancar material da parede e confundir o grid da pintura, a estrutura de traços, com a armação dos tijolos, os acidentes do mundo concreto. Ou então os atravessamentos do plano surgem como trompe l´oeil, quando, mais do que dar o contorno de superfícies, o desenho quer superar a literalidade do suporte, repotencializando a experiência do espaço. Na tela esticada no muro de uma escola no bairro de Santa Tereza, ao longo da rua, ou no trabalho-processo realizado na fachada da Bienal de Dakar, Arjan cria um campo dinâmico e imantado, instala soluções poéticas que extrai do acaso, do indiferenciado.
trecho do texto de Cecília Cotrin |
Local:
Laura Marsiaj Arte Contemporânea
Rua Teixeira de Melo, 31-C
Ipanema
(21) 2513-2074
Funcionamento:
De 3ª a 6ª feira, das 10h às 19h Sábado, das 11h às 16h
Ingresso:
Entrada franca
Atenção: os horários
e a programação podem ser alterados pelo
local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável
confirmar as informações por telefone antes
de sair. |
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